sexta-feira, 29 de março de 2013

Bolívia 1 X 1 Argentina: Faltou fôlego, sobrou aplicação


Faltou o fôlego e a disposição se excedeu em La Paz. Bolívia e Argentina realizaram bom jogo no Estádio Hernando Siles, há 3.672 metros acima do nível do mar.  Movidos por seu torcedor e um conhecido ar a mais, os bolivianos foram a campo com a intenção de literalmente sufocar a Argentina em seu campo de defesa. Com ligeiras inversões de ponta à ponta, bolas alçadas à área e um verdadeiro festival de chutes de longa distância a Bolívia fez um bom primeiro tempo diante de uma Argentina recuada, preocupada em ocupar os espaços na defesa e contragolpear assim que uma brecha surgisse.
As Seleções foram a campo com 3 zagueiros. O contraste: os alas bolivianos liberados diante de Peruzzi e Clemente acuados formando uma linha de 5 defensores junto aos demais zagueiros
As Seleções foram a campo com 3 zagueiros. O contraste: os alas bolivianos liberados diante de Peruzzi e Clemente acuados formando uma linha de 5 defensores junto aos demais zagueiros
O gol da Bolívia parecia não demorar. Após boas defesas de Romero, Marcelo Moreno com forte cabeçada abriu o placar para os donos da casa. E o gol pareceu acordar os argentinos, principalmente Di Maria, fundamental nos quesitos disposição tática e física. Com Messi claramente exausto sob os efeitos da altitude, Di Maria era o principal jogador nos perigosos contragolpes argentinos em suma maioria aplicados pelo lado esquerdo. E assim as coisas melhoraram para a Albiceleste. No fim da primeira etapa Clemente Rodríguez cruzou à grande área e Banega cabeceou para empatar o marcador. Um dado: dos 24 gols convertidos, este foi o primeiro gol de cabeça da Argentina nasEliminatórias 2014 e o terceiro da Argentina sob o comando de Sabella.
Mesmo sob pressão boliviana, que obteve 70% de posse de bola na primeira etapa, a Argentina foi consistente na estratégia traçada por Sabella.
Flagrante tático da postura defensiva argentina no 5-3-2.
Flagrante tático da postura defensiva argentina no 5-3-2.
Na segunda etapa as seleções voltaram a campo com disposição semelhante ao que foi visto no primeiro tempo. Apesar de Clemente Rodríguez continuar falhando na cobertura pelo lado esquerdo, a linha de 5 defensores argentinos manteve boa ocupação dos espaços.  Enquanto isso a  Bolívia seguia com o ímpeto de mandante impondo pressão através de bolas lançadas à área e chutes de longa distância.
Com Mascherano comandando o setor de marcação, Banega cadenciando o jogo para que o fôlego fosse recuperado e Di Maria puxando os contragolpes, a Argentina ora ou outra encontrava suas oportunidades. Lionel Messi chegou a estar frente a frente com Galarza no fim do segundo tempo, mas o goleiro boliviano levou a melhor.
Ufa! A Argentina segue liderando as Eliminatórias 2014 com 24 pontos ganhos, enquanto a Bolívia está em 8º lugar, com 9 pontos, acima apenas do Paraguai.
 O próximo compromisso do selecionado de Sabella será no dia 07/06, contra a Colômbia, na Argentina, ainda sem local definido.
Postado originalmente no A Prancheta (http://a-prancheta.com/colunas/de-olho-nos-hermanos-colunas/faltou-folego-sobrou-aplicacao) e reblogado com autorização de Júnior Marques.

