quarta-feira, 27 de junho de 2012

Boca sai na frente, mas cede o empate e decisão fica para o Pacaembu



Corinthians e Boca entraram em campo em La Bombonera para a primeira partida da final da Libertadores. Em grande atuação, a equipe argentina saiu na frente, mas cedeu o empate no final do primeiro tempo.

O Boca veio escalado em seu tradicional esquema, o 4-3-1-2. O único desfalque da equipe era o zagueiro Insauralde, com lesão no tornozelo. O Corinthians tinha seu time completo e veio no 4-2-3-1, sem atacante fixo.

A partida começou movimentada. Logo no primeiro minuto de partida, Schiavi mostrou o poderio ofensivo Xeneize, em lance perigoso na área. O Corinthians, aos poucos, ia superando a pressão da torcida e chegando ataque. Em jogada trabalhada pelo centro, Paulinho arriscou de longe, obrigando Orión a fazer grande defesa. Após a finalização, a partida esfriou. As equipes alternavam chegadas ao ataque, sem criar perigo.


Com o passar do tempo, o Boca cresceu novamente e voltou a pressionar os brasileiros, que não conseguiam encaixar seus contra-ataques. Tite tentou, sem sucesso, mudar esse panorama com a entrada de Liedson na vaga de Jorge Henrique. A melhor chegada do Boca aconteceu aos 34 minutos de partida, em grande jogada de Mouche pela direita, Pablito centrou a bola para Santiago Silva, que emendou uma bicicleta. A zaga acabou afastando a bola.

A segunda etapa começou com pressão Xeneize. O Corinthinas, encurralado em seu campo, não achava espaços para sair ao campo de ataque. O domínio argentino era absoluto e as finalizações começaram a aparecer. Riquelme apareceu duas vezes, da entrada da área, para finalizar, mas faltava pontaria ao camisa 10. Faltou pontaria também a Pablo Mouche, que desperdiçou grande chance ao receber passe açucarado de Román.

O "abafa" continuava e o Boca empilhava finalizações. O gol estava próximo. E ele veio em escanteio. Mouche pediu para bater e mandou a bola para a área, houve confusão e Roncaglia aproveitou. O gol fez Tite mudar a equipe novamente. Romarinho foi a campo e sua estrela brilhou. O camisa 21 recebeu passe em profundidade e tocou na saída de Orión. Era o gol de empate. O Boca foi para cima do Corinthians nos minutos finais e chegou a ter grande chance de marcar com Cvitanith, que havia entrado na vaga de Mouche, no entanto, o empate permaneceu no placar


As duas equipe voltam a se enfrentar quarta-feira, 4 de julho, às 21h e 50min no Pacaembu. Os dois times dependem apenas da vitória para conquistar o campeonato. O empate, por qualquer placar, leva a partida à prorrogação e, subsequentemente, a disputa de pênaltis.

sábado, 23 de junho de 2012

Como foi a última rodada da B Nacional


Resultados surpreendentes, disputas acirradas e clima tenso marcaram a última rodada da B Nacional. Na ponta de cima da tabela, River, Instituto, Quilmes e Central disputavam as duas vagas diretas do Ascenso. Os dois primeiros necessitavam de vitórias simples para conquistar as duas vagas. Já as outras duas equipes dependiam de tropeços dos outros concorrentes.

Entre os últimos colocados, Chacarita, Desamparados e Atlanta lutavam contra o descenso. As duas situações mais delicadas eram as de Atlanta e Desamparados, que precisavam vencer e ainda contar com uma derrota do Chacarita para evitar o descenso direto.  O Guillermo Brown já estava garantido na zona da Promoción, sem chance alguma de descenso direto ou de evitar o a disputa.

A rodada mal começou e os rumos já eram tomados.  Com menos de 20 minutos, já haviam saído dois gols que definiam a parte de baixo da tabela. O primeiro foi de Milano para o Huracán, que rebaixava automaticamente o adversário Atlanta. Depois, foi a vez de Cobelli garantir ao Chacarita a chance de disputar a Promoción da B Nacional. Logo após, o Quilmes provou que era capaz de sonhar com a vaga direta à primeira divisão e fez dois gols com Cauteruccio.

Na esperança de não ser rebaixado, o Desamparados foi para cima do Rosario Central e abriu o placar com Gigena. O resultado não evitava o rebaixamento da equipe de San Juan, já que o Chacarita ainda vencia o Patronato por 1 a 0. Na parte de cima da tabela, o Quilmes ia conseguindo o acesso, River e Instituto empatavam na segunda colocação, o que os levaria a um confronto extra, e o Central dava adeus à possibilidade de voltar com a derrota parcial para o Desamparados.

Veio a segunda etapa e, com ela, o gol do River. Trezeguet marcou para os Millinarios. O Monumental de Nuñez explodiu em grande festa. Era o gol do acesso. Mas nada estava definido nas outras partidas. Em San Juan, o Desamparados ampliava, porém, o gol nada adiantou, pois o Chacarita marcava mais um. Se a parte de baixo já começava a se desenhar, a parte de cima também passou a tomar forma. Salmerón ia decretando o fim do sonho para o Instituto.

Necessitando da vitória, Los Canallas partiram para o ataque. Castilleros e Jesús Méndez empataram a disputa. O Central estava a um gol do sonho de voltar à Primeira, mas o gol que acabou saindo foi do Desamparados.  Em Córdoba, o Ferro surpreendia ainda mais ao fazer mais dois gols no Instituto. La Gloria, que dependia de uma vitória simples, também ficava pelo caminho. O River, embalado com a classsificação praticamente garantida, fez mais um com Trezeguet. Nos descontos, para consolidar a situação da parte debaixo da tabela, o Chacarita fez o terceiro e o Atlanta amargou o segundo gol sofrido na partida.

Os resultados devolveram o River Plate à primeira divisão do Campeonato Argentino. A outra equipe a obter o acesso direto foi o Quilmes. Já Instituto e Rosário Central disputam a Promoción contra, respectivamente, 18° e 17° colocados da tabela dos promedios da Primera. No descenso, Desamparados cai para a Argentino A (3ª divisão dos clubes do interior) e o Atlanta disputa da B Metro (3ª divisão para clubes da capital). O Chacarita fez valer o seu esforço e ainda luta pela permanência no Promoción, onde pega o Nueva Chicago. Já o Guillermo Brown enfrenta o Crucero Del Norte.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Gabi Milito e Fuertes, duas grandes despedidas

Além de Verón, a 18ª rodada do Clausura 2012 marcou as despedidas de outras duas grandes figuras do futebol argentino. Gabriel Alejandro Milito e Oscar Esteban Bichi Fuertes. Os dois formados na base do Independiente de Avellaneda. 


