domingo, 3 de junho de 2012

Merlo resiste nos 90 minutos, mas Boca leva a disputa nos pênaltis




Boca Juniors e Deportivo Merlo entraram em campo no Ciudad de Catamarca na tarde de domingo para disputar a primeira vaga para a final da Copa Argentina.

Mesmo sendo candidato ao título de duas competições maiores, Libertadores e Clausura, o Boca Juniors entrou com os principais jogadores disponíveis para a partida. A dupla de zaga foi formada por Caruzzo e Sauro, enquanto Miño e Roncaglia ocupavam as laterais. Chávez foi titular mais uma vez, jogando à direita da linha de três volantes do Boca no tradicional 4-3-1-2 da equipe de Falcioni. Já a equipe do Deportivo Merlo, que não disputa mais nada na B Nacional, veio com força máxima, tentando surpreender o líder do Clausura. O esquema da equipe foi o 4-4-2.

A partida começou com a equipe de Falcioni pressionando o adversário com jogadas pelo lado esquerdo. Sánchez Miño foi o destaque, saindo da lateral esquerda, fechando pelo meio para armar,  subindo pelas laterais para realizar cruzamentos para a área e ainda infiltrando na área para finalizar. Riquelme foi marcado de perto por García e Friedrich. Sem espaço para trabalhar a bola, Román teve de recuar para poder armar as jogadas e distribuir o jogo.  O Merlo apostava em contra-ataques pelos lados que não levaram perigo ao gol de Sosa.

Mesmo com a postura recuada, o Merlo deixava espaços em sua linha defensiva. Delgado foi afobado e saia constantemente de posição deixando um dos atacantes adversários livres. As duas principais jogadas do primeiro tempo ocorreram em falhas de Delgado: aos 10 minutos com passe de Chávez para Cvitanith, que cruza na área e Manchot quase marca contra; outra boa situação foi originada com passe de Riquelme aos 30 minutos, Civitanith tocou de primeira para Silva, que entrou no espaço deixado por Delgado, e este finalizou nas mãos de Caparosso. Com o Merlo chegando sem perigo, Roncaglia passou a aparecer pelo lado direito, mas pouco foi efetivo.

O segundo tempo começou com o mesmo cenário do primeiro tempo: o Boca pressionava e o Merlo ficava preso ao campo de defesa. A time do capitão Riquelme teve quatro escanteios nos três primeiros minutos de partida. No melhor deles Riquelme cruzou para Caruzzo, que obrigou Capagrosso a fazer grande defesa. O Merlo apresentava-se mais no campo de ataque, porém as chegadas à frente não se refletiam em chances de gol. O Boca continuava pressionando, mas era menos objetivo que na primeira etapa. Mesmo com a falta de objetividade, Riquelme apresentou-se para bater falta aos 13 minutos de partida. A falta era próxima à área, pela meia direita, Riquelme e Erviti conversavam, parecendo combinar algo. O árbitro autorizou e, após jogada ensaiada, Riquelme mandou a bola direto para o gol. Capagrosso, posicionado no centro do gol, apenas observou a bola entrando. Era o 1 a 0. 

O gol do Boca não fez o Merlo crescer de produção. A equipe de Parque San Martín  chega mais ao ataque, mas não cria chances de gol. Já o Boca continuava pressionando, mas não tinha a mesma pressa para finalizar. Com a desvantagem, o Merlo chegava mais à frente e deixava espaços para o adversário contra-atacar. Falcioni promoveu as entradas de Mouche e Fernández. Mas não conseguiu aproveitar os espaços deixados pelo adversário. O Merlo passou a pressionar a partir das entradas de Conti, Cheri e Blanco. O time de Parque San Martín chegava com cruzamentos para a área e bolas paradas. Aos 90 minutos de partida, após uma série de chuveirinhos na área, a bola sobra para Friedrich, que mandou um chute forte da entrada da área e marcou para o Merlo. Era o empate em 1 a 1. Com as equipe se expondo pouco após o gol, a partida terminou em 1 a 1 e tivemos novamente pênaltis na Copa Argentina.

Conti, chutando forte, Manchot, batendo no canto, e Cheri, chutando alto, marcaram as três primeiras penalidades do Merlo. Pelo lado do Boca Riquelme, com cavadinha, Silva, mandando um foguete, marcaram. Somoza veio para a cobrança da terceira penalidade e  bateu mal, o goleiro Capagrosso espalmou, mas a bola acabou indo parar nas redes. A série estava empatada em 3 a 3. Freidrich, o autor do gol de empate, veio para a cobrança e acabou parando nas mãos de Sosa. Podendo estar em vantagem, Mouche apresentou-se para a cobrança e Capagrosso novamente espalmou para dentro do gol. Lazzaro podia acabar com a decisão caso perdesse a penalidade, mas teve frieza e marcou para o Merlo. A responsabilidade ficou com Caruzzo, este ajeitou a bola e mandou um chute alto e forte, colocando o Boca na final da Copa Argentina.

Com a vitória, o Boca espera o vencedor de River e Racing para conhecer  seu adversário na final.

Nenhum comentário:

Postar um comentário