sábado, 23 de março de 2013

Argentina 3 X 0 Venezuela: Albiceleste sólida e com repertório


Sob os olhares de 44 mil espectadores, a partida  nº 100 de Lionel Messi com a camisa daSeleção Argentina merecia tamanho poderio da Albiceleste em campo. Mesmo sem Di Maria, principal garçom da equipe de Sabella e Kun Aguero no ataque, a Argentina demonstrou que tem repertório para manter um bom nível. Diante de uma Venezuela acuada e com boas alternativas pelos lados do campo, a Argentina sufocou a SeleçãoVinotinto, principalmente pelo bom respaldo dado a Lionel Messi em campo.
Esquemas de referência das equipes no Monumental de Nuñez: Argentina no 4-3-3/4-3-1-2 diante da Venezuela no 4-4-1-1.
Esquemas de referência das equipes no Monumental de Nuñez: Argentina no 4-3-3/4-3-1-2 diante da Venezuela no 4-4-1-1.
Com Lavezzi e Higuaín alternando os lados e Montillo em determinados momentos centralizando o jogo, Messi tinha em vários instantes do jogo brechas na defesa da Venezuela, principalmente realizando sua típica transição ofensiva: da direita ao centro. As duas linhas de 4 da Venezuela foram a campo justamente para sufocar o tridente ofensivo argentino, e por isso o repertório em torno de Messi deveria ser aplicado para que esses espaços surgissem. Com um gol de Higuaín após rápida tabela com Messi e através do próprio em cobrança de penal, a Argentina saiu do primeiro tempo com 2 no placar e mais tranquila para administrar a segunda etapa.
A Argentina com repertório já conhecido: variabilidade para o 4-2-2-2. Montillo soube se aplicar.
A Argentina com repertório já conhecido: variabilidade para o 4-2-2-2. Montillo soube se aplicar.
Montillo não será capaz de substituir Di Maria, mas o meia do Santos com muita aplicação no meio-campo fez o que lhe coube: transitar entre o trio de volantes(junto a Mascherano e Gago) e o espaço no meio-campo para que Messi fosse desafogado. Com Lavezzi mais aberto pela esquerda, o “cavaleiro” tinha liberdade no avanço pelo meio. Sabella acertou e a tendência é que Montillo volte a ser observado com mais calma pela comissão.
O mais interessante é que Sabella na coletiva antes da partida disse que a tendência era que essa equipe sem Di Maria e Aguero, e com Montillo e Lavezzi ganhasse mais verticalidade e menos cadência, posse de bola. A Albiceleste conseguiu mais, pressionou a Venezuela em seu campo de defesa, realizou jogadas pela linha de fundo e com bom toque de bola fez com que gritos de “Olé” ecoassem pelo Monumental. O segundo tempo foi de pura administração e Banega, Palacio e Maxi Rodríguez tiveram tempo para serem observados. Higuaín ainda fez mais um, com passe de Messi. Decretado o 3×0 e o caminho rumo ao Mundial 2014 está traçado.
A Argentina segue para La Paz, onde enfrentará a Bolívia dia 26. Tarefa árdua, assim como a dos dos venezuelanos, que em casa, receberão uma das sensações destas Eliminatórias: a Colômbia, também dia 26.
Lionel Messi - Foto: Reuters
Postado originalmente por Júnior Marques no site A Prancheta (http://a-prancheta.com/colunas/de-olho-nos-hermanos-colunas/argentina-solida-e-com-repertorio) e reblogado com autorização do mesmo.