O primeiro jogou profissionalmente por lá de 1997 até 2003 enfrentando seu irmão, Diego Milito (atacante do Racing na época), em muitos clássicos da cidade. Após sua 6ª temporada, se transferiu para o Real Zaragoza. Na Espanha, foi jogador de confiança da torcida, atuando em 33 jogos de 38 da La Liga. Em 2005 seu irmão, Diego Milito, também assinou com o Zaragoza e jogaram pela primeira vez juntos profissionalmente. Em 2007, foi contratado por 18.5 milhões, mas não teve o mesmo sucesso. Em 2008, sofreu grave lesão no joelho. Até 2010, principalmente, participava do revezamento da zaga do Barça com Rafa Márquez e Puyol. Após a saída do mexicano, Piqué surgiu e roubou a posição que parecia ser do argentino. Quando entrava, não correspondia e convivia com seguidas lesões musculares. Isso culminou na sua volta ao Independiente onde, de Agosto de 2011 até Junho de 2012, fez péssima temporada. Aos 31 anos, resolveu parar alegando "problemas físicos e mentais". A torcida do Independiente agradeceu Milito com faixas e cantos bem mais pelo início de carreira do que o final. A despedida foi em grande estilo suportando a pressão do San Lorenzo e ficando no 0 a 0 no Libertadores da América.


O segundo passou por 11 clubes (El Porvenir, Los Andes, Platense, Racing, Derby County, RC Lens, Tenerife, River Plate e Universidad Católica) e 4 pelo Colón, clube que teve maior sucesso e identificação com a torcida. Começou a carreira como winger do Independiente, onde não teve muitas oportunidades, e, com o tempo, foi virando atacante. Segundo dados de enciclopédias e jornalistas, Bichi Fuertes marcou 245 gols em sua carreira sendo 136 deles pelo clube de Santa Fé que tanto ama. Fechou sua carreira com chave de ouro. No seu último jogo, dois gols diante o Godoy Cruz sendo substituído aos 45 minutos. É considerado Top 3 na lista de maiores ídolos do Colón juntamente com Edgardo Di Meola e Orlando Medina e foi o principal símbolo do clube em uma reportagem da respeitada revista El Gráfico. Se emocionou bastante na sua entrada em campo quando recebeu um quadro. Na saída, mosaico e cantitos de uma torcida  que perdeu, momentaneamente, a sua referência dentro de campo. Os mais fanáticos não contiveram as lágrimas...

  

A final do povo, a final das paredes



Corinthians e Boca Juniors farão uma final de Libertadores que carregará as esperanças de dezenas de milhões de pessoas, no Brasil e na Argentina, além de mobilizar a maioria secadora. Se no Brasil a piada já se espalha, dizendo que o Boca é o Brasil na Libertadores, aposto que na Argentina não é muito diferente – especialmente para os torcedores do Independiente, que podem ver sua hegemonia incrível de sete Libertadores ser finalmente ameaçada. O Boca venceu a Universidad de Chile por zero a zero – sim, venceu sem gols – numa partida que mostrou a fortaleza anímica desse time.
O Poderoso Chefão da meia-cancha
A Universidad de Chile entrou no Estádio Nacional disposta a patrolar o Boca, como fez com o Deportivo Quito – marcação pressão na saída, muitos atacantes e muitos não-atacantes chegando na frente em condições de finalizar. Jorge Sampaoli colocou o seu DNA ofensivo à toda contra a defesa do Boca. A questão é que o time azul não conseguiu amassar, porque quando o Boca tirava a bola do seu campo, Riquelme passava alguns preciosos momentos com ela.
No primeiro tempo, Riquelme deu três incríveis passes verticais, todos desperdiçados, especialmente por Pablo Mouche. Riquelme é o poderoso chefão da meia cancha xeneize – além de deter o poder da bola e o poder de onde mandar ela de forma precisa, ele orienta os atletas, perturba o adversário psicologicamente com faltas demoradas e discussões inúteis, manda e desmanda no árbitro quando parece que só quer parar para conversar. Riquelme voltou à sua velha forma, talvez para um canto do cisne (como foi Zidane) mas certamente para mostrar que é, ainda, um dos melhores jogadores em atividade no mundo.
Mouche x Herrera
O jogo esteve à feição para os contra-ataques xeneizes. O roteiro era quase sempre o seguinte: a U tocava a bola, tentava forçar uma finalização, não conseguia, tentava uma finalização e perdia para Orión ou a zaga. No contra-ataque, a bola parava nos pés de Riquelme e o lance ficava perigoso. O primeiro tempo foi todo assim, e evidenciou um interessante duelo.
Pablo Mouche, atacante do Boca, fracassou demais na tentativa de vencer Herrera. Quando não falhava por qualidade técnica, falhava pelo nervosismo. Johnny Herrera, o SUPERBOY, crescia diante de Mouche como se seus 1,83 fossem 2,83. Lá pelas tantas, Mouche tentou NÃO OLHAR MAIS para o goleiro, tamanho era o seu medo de enfrentá-lo novamente, mas aí, não acertava no gol e fracassava igual. Quando foi substituído, ficou revoltado no banco de reservas, provavelmente com sua própria incompetência.
Díaz e os chutes na parede
A defesa do Boca teve um comportamento interessante: mesmo quando o time atacava, ela não se adiantava. Duvido que Roncaglia, Schiavi, Caruzzo e Clemente tivessem chegado ao círculo central alguma vez na partida. Quando atacada, a defesa recuava até a pequena área, com os volantes na borda da área, e não tinha nenhum pudor em desarmar mesmo na zona de perigo. Foram mais de 30 desarmes, segundo a Trivela, muitos deles feitos por meias ofensivos, como Erviti.
Dessa forma, a Universidad de Chile encontrou uma parede amarela na sua frente. Isso ficou mais evidente nas tentativas de Marcelo Díaz, que meteu uma bola na trave em um gol de falta, e tentou chutes sobre chutes sem sucesso. Em uma determinada jogada, ele tentou bater de fora e de dentro da área TRÊS VEZES, e em TODAS a bola voltava para ele. Como uma criança chutando contra a parede da casa.
A defesa do Boca é tão impenetrável quanto a do Corinthians, mas a Universidad do Chile foi mais perigosa que o Santos. Arriscou mais de fora da área, não tentou entrar a dribles, conseguia espaços por tabelas e penetrações. Só que a bola não iria entrar. Bateu na trave mais de uma vez, passou na frente do gol mais de uma vez, obrigou defesa difícil de Orión mais uma vez. Sampaoli quase entrou em campo. Se ele tentasse pegar a bola com a mão e sair correndo diante do gol, provavelmente tropeçaria – a bola não iria entrar.
Postado originalmente por Luís Felipe dos Santos no Impedimento (http://impedimento.org/2012/06/22/a-final-do-povo-a-final-das-paredes/)

