quarta-feira, 30 de maio de 2012

No duelo de líderes, Boca ganha nos pênaltis e avança à semifinal da Copa Argentina



San Juan recebeu uma grande partida entre Rosario Central e Boca Juniors. A partida envolveu nada menos que o líder do Clausura e o líder da B Nacional.

O Boca veio a campo com apenas dois titulares: Insaurralde e Roncaglia. Já o Central escalou apenas três jogadores que não jogaram a partida contra o River pela B Nacional. Mesmo com equipes mistas, a partida não perdeu seu brilho.

O time de Buenos Aires começou a partida postado em 4-3-3 com variação para o tradicional 4-3-1-2. O responsável pela transição de esquemas era Pablo Mouche. Sem a bola, Pablito recuava para fazer preencher o espaço normalmente ocupado por Riquelme; com a bola em posse da equipe, o camisa 7 abria pelo setor esquerdo, procurando fazer passe e cruzamentos pelo setor. A equipe de Pizzi veio armada em seu tradicional 4-4-2, especulado contra-ataques em velocidade e tirando os espaços do adversário.

A partida começou com bastante disputada, sem que os times se expusessem muito. Com o passar do tempo, o Boca cresceu e passou a dominar as ações ofensivas. A equipe Xeneize não permitia que os Canallas chegassem ao campo defensivo, mas tinha dificuldades de criar. Burocrático, o time de Buenos Aires tocava a bola na intermediária sem conseguir passar pelas duas linhas de quatro do adversário, tendo como único recurso os cruzamentos da intermediária. O Central propôs-se a especular em contra-ataques e tirar os espaços do adversário. Sem muito sucesso nos contra-ataques, a equipe de Rosário limitava-se a conter o ataque adversário. O tempo foi passando e a partida parecia estar encaminhada para um primeiro tempo sem gols. Quando, aos 40 minutos, Méndez cruza da direita e Toledo se antecipa à defesa adversária, cabeceando com força no canto direito de Sosa. Era o 1 a 0 da equipe Canalla. O restante do primeiro tempo teve a mesma tônica de todo da partida até então: Boca dominando sem produtividade.

O segundo tempo começou mais movimentado e, desta vez, quem tomou conta das ações ofensivas foi o Central. Defendendo com eficiência e encaixando os contra-ataques, os Canallas dominaram a partida e criaram boas chances desperdiçadas pelas finalizações pífias de Toledo. A pressão era tamanha que a equipe teve um pênalti aos 55 minutos – Toledo entrava livre e Insaurralde deu uma rasteira no camisa 9; pênalti claro. O próprio Toledo bateu o pênalti, mas parou nas mãos do goleiro Sosa. A partir do gol a equipe Xeneize cresceu e passou a chegar ao ataque com perigo.  Mesmo pressionando, o Boca não conseguia penetrar na defesa adversária e voltou a abusar das jogadas laterais e dos cruzamentos da intermediária. E foi justamente em uma jogada assim que saiu o gol, cruzamento da esquerda de Pablo Mouche e finalização de Blandi. O gol abriu as duas equipes, que passaram a ter boas chances de marcar. A melhor oportunidade de desempatar o placar aconteceu com um chute de primeira de Mouche, aos 90 minutos de partida, que acertou a trave. Com as duas equipes desperdiçando finalizações, a partida terminou em 1 a 1, placar que levou a disputa aos pênaltis.

Abriram as cobranças os atacantes Mouche e Castillejos, ambos bateram mal e erraram. Na sequência Blandi, Ferrari, Caruzzo e Medina converteram. Chegou a vez de Paredes, jogador de 17 anos, que recém havia entrado na partida. A falta de experiência não foi problema para o garoto que não quis arriscar e chutou no meio do gol, marcando para o Boca. A responsabilidade de empatar a disputa ficou a cargo de Zarif, lateral experiente de 33 anos. A calma que sobrou a Paredes faltou ao camisa três do Central, que isolou a bola. Insaurralde veio para a bola que seria decisiva e não sentiu a responsabilidade, marcou para o Boca e levou a equipe às semifinais da Copa Argentina.

Com a vitória o Boca volta a campo domingo às 16h30min para enfrentar o Deportivo Merlo em Catamarca pela semifinal da competição. Na outra chave, enfrentam-se River e Racing. As duas partidas terão jogo único e os vencedores irão decidir o título da competição.

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