A esperança é canalla


rosario central

Desde 2010 vivendo a angústia de disputar a B Nacional, o segundo escalão do futebol argentino, chegando a experimentar requintes de crueldade como o quase acesso de 2012, o Rosario Central faz uma campanha retumbante para finalmente voltar a desfilar sua canallice pelas canchas da elite. Se não for possível desta vez, só pode haver alguma maldição muito grande cravada no coração do Gigante de Arroyito.
Quis o destino que a 13ª vitória consecutiva do Rosario Central fosse TOLHIDA por um tento contra do zagueiro Delgado, aos 45 do segundo tempo, no Gigante de Arroyito, em um confronto CLAVE diante do Olimpo, que ocupa a terceira posição, quatro pontos atrás dos canallas. O segundo lugar é do Gimnasia y Esgrima, também com 46. Na partida contra o time de Bahia Blanca, na última segunda-feira, o Central saiu perdendo, também com um gol contra de Valentini, mas virou e teve a vitória amputada apenas no apagar das luzes.
Mas a extensa invencibilidade da esquadra de Miguel Angel Russo segue impávida. A última vez que o Central tombou foi no distante 21 de outubro, um arrebatador 1 a 3 diante do atrevido DOUGLAS HAIG, em casa. De lá para cá são nada menos que CATORZE jogos transcorridos sem beijar a lona, com uma sonora sequência de doze vitórias e dois empates. A torcida do Central está tão ENLEVADA com a trajetória fulminante que provoca os rivais do Newell’s Old Boys de forma tresloucada, ignorando o singelo fato de que os leprosos estão disputando a Libertadores da América. Uma daquelas idiossincrasias impossíveis de julgar que emergem da alma do torcedor.
Antes desta fase dourada, a situação estava trovejante para o CENTRALITO. La hinchada canalla andava profundamente machucada após o quase ascenso de 2012, sob a batuta de Juan Antonio Pizzi, ex-jogador do clube e atualmente treinador do San Lorenzo. Em julho do ano passado, após uma campanha decente, os rosarinos igualaram duas vezes sem gols com o San Martin de San Juan, que tinha a vantagem de empatar e assim permaneceu na elite. Logo após a partida, Pizzi anunciou que deixava o cargo de técnico. Eram tempos difíceis, em que os canallas passaram por constrangimentos como ter que aturar torcedores do Newell’s invadindo a cancha vestidos de FANTASMAS da B Nacional, como o vídeo abaixo atesta.
Meses após o fatídico não-ascenso, depois de um empate diante do Ferro, ainda em outubro de 2012, os jogadores Carlos Casteglione e Javier Yacuzzi chegaram a levar um ESFREGA dos hinchas no estacionamento e até cogitaram deixar o clube. Miguel Angel Russo, campeão da Libertadores 2007 pelo Boca Juniors, em sua QUARTA passagem pelos canallas, era alvejado de todos os lados, tendo momentaneamente esquecidas suas vitórias históricas sobre o Newell’s.
Após a turbulência, o treinador interferiu de forma GRAVE no time, apostando no pibe Nery Domínguez como condutor das ações e buscando outros primeiros-socorros nas categorias de base do Arroyio Seco. No mais, conseguiu fazer o time atuar com entrega poucas vezes vista, e por uma larga fatia do campeonato, deixando o restante na garganta da torcida, que promove um delírio coletivo toda vez que o Central joga em casa e acredita que desta vez definitivamente não há reviravolta possível.
Ainda faltam 13 rodadas para o encerramento da B Nacional. No final, os três primeiros sobem de forma direta. Se houver empate em pontos, há um PERRENGUE exclusivo para definir quem fica com a vaga. Na próxima rodada, o Central visita o Atlético Tucumán, em jogo que encerra a 26ª rodada, domingo, às 20h15. Mais um pedaço de sonho para remendar a noite que se estende desde 2010, quando um pesadelo chamado All Boys desabou sobre o Gigante de Arroyito e condenou o Central ao calabouço.
Postado originalmente no Impedimento por Douglas Ceconello (http://impedimento.org/2013/03/21/a-esperanca-e-canalla/) e reblogado com autorização.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Newell's vence fora de casa e Vélez deixa classificação encaminhada


Pela quarta rodada do Grupo 4 da Libertadores, o Vélez recebeu o Peñarol no José Amalfidani completamente vazio, por conta de incidentes entre sua torcida e a do Peñarol em Montevidéu pela terceira rodada da competição, o que resultou nessa punição da Conmebol. Mesmo saindo atrás do placar, o time argentino teve tranquilidade para empatar e logo depois virar a partida. Com o resultado, o Fortín se isolou na liderança com 9 pontos, enquanto o Peñarol é o segundo com 6 pontos, o mesmo número de pontos do Emelec, terceiro colocado.

Mesmo sem alguns jogadores importantes como Fernando Gago, Lucas Pratto e o volante Cerro, o time venceu jogando bem. Na escalação, o que mais chamou a atenção de todos foi a escalação do volante Desábato, ainda inexperiente em jogos internacionais.