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Verón se despede de La Plata com vitória

Verón no Ciudad de La Plata que, com certeza, sentirá a sua falta.

Na noite deste sábado, Verón pisou pela última vez como jogador profissional no estádio Ciudad de La Plata, já que o Jorge Luis Hirschi, estádio que Verón atuou de 1994 a 1996, foi demolido em 2007. Depois de 18 anos de carreira, La Brujita anunciou pela 2ª vez sua aposentadoria. Na primeira, voltou atrás no final do Apertura 2012 vendo que o Estudiantes não rendia o esperado.

A real aposentadoria será no próximo domingo, quando Verón e companhia enfrentarão o Unión, em Santa Fé. Mas foi neste sábado que Verón desfilou pela última vez seu futebol em uma partida oficial na terra que o projetou para o Mundo. Depois de passagem apagada em 1996 no Boca, Verón fez ótimas temporadas pela Sampdoria (96-98), Parma (98-99) e Lazio (99-01) onde conquistou o Scudetto, a Coppa Italia e a Supercopa Italiana. Lá, fez grande dupla com Simeone na meia cancha. O ataque daquele time contava com Crespo e Claudio López. Após a Lazio, passagem apagada pela Inglaterra. Não convenceu no Manchester United tampouco no Chelsea. Na Inter de Milão, foi parte do elenco campeão de um bi da Coppa Italia e um Scudetto de 2006. Voltou, de empréstimo, ao Estudiantes e liderou a conquista do Apertura 2006. Logo, foi contratado em definitivo. Liderou a Libertadores de 2009 conquistada pelo Estudiantes, sendo eleito o melhor jogador da competição e da América do Sul (08 e 09). Além de conquistar o Apertura 2010.

No jogo de sábado, fez ótima partida até os 20 minutos do 2º tempo. Depois, visivelmente cansado, se arrastou em campo até sair aos 44 minutos, como homenagem. O gol foi marcado pelo lateral direito/ala Gabriel Mercado após escanteio cobrado por Verón. A vitória levou o Estudiantes aos 26 pontos e a 8ª colocação. O jogo foi equilibrado mesmo com o Olimpo tendo o rebaixamento já decretado há duas rodadas. Leonardo Jara e Jonathan Silva, os dois wingers do 4-2-2-2, estiveram abaixo dos demais e não deram sequências nas jogadas.

Fora de campo, diversas homenagens. Verón recebeu uma placa com seu nome antes do início da partida. A camisa que os jogadores do Estudiantes usaram tinha um "Bruja eterna" na frente e um "Gracias Bruja" nas costas. Após o gol e no momento da substituição, um "Olê olê olá, Bruja, Bruja". Depois do término do confronto, Juan Ramón Verón, pai de Verón e campeão Mundial com o Estudiantes em 1968 além do Tri da Libertadores (67,68,69) e Alejandro Sabella, entre outras figuras importantes, estiveram presentes em campo. Um vídeo com momentos marcantes da carreira de Verón foi transmitido no telão e, além disso, um Bruxa desceu dos céus com a taça da Copa Libertadores 2009 a qual Verón foi protagonista.

Penúltima rodada deixa a B Nacional ainda mais emocionante


Para uma competição extremamente disputada, nada mais justo que um final de campeonato completamente aberto. As derrotas de River e Rosário, combinadas com as vitórias de Quilmes e Instituto, resultaram em uma tabela embolada e de difícil previsão para as próximas partidas. Confira como foram os jogos do fim de semana:

Patronato X River Plate

O River foi à Santa Fé enfrentar o Patronato. Mesmo sem grandes pretensões no campeonato, o Patrón acostumou-se a complicar a vida das equipes que disputam as duas vagas diretas à primeira divisão neste segundo turno. Contra os Gallinas não foi diferente. A proposta de defesa em bloco, a saída rápida nos contra-ataques e as defesas de Bértoli deram à equipe da casa um gol logo aos 17 minutos. Depois do tento sofrido, o River passou a pressionar, mas faltava criatividade. A saída, mais uma vez, foi apostar nas individualidades do trio ofensivo. E isso foi pouco. Placar final: Patronato 1 X 0 River.

Deportivo Merlo X Instituto de Córdoba

Precisando de uma vitória para recuperar-se do mal resultado na partida anterior e sonhar com uma vaga direta à Primera, La Gloria fez uma partida suficiente para vencer o Merlo. Começando com um ritmo forte e agredindo o adversário, logo os cordobeses já tiveram um pênalti desperdiçado por Dybala. No entanto, isso não diminuiu o ímpeto ofensivo da equipe. As chances eram criadas, levando perigo ao gol de Capagrosso. O gol era questão de tempo. E ele veio. Aos 30 minutos, em lance disputado na área, Damiani marcou o tento. A partida ficou fácil para o Instituto. O Merlo se jogava à frente para buscar o empate e deixava espaços para os contra-ataques do visitante. O segundo aconteceu em meio a inúmeros gols perdidos.
Placar final: Merlo 0 X 2 Instituto.

