Boca Juniors e Deportivo Merlo entraram em campo no Ciudad
de Catamarca na tarde de domingo para disputar a primeira vaga para a final da
Copa Argentina.
Mesmo sendo candidato ao título de duas competições maiores,
Libertadores e Clausura, o Boca Juniors entrou com os principais jogadores
disponíveis para a partida. A dupla de zaga foi formada por Caruzzo e Sauro,
enquanto Miño e Roncaglia ocupavam as laterais. Chávez foi titular mais uma vez,
jogando à direita da linha de três volantes do Boca no tradicional 4-3-1-2 da
equipe de Falcioni. Já a equipe do Deportivo Merlo, que não disputa mais nada
na B Nacional, veio com força máxima, tentando surpreender o líder do Clausura.
O esquema da equipe foi o 4-4-2.
A partida começou com a equipe de Falcioni pressionando o
adversário com jogadas pelo lado esquerdo. Sánchez Miño foi o destaque, saindo
da lateral esquerda, fechando pelo meio para armar, subindo pelas laterais para realizar cruzamentos
para a área e ainda infiltrando na área para finalizar. Riquelme foi marcado de
perto por García e Friedrich. Sem espaço para trabalhar a bola, Román teve de
recuar para poder armar as jogadas e distribuir o jogo. O Merlo apostava em contra-ataques pelos lados
que não levaram perigo ao gol de Sosa.
Mesmo com a postura recuada, o Merlo deixava espaços em sua
linha defensiva. Delgado foi afobado e saia constantemente de posição deixando
um dos atacantes adversários livres. As duas principais jogadas do primeiro
tempo ocorreram em falhas de Delgado: aos 10 minutos com passe de Chávez para
Cvitanith, que cruza na área e Manchot quase marca contra; outra boa situação
foi originada com passe de Riquelme aos 30 minutos, Civitanith tocou de
primeira para Silva, que entrou no espaço deixado por Delgado, e este finalizou
nas mãos de Caparosso. Com o Merlo chegando sem perigo, Roncaglia passou a
aparecer pelo lado direito, mas pouco foi efetivo.
O segundo tempo começou com o mesmo cenário do primeiro
tempo: o Boca pressionava e o Merlo ficava preso ao campo de defesa. A time do
capitão Riquelme teve quatro escanteios nos três primeiros minutos de partida.
No melhor deles Riquelme cruzou para Caruzzo, que obrigou Capagrosso a fazer
grande defesa. O Merlo apresentava-se mais no campo de ataque, porém as chegadas
à frente não se refletiam em chances de gol. O Boca continuava pressionando,
mas era menos objetivo que na primeira etapa. Mesmo com a falta de objetividade,
Riquelme apresentou-se para bater falta aos 13 minutos de partida. A falta era
próxima à área, pela meia direita, Riquelme e Erviti conversavam, parecendo
combinar algo. O árbitro autorizou e, após jogada ensaiada, Riquelme mandou a
bola direto para o gol. Capagrosso, posicionado no centro do gol, apenas
observou a bola entrando. Era o 1 a 0.
O gol do Boca não fez o Merlo crescer de
produção. A equipe de Parque San Martín
chega mais ao ataque, mas não cria chances de gol. Já o Boca continuava
pressionando, mas não tinha a mesma pressa para finalizar. Com a desvantagem, o
Merlo chegava mais à frente e deixava espaços para o adversário contra-atacar. Falcioni
promoveu as entradas de Mouche e Fernández. Mas não conseguiu aproveitar os
espaços deixados pelo adversário. O Merlo passou a pressionar a partir das entradas
de Conti, Cheri e Blanco. O time de Parque San Martín chegava com cruzamentos
para a área e bolas paradas. Aos 90 minutos de partida, após uma série de
chuveirinhos na área, a bola sobra para Friedrich, que mandou um chute forte da
entrada da área e marcou para o Merlo. Era o empate em 1 a 1. Com as equipe se
expondo pouco após o gol, a partida terminou em 1 a 1 e tivemos novamente
pênaltis na Copa Argentina.
Conti, chutando forte, Manchot, batendo no canto, e Cheri,
chutando alto, marcaram as três primeiras penalidades do Merlo. Pelo lado do
Boca Riquelme, com cavadinha, Silva, mandando um foguete, marcaram. Somoza veio
para a cobrança da terceira penalidade e bateu mal, o goleiro Capagrosso espalmou, mas
a bola acabou indo parar nas redes. A série estava empatada em 3 a 3.
Freidrich, o autor do gol de empate, veio para a cobrança e acabou parando nas
mãos de Sosa. Podendo estar em vantagem, Mouche apresentou-se para a cobrança e
Capagrosso novamente espalmou para dentro do gol. Lazzaro podia acabar com a
decisão caso perdesse a penalidade, mas teve frieza e marcou para o Merlo. A
responsabilidade ficou com Caruzzo, este ajeitou a bola e mandou um chute alto
e forte, colocando o Boca na final da Copa Argentina.
Com a vitória, o Boca espera o vencedor de River e Racing
para conhecer seu adversário na final.
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