O jogo não foi fácil. Com as duas equipes sem conseguir criar, ele começou morno, mas aos 22 minutos Leandro Vuaden marcou injustamente pênalti de Peruzzi, que tocou a bola com a mão fora da área. Estoyanoff cobrou e mandou no canto direito do goleiro Sosa e abriu o placar. Peñarol 1 a 0. Porém, aos 28 minutos, Sebá Domínguez, em bela cobrança de falta e com uma ajudinha do goleiro Bologna, empatou a partida.

Na segunda etapa, a equipe comandada por Ricardo Gareca voltou melhor e não deu chances a equipe uruguaia. Com Copete jogando muito bem pelo lado esquerdo e Bella chegando muito bem pelo lado direito, os donos da casa pressionavam, até que aos 29 minutos Peruzzi chegou na linha de fundo, cruzou e a bola pegou na mão do defensor uruguaio. Leandro Vuaden marcou pênalti. Insúa bateu e ampliou o marcador. Aos 32 minutos, Copete fez ótima jogada pelo lado esquerdo, tabelou com Rescaldani e finalizou, porém o goleiro Bologna defendeu e, no rebote, o próprio Copete finalizou e fechou o placar. 

A notícia triste para os torcedores do Vélez foi a nova lesão de Facundo Ferreyra, que voltava de outra contusão no dia e ainda no primeiro tempo foi substituído para a entrada do Rescaldani. Na próxima rodada, o Vélez vai até o Chile enfrentar o Deportes Iquique, enquanto o Peñarol vai até o Equador enfrentar o Emelec.


Já pelo Grupo 7, o Newell's Old Boys, depois de duas derrotas seguidas, foi até o Chile enfrentar a Universidad de Chile em busca da recuperação no Grupo 7 e conseguiu uma importante vitória por 2 a 0. Com o resultado, os Leprosos chegaram a liderança com 6 pontos.
A equipe chilena começou atacando e tentando sufocar seu adversário, mas com inteligência e tranquilidade, aos poucos os argentinos foram criando mais chances, até abrirem o placar aos 19 minutos. Depois de boa tabela com Figueroa pelo lado direito, Scocco entrou na área, chutou cruzado e Maxi Rodríguez, de carrinho, empurrou para o fundo do gol. 1 a 0 para os visitantes.

Ainda nos últimos minutos da primeira etapa, Ubilla fez ótima jogada, finalizou bem e obrigou o goleiro Guzmán a fazer grande defesa.

Na segunda etapa, o time argentino começou marcando forte e conseguindo anular as principais jogadas dos chilenos, principalmente com Lorenzetti e Cereceda pelo lado esquerdo. Mas pelo lado direito, aos 27 minutos, Ubilla fez boa jogada e cruzou pra área, mas Cortés chegou atrasado e a bola acabou saindo pela linha de fundo.

Com o time chileno já adiantando suas linhas para marcar mais à frente, a equipe do técnico Gerardo Martino, encontrava espaços para contra-atacar, e foi em um desses lances que saiu o segundo gol. Aos 38 minutos, Casco arrancou pelo lado esquerdo, chegou na linha de fundo e cruzou pra área, o jovem zagueiro Lichnovsky desviou e a bola caiu no pé de Tonso, que, da entrada da área, acertou um belo chute, sem chances de defesa para o goleiro Jhonny Herrera.

Mesmo com um 2 a 0 contra no placar, os donos da casa continuaram atacando. Aos 41 minutos, Ubilla driblou dois marcadores pelo lado direito, finalizou e obrigou o goleiro Guzmán a fazer mais uma grande defesa. Nos últimos minutos, os chilenos obrigaram arqueiro do Ñuls a fazer mais um milagre, metendo duas bolas na trave e obrigando o zagueiro Víctor López a tirar um bola em cima da linha.

Na próxima rodada, os Leprosos recebem o Deportivo Lara, na Argentina, enquanto a Universidad de Chile recebe o Olimpia.