Quilmes X Gimnasia Jujuy

Embalado pela boa fase, o Quilmes atropelou a equipe do Gimnasia. O vareio veio sob a batuta de Caneo. O camisa 10 abriu a contagem com um chute forte da entrada da área, após cobrança de lateral. Além do gol, El chino foi o reponsável por comandar as ações ofensivas, distribuir o jogo e ainda finalizar. Sem disputar nada no campeonato e parecendo não ter motivação alguma para a partida, El Lobo de Jujuy não ofereceu forte resistência e acabou por deixar-se dominar. Corvalán, Rescaldani e Romero fecharam a goleada.
Placar final: Quilmes 4 X 0 Gimnasia

Rosário Central X Chacarita

Já sabendo o resultado dos três adversários diretos na competição, o Central entrou em campo a uma vitória da liderança na B Nacional. No entanto, havia do outro lado do campo um Chacarita desesperado na luta contra o descenso. A vitória era fundamental a ambos. A princípio, quem propôs o jogo foi a equipe Canalla. Porém, a pressão deixava espaços em seu sistema defensivo e o adversário tratou de aproveitá-los em um contra-ataque que teve a finalização de Ereros. O gol não abalou a equipe rosarina, que conseguiu o empate com o sempre decisivo Castillejos. Mas Ereros estava mesmo inspirado e acabou decidindo a partida. Os torcedores tentavam empurrar a equipe, entretanto quem marcou no final foi De Rossi.
Placar final: Central 1 X 3 Chacarita

A situação das quatro equipes

A tabela ficou da seguinte maneira: O River é o líder, com 70 pontos; o Instituto vem colado nos Gallinas com a mesma pontuação; já o Quilmes aparece em terceiro com 69, mesma pontuação do quarto colocado, o Central.

River e Instituto dependem apenas de si para alcançar a vaga direta à elite do futebol argentino. Neste caso, o River seria o campeão.  Caso os líderes empatem, a dupla que neste momento disputa o Promoción (confronto de ida e volta contra 17° e 18° da tabela dos promédios) depende apenas de uma vitória para obter classificação direta. Caso hajam dois, três ou até mesmo quatro times empatados entre as duas zonas (Promocion e acesso direto) será marcado uma partida extra –  que pode virar triangular ou quadrangular, dependendo da quantidade de equipes empatadas – em campo neutro. O vencedor terá vaga direta, restando ao(s) perdedor(es) a disputa do Promoción.

O River recebe o Almirante Brown, time sem maiores pretensões no campeonato, no Monumental de Núñez. Já o Instituto enfrenta o Ferro Carril, time que também não tem mais nada a fazer na competição, em Córdoba. O Quilmes vai a Puerto Madryn, onde joga contra o Guillermo Brown. O Central pega o desesperado Desamparados, que necessita de uma vitória para evitar o rebaixamento direto, em San Juan. Será uma última rodada tensa e difícil de prever na B Nacional.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Boca vence com autoridade e leva boa vantagem para a partida de volta



O Boca atropelou. Não há outra definição melhor. Foi um massacre. Às 20 horas e 10 minutos começava no estádio La Bombonera, em Buenos Aires, o banho de bola Xeneize. Dominando completamente seu adversário, do início ao fim, a equipe da casa aplicou um dois a zero sem dar chance de reação ao adversário.

La Bombonera estava lotada. A festa da torcida mais vitoriosa do anos 2000 estava fantástica, como de costume. As duas equipes entravam em campo praticamente completas. O único desfalque no Boca era Clemente Rodríguez. Já a Unversidad de Chile veio com força máxima, mesmo tendo jogado com alguns titulares na partida de segunda-feira pelo campeonato chileno. Os esquemas táticos foram os habituais: Xeneizes no 4-3-1-2 e La U no 3-4-3.

O time de Buenos Aires partiu logo para cima, pressionando o adversário com duas grandes oportunidades. Santiago Silva perdeu a primeira e Schiavi desperdiçou a segunda. Os chilenos não sentiram a pressão e também foram para o ataque, mas não coseguiam levar perigo defendido por Orión. Já o Boca assustava bastante. Mouche infernizava o lado direito do ataque, causando pânico a Rojas. E foi com ele, Pablito, que surgiu o primeiro tento. O camisa 7 lutou pela bola como se a mesma fosse sua vida e entregou-a para “El Pelado” Silva. Oportunista como sempre, El Tanque chutou com força direto para o fundo do gol de Jhonny Herrera. Um gol com a cara da equipe de Falcioni.

A partida, então ofensiva e aberta, ganhou um clima mais disputado. A bola não chegava às áreas. A disputa acontecia apenas no meio de campo. O Boca ficava à espera de um contra-ataque que não acontecia, enquanto a La U, com dificuldade de infiltrar na área boquense, arriscava com disparos de longe do volante Díaz. O mais perigoso foi em cobrança de falta, aos 30 minutos, que obrigou Orión a fazer boa defesa.

O Boca voltou com muita intensidade e teve duas grandes oportunidades para marcar em menos de cinco minutos. Silva acertou a trave em cruzamento vindo da esquerda. Logo após, foi a vez de Mouche, recebendo na entrada da pequena área, perder o gol. Mas o segundo gol era questão de tempo. Sánchez Miño sabia disso. Riquelme veio trabalhando a bola com Silva em velocidade, logo Erviti apareceu livre pela esquerda, Riquelme acionou o 11, que bateu para defesa parcial de Herrera. Miño, responsável por substituir Clemente Rodríguez, via tudo isso enquanto corria. Corria em direção à glória. Ele achou a bola, ou teria sido a bola que o achou? Não importa. Ele estava lá. Ele, a bola, o gol. Dois a zero.

O segundo tento não mudou o panorama da partida. A equipe Xeneize mandava em todas as ações ofensivas. Mas não tinha mais pressa para finalizar. Os jogadores da U pareciam nervosos. As jogadas de ataque não funcionavam. Os jogadores de azul não deixavam nem os chutes de longe chegarem ao gol. E o segundo tempo terminou sem que os chilenos chutassem uma única bola em direção à meta defendida por Orión.

As duas equipes voltam a se enfrentar quinta-feira, 21, no estádio Nacional de Chile. O horário é o mesmo da partida de hoje: 21 h e 15 min. No meio do caminho, o Boca ainda tem um confronto decisivo pelo Clausura, contra o Arsenal. A vantagem de dois a zero dá uma situação confortável ao time argentino, que pode perder por até dois gols, caso marque um. É uma semana longa, que irá demorar para passar na cabeça de qualquer torcedor.

Prévia: Libertadores - Boca Juniors X Universidad de Chile (14/06)

La Bombonera terá iluminação especial nessa noite. A torcida do Boca não espera
um apagão dentro nem fora de campo. (Foto: Olé)


Boca Juniors e Universidad de Chile se enfrentam pela primeira partida da semifinal da Libertadores 2012. Duas escolas diferentes. La U jogando de um modo Bielsista (alusão ao Marcelo Bielsa) com Sampaoli no comando. Jorge é devoto de El Loco Bielsa como Guardiola e tenta passar essa ideologia a seus jogadores. Até o momento, com muito sucesso. O Apertura e o Clausura Chileno 2011, além de uma Sul-Americana no mesmo ano de forma invicta foram conquistados.

Se Sampaoli é ofensivista, não podemos dizer o mesmo de Falcioni. Fanático do 4-3-1-2, Júlio gosta de uma boa solidez defensiva e, após, um time armado no contra-ataque. Foi assim no Banfield de 2009 e nesse Boca que não dá show, muito pelo contrário. Em muitos momentos joga feio e depende do brilho de 
Riquelme.

Para esse jogo, Sampaoli armará o seu tradicional 3-4-1-2 e não tem nenhuma baixa para o confronto. Já o Boca conta com a volta de Somoza de lesão em um bom momento, já que Erbes não transmite confiança alguma. Mouche ganhou a posição do Cvitanich nos treinos já que marcou dois gols no último coletivo da semana. Talvez Falcioni pensou nos espaços deixados pelos lados do campo, já que a Universidad de Chile joga com dois alas muito ofensivos. Falcioni armou a equipe em um 4-3-1-2. Destaque para Sánchez Miño, pouco falado na base, que vem ganhando espaço e jogando bem, já que Clemente Rodríguez estava com a Seleção Argentina. Nessa noite, deve marcar o ótimo Matías Rodríguez que admitiu ter comemorado o gol de Silva contra o Fluminense, já que foi criado na base Xeneize e quer mostrar trabalho nos dois confrontos das semis.



Tigre vence San Lorenzo, sai das zonas de descenso pela 1ª vez e entra na briga pelo título

El Fantasma de Descenso, vulgo Román Martínez, e o artilheiro Carlos Luna.
(Foto: Olé)

Desde o início do Clausura nas zonas de descenso (direto e Promoción) e com Rodolfo Arruabarrena, pela primeira vez, no comando de um clube. Poucos torcedores acreditavam em um salvação, já que o Tigre fez uma péssima temporada 09/10 o que deixou a sua média pontos/partidas (Promédio) em 0.84, algo horroroso. Com uma arrancada que lembra o Fluminense de 2009 (onde matemáticos apontavam 99% de chances de rebaixamento), El Vasco deixou a equipe na vice liderança do Clausura e, finalmente, fora até da Promoción.

Para isso, foi necessária uma grande vitória sobre o San Lorenzo, adversário direto na fuga da Nacional B que chegou embalado para a partida. A vitória de 3 a 3 sobre o Newell`s, com os três gols no segundo tempo deixou um clima impressionante para o confronto. Alguns cogitaram um empates entre amigos, mas logo nos primeiros lances percebemos que isso era uma grande teoria da conspiração.

Apoiados pela torcida, El Matador mandou em todo início de jogo. O San Lorenzo chegava esporadicamente e sentia a grande ausência de Buffarini, hoje o melhor jogador do San Lorenzo, suspenso por cartões amarelos. Aos 35 minutos do primeiro tempo, Diego Morales, ótimo jogador pouco valorizado, deu grande passe para Maggiolo marcar na cara do Migliore.

Arruabarrena mandou sua equipe, na volta do intervalo, recuar e jogar no contra-ataque. Romagnoli entrou no San Lorenzo e melhorou muito a qualidade da equipe. Isca lançada e, em um contragolpe, Morales arrancou e após bola mal afastada, o bom volante Román Martínez ampliou o placar praticamente dentro da  pequena área. Romagnoli, como contra o Newell`s, entrou e mudou a cara de um time apático e conformado com a derrota do primeiro tempo. De falta, ele mesmo, diminuiu o placar. A torcida do San Lorenzo entrou no clima até Kalinski, aos 22, e Kannemann, aos 27, serem expulsos. Kalinski, no Quilmes dos juniores até o ano passado, e Kannemann, garoto da base, mostraram o quê a falta de experiência e o peso de uma camisa fazem. O Ciclón até lutou, mas o jogo foi decidido aos 39 minutos do segundo tempo. Morales tocou para Román Martínez que, após tabela com o pivô Maggiolo, soltou uma pancada rasteira de fora da área.

Com a vitória, o Tigre assume a vice-liderança do Clausura 2012 com 32 pontos. O Arsenal de Sarandí também tem 32 e enfrenta o Boca (33), na Bombonera, na próxima rodada. Um empate desse confronto e uma vitória do Tigre sobre o Vélez em Liniers, jogo muito difícil, deixaria o time de Víctoria na liderança. Mas Román Martínez acabou com a festa. O objetivo é a fuga do rebaixamento, título seria um extra muito bem-vindo.

Já o San Lorenzo voltou com suas polêmicas. Infeliz com a sua entrada no Intervalo após marcar gol e jogar bem diante o Newell`s, Carlos Bueno declarou que era um absurdo Caruso ter deixado ele e Romagnoli no banco. O clima esquentou e o Ciclón não está na zona de rebaixamento direto graças a campanha horrenda do Atlético Rafaela. Hoje, enfrentaria o Instituto na Promoción. Porém Banfield e San Martín chegam em queda nessa reta final. A missão não é tão impossível como muitos falam.

sábado, 9 de junho de 2012

Em jogo emocionante, Messi dá show e Argentina bate o Brasil por 4 a 3



Brasil e Argentina entraram em campo em Nova Jersey para o aguardado amistoso entre as duas equipes. A Argentina convocou com seus principais jogadores, já o Brasil visou preparação para as Olimpíadas.