Por: Gustavo Ribeiro

quinta-feira, 7 de março de 2013

Día del hincha de Racing

Desolado, torcedor do Racing lamenta a falência (Diario Deportivo Olé)

Dia 7 de Março de 1999. O Racing enfrentaria o Talleres pela primeira rodada do campeonato argentino, porém uma decisão judicial proibiu a execução da partida. As infinitas dívidas da gestão Daniel Lalín foram o motivo. Da mesma forma, 30 mil torcedores do Racing, emocionados com a falência do time, tomaram o Cilindro e, no momento que a partida ocorreria, apoiaram no jogo fantasma.

Os termômetros marcavam 35 graus, mas nava fazia parar a torcida, que se sentia impotente. Era a morte do Racing Club de Avellaneda. Gustavo Costas, um dos treinadores da equipe, além de jogadores como Morales, Reynoso, Quíroz, Zanetti e Michelini, que apareceram no gramado para agradecer o apoio. Pato Filol, Chango Cárdenas(autor do gol no título mundial de 19667 diante o Celtic) e Maschio, eternos ídolos do Racing, também deram as caras. Além disso, foi descoberta, no dia, uma conta no banco no nome do Quíroz e Costas para juntar dinheiro e evitar a quebra. Em Tucumán, um menor número de torcedores - mas ainda assim considerável - também se reuniu. No Cilindro, cerca de 5 mil torcedores invadiram o gramado. Uns para orar, outros para recolher pedaços da grama.

Depois do dia histórico, a data 7 de Março se tornou o "Día del hincha de Racing" no qual torcedores festejam e realizam diversas solenidades ao longo de toda Argentina. Na época, depois do grande drama judicial, o Racing se livrou do embargo e, dois anos mais tarde, conquistou o Apertura, que deixou o novo presidente mais aliviado - porém ainda preocupado.

domingo, 3 de março de 2013

VÍDEO: Jogos são interrompidos, homens baleados, mais um morto e polícia bate até em jogador

A coisa está feia na Argentina. Sexta-feira, Newells Old Boys e Belgrano se enfrentavam em Rosário quando a torcida do time de Córdoba enfrentou a polícia. O tempo fechou, cotejo interrompido e até o jogador Turus, do Belgrano (derrotado por 2 a 0), apanhou dos policiais de Rosario - veja no vídeo abaixo.




Sábado, dia de jogo pela segunda divisão, a B Nacional, o primeiro enfrentamento foi entre dois barras, em La Plata, na rua. Um homem de 31 anos identificado como Julio Biscay morreu. A bola rolou e o Gimnasia abriu 3 a 0 no primeiro tempo sobre o Nueva Chicago, ampliando para 4 a 0 aos 8 minutos da etapa final.

Foi a senha para que os hinchas do Torito entrassem em ação. O Nueva Chicago, de Mataderos, nos arredores de Buenos Aires, arrasta atrás dele uma das mais violentas torcidas da Argentina e do mundo. O clube já foi duramente punido por conta das ações agressivas de seus seguidores e subiu da terceira para a segunda divisão nesta temporada.

CLIQUE AQUI E LEIA POST COM VÍDEOS SOBRE O NUEVA CHICAGO E A VIOLÊNCIA DE SEUS HINCHAS, PUBLICADO EM JUNHO DE 2011

O tumlto entre policiais e torcedores do Nueva Chicago interrompeu a partida. Uma rotina que toma conta do futebol argentino. Na semana passada se enfrentaram grupos rivais de torcedores do Tigre, rival do Palmeiras na Copa Libertadores. Um homem morreu na troca de tiros e o time de Victoria foi punido. Jogará sem público ante o All Boys neste domingo.

A violência de torcidas na Argentina alcança níveis elevadíssimos e lembra cada vez mais o auge do hooliganismo inglês, nos anos 1980. Utilizado politicamente, sofre o futebol do país em crise econômica e com seu povo empobrecido.

E não parece existir interesse das autoridades em dar um basta. O governo Cristina Kirchner estatizou as transmissões de TV. É o "Fútbol para todos". E apresenta os jogos como se tudo fosse só festa. A festa sangrenta dos barra bravas.


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Postado originalmente no Blog do jornalista Mauro Cezar Pereira no site da ESPN (http://espn.estadao.com.br/blogs/maurocezarpereira) e "reblogado" com sua autorização.