Os dois times jogaram nos esquemas táticos esperados. A Argentina postou-se em um 4-4-2 com Clemente Rodríguez na lateral direita e Zabaleta na lateral esquerda - até a metade do primeiro tempo. O Brasil veio em seu tradicional 4-2-3-1 com muita movimentação de seus meias e pressão na saída de bola do adversário. A equipe brasileira começou com um ritmo forte, sem deixar espaços para o oponente sair jogando.  Pressionando bastante, a seleção canarinho chegava muito. Hulk teve grande chance de marcar, mas parou nas mãos de Romero. Aos 22 minutos, em cobrança rápida de Neymar, o Brasil chegou ao gol após finalização oportunista de Rômulo. O lance foi duvidoso, a defesa argentina reclamou impedimento (com razão) do camisa 8, porém o gol foi validado. O tento fez com que os brasileiros relaxassem a marcação e a Argentina passou a chegar com mais perigo ao gol adversário. Messi, até então apagado, apareceu entre os zagueiros após belo passe de Higuaín e marcou com calma, no canto direito do goleiro Rafael Cabral. Era o gol de empate. Mas Messi queria mais e, novamente recebendo a bola livre de marcação, driblou o goleiro e bateu no centro do gol, marcando o segundo. Após o gol, o Brasil partiu para cima e tentou empatar com finalizações de Neymar e Hulk, sem sucesso.


A segunda etapa começou com chances de ambos os lados. Hulk fez grande jogada pela esquerda, no entanto teve pouco ângulo para finalizar e desperdiçou a chance. Di María respondeu na sequência com excelente jogada, no entanto a bola parou nas mãos de Rafael. A Argentina dava trabalho à defesa brasileira com lançamentos entre os dois zagueiros.  O Brasil passou a crescer para conter o ímpeto ofensivo adversário. E na melhor chegada brasileira no segundo tempo, Oscar toca para Damião, este faz o pivô e o próprio Oscar recebe livre para marcar. Com o empate, a Seleção Brasileira cresceu de produção.  Os brasileiros pressionaram e viraram a partida em lance confuso. Neymar cobrou escanteio, Romero tirou mal e Hulk aproveitou para finalizar. A partida continuou aberta, com boas chances de ambos os lados. Com a desvantagem, a Argentina buscou o empate com cabeceio de Fede Fernández, após cobrança de escanteio. O empate deixou o jogo aberto. Muitas chances surgiram dos dois lados. Entretanto a Argentina tinha Messi. E ele decidiu. Após grande jogada individual pela direita, o camisa 10 finalizou de perna esquerda no ângulo da meta defendida por Rafael.


A partida, embora amistosa, foi um grande teste para as duas equipes. Como já era esperado, o ataque das duas equipes funcionou, mas as defesas comprometeram e são os pontos a serem revistos.  O próximo jogo da Argentina é em 14 de agosto contra a Alemanha, outro adversário forte. Mais um grande teste para a equipe de Sabella.

Prévia - Argentina X Brasil (09/06)

New Jersey com as cores argentina já no treinamento
(Foto: Olé)

Brasil e Argentina se enfrentam em Nova Jersey neste sábado (09) em um dos maiores, se não o maior, clássico(s) do mundo. O Brasil chega após uma derrota de 2 a 0 para uma boa equipe do México. Já a Argentina goleou o Equador por 4 a 0.

Mano Menezes deve fazer duas mudanças. Thiago Silva sentiu um desconforto no joelho e saiu ainda no confronto diante o México. Deve fazer um teste minutos antes da partida. Para o seu lugar, Bruno Uvini é o provável substituto. Na lateral-direita, Rafael pegou a posição de Danilo que pouco apoiou e mostrou falhas na marcação. O Brasil deve ir a campo no tradicional 4-2-3-1. Com Oscar armando no meio e Neymar e Hulk pelas pontas. Marcelo deve se conter mais durante a partida, pois Messi gosta de cair pelo flanco direito de ataque Albiceleste.

Na Argentina, Sabella deve fazer um teste. Sacou Aguero que fazia uma linha de 3 no ataque com Messi e Higuaín, colocando o Sosa, meia/volante do Metalist, procurando dar equilíbrio entre ataque e defesa. Sabella armou um 4-2-2-2 que varia para um 4-3-3 com Di María se transformando em ponta e Sosa recompondo no meio. Mascherano deve ser o primeiro volante, também auxiliando Zabaleta na marcação de Neymar. A defesa segue sendo problema. Garay fez boa temporada no Benfica, mas Fernández foi pouco utilizado no Napoli e não demonstra segurança. Clemente tem o mesmo problema e ainda terá que marcar o bom Hulk.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Racing vence River nos pênaltis e decide Copa Argentina com o Boca

"Saja +10" é o novo apelido do Racing na Argentina
(Foto: Olé)
Após uma partida horrível e uma dramática disputa de pênaltis, o Racing venceu o River e se classificou para a final da Copa Argentina diante o Boca. Acabando com o sonho de muitos que acreditavam em um Superclássico decidindo o campeonato.

Zubeldía ainda não conseguiu deixar o Racing com a sua cara. O 4-2-3-1 que variava para um 4-4-2 na partida não teve sucesso. Gio Moreno, meia central do primeiro esquema e atacante no segundo, não chamou a responsabilidade do jogo e parece sentir a falta de Simeone, já que desde que o Cholo foi para o Atlético de Madrid, viu parou de jogar. Alfio Basile e Zubeldía tentam achar a posição do cerébro do Racing, até agora ato falho. Já o River jogou com em um esquema atípico. Algo como um 4-1-2-2-1. Na frente da linha de 4, Cristian Ledesma, saindo mais para o jogo Aguirre e Domingo. Na armação e encostando em Rogelio Funes Mori, Andrés Ríos e Keko Villalva


Vendo que o seu jogo não dava liga, o Racing se limitou a defender nos dois tempos, esperando algum contra-ataque que esporadicamente foi criado por Valentín Viola na direita. O River era o protagonista do confronto, mas não conseguia criar, pois Villalva e Ríos jogavam muito próximo da área. Quando voltavam para armar, sofriam boa marcação de Pelletieri e, até certo ponto, de Bruno Zuculini. Com isso, Aguirre e Domingo tinham que sair para o jogo e a única grande chance do Millo no confronto foi um chute muito forte de fora da área do Aguirre ao qual o Saja teve que operar um milagre.

A emoção que faltou no tempo regular, sobrou nos pênaltis. Em ordem, Saja, Viola, Pillud e Haúche, converteram para o Racing, com Gio Moreno parando em Chichizola na 2ª cobrança. Ponzio, Rogelio Funes Mori, Ocampos e Ledesma, também converteram para o River. Na última cobrança, Keko Villalva mandou na trave. Nas alternadas, Fariña converteu para o Racing. No River, ninguém partiu para a cobrança. Luis Vila, após um tempo, foi, bateu e Saja defendeu. Racing na final.

Após o jogo, Almeyda não colocou a responsabilidade no garoto Vila, muito pelo contrário. Declarou: "Eu perdi um pênalti com 20 anos na Libertadores. Talvez ele possa ter uma carreira melhor que a minha. Eu considero importante pegar a bola e bater. Qualquer um pode errar". Já o Racing chega na final apresentando um péssimo futebol e vendo em Saja um paredão, Pelletieri a marcação na frente da zaga e Viola como opção de velocidade no ataque. E só. Após 11 anos, Racing pode ser voltar a ser campeão. Mas algo deve mudar. Um jogo atípico já que a decisão é somente em uma partida. Sorte ou milagre.


Quilmes vence o Instituto e se aproxima dos líderes




A partida ocorrida em Córdoba foi muito importante para os rumos das duas equipes na Nacional B. O Quilmes, quarto colocado, lutava para permanecer com chances de classificação direta. Já o Instituto, invicto em casa há mais de um ano, precisava da vitória para obter vantagem sobre os dois líderes e não necessitar da disputa do Promoción para ter acesso à primeira divisão.

Jogando fora de casa, los Cerveceros adotaram uma postura mais defensiva, na tentativa de explorar os contra-ataques em velocidade. Já a equipe da casa adotou uma postura bastante ofensiva, apostando na movimentação de seus jogadores do setor ofensivo. Mesmo propondo o jogo e pressionando bastante o adversário, La Gloria não conseguia criar chances de marcar. O time de Quilmes, sem apresentar proposta ofensiva, finalizou pouco. Com um Dybala pouco inspirado e atacantes com inspiração menor ainda, o Instituto não conseguia chegar ao gol adversário, passando a apostar em cruzamentos para a área como recurso para chegar ao gol adversário.  A falta de objetividade do adversário fez o Quilmes organizar-se e encaixar seus contra-ataques, no entanto a finalizações paravam sempre nas mãos de um inspirado Chiarini. Sem que os dois times fizessem por merecer o gol, a partida foi para o intervalo com o placar em branco.

O segundo tempo começou com o Instituto mais efetivo. O time de Córdoba aproveitou melhor as suas chances e obrigou o goleiro Tripodi a fazer duas boas defesas em sequência.  Inicialmente sem proposta ofensiva, o Quilmes aos poucos foi chegando ao ataque em seus velozes contragolpes e já criava boas chances, quando abriu o placar com Cauteruccio em jogada trabalhada pela direita de ataque. O gol não fez  com que o Cervecero diminuísse o ritmo de jogo e logo o mesmo Cauteruccio marcava o segundo. A partir do segundo gol, a partida adquiriu contornos dramáticos e o Instituto passou a pressionar com cruzamentos para a área. Os cruzamentos não surtiam efeitos práticos e o time apresentava-se nervoso nas ações ofensivas. O Quilmes, tendo espaço para contra-atacar, não encaixava suas jogadas e chegava pouco. Mesmo pressionando, La Gloria pecou nas finalizações e não conseguiu reagir.

Com a vitória, o Quilmes se aproxima da zona de classificação e breca o Instituto. La Gloria, que não perdia em casa há 18 partidas,  fica com 67, um a mais que o time de Quilmes, e pode ver Central e River dispararem, inviabilizando uma vaga direta à primeira divisão.  

domingo, 3 de junho de 2012

Merlo resiste nos 90 minutos, mas Boca leva a disputa nos pênaltis




Boca Juniors e Deportivo Merlo entraram em campo no Ciudad de Catamarca na tarde de domingo para disputar a primeira vaga para a final da Copa Argentina.

Mesmo sendo candidato ao título de duas competições maiores, Libertadores e Clausura, o Boca Juniors entrou com os principais jogadores disponíveis para a partida. A dupla de zaga foi formada por Caruzzo e Sauro, enquanto Miño e Roncaglia ocupavam as laterais. Chávez foi titular mais uma vez, jogando à direita da linha de três volantes do Boca no tradicional 4-3-1-2 da equipe de Falcioni. Já a equipe do Deportivo Merlo, que não disputa mais nada na B Nacional, veio com força máxima, tentando surpreender o líder do Clausura. O esquema da equipe foi o 4-4-2.

A partida começou com a equipe de Falcioni pressionando o adversário com jogadas pelo lado esquerdo. Sánchez Miño foi o destaque, saindo da lateral esquerda, fechando pelo meio para armar,  subindo pelas laterais para realizar cruzamentos para a área e ainda infiltrando na área para finalizar. Riquelme foi marcado de perto por García e Friedrich. Sem espaço para trabalhar a bola, Román teve de recuar para poder armar as jogadas e distribuir o jogo.  O Merlo apostava em contra-ataques pelos lados que não levaram perigo ao gol de Sosa.

Mesmo com a postura recuada, o Merlo deixava espaços em sua linha defensiva. Delgado foi afobado e saia constantemente de posição deixando um dos atacantes adversários livres. As duas principais jogadas do primeiro tempo ocorreram em falhas de Delgado: aos 10 minutos com passe de Chávez para Cvitanith, que cruza na área e Manchot quase marca contra; outra boa situação foi originada com passe de Riquelme aos 30 minutos, Civitanith tocou de primeira para Silva, que entrou no espaço deixado por Delgado, e este finalizou nas mãos de Caparosso. Com o Merlo chegando sem perigo, Roncaglia passou a aparecer pelo lado direito, mas pouco foi efetivo.

O segundo tempo começou com o mesmo cenário do primeiro tempo: o Boca pressionava e o Merlo ficava preso ao campo de defesa. A time do capitão Riquelme teve quatro escanteios nos três primeiros minutos de partida. No melhor deles Riquelme cruzou para Caruzzo, que obrigou Capagrosso a fazer grande defesa. O Merlo apresentava-se mais no campo de ataque, porém as chegadas à frente não se refletiam em chances de gol. O Boca continuava pressionando, mas era menos objetivo que na primeira etapa. Mesmo com a falta de objetividade, Riquelme apresentou-se para bater falta aos 13 minutos de partida. A falta era próxima à área, pela meia direita, Riquelme e Erviti conversavam, parecendo combinar algo. O árbitro autorizou e, após jogada ensaiada, Riquelme mandou a bola direto para o gol. Capagrosso, posicionado no centro do gol, apenas observou a bola entrando. Era o 1 a 0. 

O gol do Boca não fez o Merlo crescer de produção. A equipe de Parque San Martín  chega mais ao ataque, mas não cria chances de gol. Já o Boca continuava pressionando, mas não tinha a mesma pressa para finalizar. Com a desvantagem, o Merlo chegava mais à frente e deixava espaços para o adversário contra-atacar. Falcioni promoveu as entradas de Mouche e Fernández. Mas não conseguiu aproveitar os espaços deixados pelo adversário. O Merlo passou a pressionar a partir das entradas de Conti, Cheri e Blanco. O time de Parque San Martín chegava com cruzamentos para a área e bolas paradas. Aos 90 minutos de partida, após uma série de chuveirinhos na área, a bola sobra para Friedrich, que mandou um chute forte da entrada da área e marcou para o Merlo. Era o empate em 1 a 1. Com as equipe se expondo pouco após o gol, a partida terminou em 1 a 1 e tivemos novamente pênaltis na Copa Argentina.

Conti, chutando forte, Manchot, batendo no canto, e Cheri, chutando alto, marcaram as três primeiras penalidades do Merlo. Pelo lado do Boca Riquelme, com cavadinha, Silva, mandando um foguete, marcaram. Somoza veio para a cobrança da terceira penalidade e  bateu mal, o goleiro Capagrosso espalmou, mas a bola acabou indo parar nas redes. A série estava empatada em 3 a 3. Freidrich, o autor do gol de empate, veio para a cobrança e acabou parando nas mãos de Sosa. Podendo estar em vantagem, Mouche apresentou-se para a cobrança e Capagrosso novamente espalmou para dentro do gol. Lazzaro podia acabar com a decisão caso perdesse a penalidade, mas teve frieza e marcou para o Merlo. A responsabilidade ficou com Caruzzo, este ajeitou a bola e mandou um chute alto e forte, colocando o Boca na final da Copa Argentina.

Com a vitória, o Boca espera o vencedor de River e Racing para conhecer  seu adversário na final.

Messi dá show e Argentina goleia Equador


O torcedor argentino que pagou ingresso para assistir a Argentina em mais uma rodada das Eliminatórias contra o time do Equador esperava uma grande atuação do tão badalado sistema ofensivo do time de Sabella. E foi possível ver tudo isso. O melhor, foi possível ver uma bela atuação de Messi, que mais uma vez cala os críticos mostrando que não é apenas o melhor do mundo no Barcelona. No fim, uma vitória sensacional por 4 a 0 e a liderança das Eliminatórias Sul-Americana assegurada.

Está certo que em nenhum momento a seleção equatoriana fez frente a Albiceleste, mas, isto é irrisório, visto que os argentinos souberam se aproveitar bem disso e ter uma boa atuação frente a sua torcida. Messi apareceu muito bem. Fez grande jogada no 1° gol marcado por Agüero, brilhou no 2° assinalado por Higuaín , que depois fez muito bem o pivô para o jogador do Barcelona coroar a sua brilhante primeira etapa, isso sem contar os dribles e as mais jogadas de efeito que arrancaram gritos de "olé" da torcida.

No 2° tempo, partida tranquila. Uma ou outra boa chegada do Equador, mas nada de relevante. O time argentino administrava bem a vantagem, trabalhava bem a bola e ressaltava tamanha velocidade e qualidade técnica dos jogadores. Até que quando todos já estavam crentes de que o 3 a 0 se manteria no placar, Lionel Messi voltou a aparecer, fez grande jogada e Di María sacramentou a épica goleada para a festa do torcedor argentino, que viu todas as suas expectativas serem atendidas.

No fim, todos gritando a uma só voz: "Ole, ole, ole, Messi, Messi". Isto resume o que foi o jogo. Grande atuação de La Pulguita, que mostrou o tão importante pode ser para o time argentino sendo capaz de comandar todo o plantel e ressaltando que com o melhor do mundo em grande forma, a Argentina tem plenas condições de voltar a brilhar com intensidade no planeta bola.

sábado, 2 de junho de 2012

Pré-jogo: Argentina X Equador - Eliminatórias para 2014

No dia do seu aniversário, o melhor presente de Aguero
foi dado por Sabella: a titularidade (Foto: Olé)

Nesse sábado (02), Argentina e Equador se encontram pela 29ª ocasião. O histórico mostra uma grande vantagem a Albiceleste que conta com 16 vitórias, 8 empates e 4 vitórias equatorianas. Ultimamente, a Argentina não vem de boas atuações contra os Tri (Tricolores). Há quatro jogos que a Argentina não vence, sendo que a última vitória foi há oito anos em um 6 a 1 em Chiclayo, Equador. 

Reinaldo Rueda, técnico equatoriano, disse que a única maneira de parar Messi é com uma metralhadora. No jogo de hoje, Walter Ayoví, lateral esquerdo e capitão do selecionado, será o encarregado. Mas Messi não jogará apenas por ali, analisando outros jogos dele na Seleção de Sabella percebemos que tem a tendência de centralizar para armar jogadas. Aguero deve fazer o mesmo, já que muitas vezes participava do "3" do 4-2-3-1 no Manchester City na temporada. Mascherano será o único marcador nato no meio campo. Em momentos, deve compor uma linha de 3 na defesa, liberando Zabaleta e Clemente Rodríguez. Gago deve apoiar levemente e ajudar Masche, diferentemente de Dí María que deve fazer boa dupla com o aniversariante da noite, Sergio Kun Aguero, pelo flanco esquerdo. 

No Equador, Rueda optou por um 4-2-2-2 com o objetivo de não interferir nas boas fases de Antonio Valencia, um dos melhores jogadores do Manchester United na temporada, e Luis Fernando Saritama que levou o Deportivo Quito, juntamente com Alustiza, nas costas até as oitavas da Libertadores 2012. Ayoví tem um bom poder ofensivo, mas deve ficar guardando posição. Jairo Campos, Erazo e Achilier fazem o mesmo e revezam marcação em Higuaín, Aguero e Messi. No ataque, Jefferson Montero tem a tendência de cair na winger esquerda onde jogou no Bétis e Levante. Chuco Benítez apostará na sua velocidade para encarar Fede Fernández e Garay. O primeiro que pouco jogou no Napoli e o segundo que fez ótima temporada no Benfica.