segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Boca volta a vencer e deixa polêmica de lado

Cvitanich e, ao fundo, Clemente comemorando
o primeiro tento (Foto: Olé)

Os dois pivôs da polêmica que vem agitando toda a Argentina marcaram os gols: Cvitanich e Riquelme. A vitória deixou essa pauta de lado e, provavelmente, deve vir à tona quando o Boca jogar mal. O fator Bombonera colaborou e o Boca despachou o Newell`s Old Boys por 2 a 0.

O Newell`s não entrou no jogo só para se defender. Marcou no campo do Boca, pressionando a saída do time que tinha a volta de Clemente Rodríguez. Jogador que se mostrou importante, pois o Boca não rende o mesmo sem ele. E foi dele, o lateral esquerdo carequinha, o chute cruzado que Cvitanich matou e chutou no canto de Peratta em uma grande falha de posicionamento da defesa Leprosa, aos 44 minutos do primeiro tempo.

O time de Gerardo Martino sentiu o gol e, mesmo com o Intervalo, voltou "nas cordas" após golpe forte. Falcioni, como rotineiro, se contentou com o 1 a 0 e o jogo se tornou chato. Aos 35 minutos, o árbitro marcou falta após solitária jogada de Mouche. Riquelme cobrou no canto do goleiro que foi pego no contrapé, matando o confronto. Já o Newell`s teve problemas na criação e Figueroa não vem bem. Urutti e Sperdutti são bons jogadores, mas a bola não chegou com qualidade.

E o Boca continua sendo o mesmo de 2011. Sem espetáculo nem futebol exemplar. Dessa vez a Bombonera e o fraco time do Newell`s deram uma contribuída, mas o time parece que, aos poucos, vai esquecendo os confrontos de egos dentro do vestiário.

River mantém liderança com contribuição importante dos Funes Mori

Ponzio comemora mais um gol: seu terceiro pelo River
Atuando fora de casa contra o Desamparados, o River Plate manteve a liderança da Nacional B. O maior trunfo do time de Matías Almeyda foi a dupla Rogelio e Ramiro Funes Mori, cada um balançando as redes uma vez na partida.

O treinador não poderia contar com jogadores importantes, como Chori Dominguez, mas por outro lado tinha em Trezeguet uma importante referência. O francês atuaria ao lado de Cavenaghi, artilheiro máximo do torneio, mas que passou em branco desta vez.

Entretanto, um dos destaques do jogo foi Ponzio, que mantém o bom rendimento da partida anterior, quando foi peça fundamental para a épica vitória contra o. O meio campista ex-Zaragoza abriu o placar aos 20 minutos, em um bonito chute de longe. O goleiro Matias Giordano falhou. 1-0.

No lance seguinte, Rogelio Funes Mori quase marcou o segundo, mas seu chute passou muito perto do gol adversário. Daniel Vega fazia algumas intervenções, mas fora pouco testado. Diego Cálgaro perdeu a melhor chance do time da casa aos 43 minutos.

No segundo tempo, os irmãos apareceram para tranquilizar a vantagem. Primeiro foi Rogelio, logo aos cinco minutos. O jovem atacante aproveitou um contra-ataque fulminante que envolveu o artilheiro Cavenaghi e finalizou com precisão, ampliando o placar. 

18 minutos mais tarde, Ramiro aproveitou cruzamento de Ponzio e de cabeça marcou o terceiro para os Millonarios, praticamente matando a partida. Na sequência, Lucas Ocampos perdeu grande chance de marcar o quarto, mas chutou sobre Giordano.

Anivole ainda descontou aos 35, com um golaço. Insuficiente para qualquer reação, mas um bonito lance. Entretanto, a estrela David Trezeguet fechou a conta aos 45 minutos, mais uma vez aparecendo com destaque no setor ofensivo. Com tranquilidade, aproveitou um rebote e fechou a conta.

A vitória serviu para manter o River Plate na liderança isolada, agora com 43 pontos. Logo atrás vem Quilmes com 42 e a dupla Instituto e Rosario Central, que somam 40 pontos.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Godoy Cruz leva goleada no Chile

Junior Fernandes marcou um triplete (Foto: Conmebol)

As equipes estavam em momentos diferentes. O Godoy Cruz não sabia qual equipe iria enfrentar. La U da Copa Sul-Americana no ano passado ou a equipe que foi surpreendida pelo Atlético Nacional . Enfrentou a Universidade de Chile da Libertadores e ainda com uma ajuda da arbitragem do brasileiro Wilson Seneme, logo o jogo se tornou praticamente impossível para o Tomba.

A Universidad de Chile usou o fator local, já que não perde desde 2010 em competições sul-americanas,e  envolveu a equipe do Godoy Cruz com o seu, já habitual, toque de bola. A equipe de Mendoza da Argentina chegou a reclamar de um toque na mão aos 8 minutos, mas o jogador não teve a intenção. Aos 27, sim, a torcida teve do que reclamar. Após ótima jogada, Mena deixou Júnior Fernandes na cara do gol. O brasileiro-chileno deixou a bola escapar e Torrico segurou-a. Após toque do atacante, o arqueiro soltou a bola e Junior Fernandes marcou, já que o árbitro não assinalou a falta. O Godoy Cruz sentiu o gol e, um minuto depois, Lorenzetti, carrasco do Flamengo da Sul-Americana passada, marcou de cabeça após bola parada. Aos 45 minutos, foi Lorenzetti quem cruzou para Junior Fernandes anotar de cabeça.

O Godoy Cruz voltou forte no segundo tempo e, após tremendo bate-rebate com direito a Tito Ramírez carimbando a trave, Sigali marcou de cabeça marcando seu segundo gol em 4 jogos no ano. Mas logo o time chileno voltou a controlar a partida com passar entre a defesa do Godoy Cruz que jogava adiantada para tentar buscar o empate. Lorenzetti deixou Fernandes na cara do gol, marcando seu triplete aos 27 minutos. Aos 45, Mena deixou Angelo Henriquez, promessa do futebol chileno, na cara do gol. O jovem de 17 anos marcou e fechou a conta.

O "grupo da morte" para alguns, apresenta duas grande surpresas. O Atlético Nacional é líder com 100% de paroveitamento, já o Peñarol é lanterna sem nenhum ponto ganho. Godoy Cruz e La U tem 3 pontos cada.




Vélez mantém 100% na Libertadores

Obolo comemora: começo arrasador do ex-atacante do Arsenal
Enfrentando um Chivas Guadalajara que passa por um momento altamente turbulento (o time não venceu ainda no Clausura mexicano, obtendo dois pontos em sete jogos), o Vélez Sarsfield fez valer o fator local, e bateu o adversário com gols marcados apenas na segunda etapa.

Bom ressaltar que a partida do Fortín não foi como se esperava. Encontrando muitas dificuldades de se desvencilhar da marcação mexicana, o time sucumbiu na primeira metade de jogo e via o Chivas levando perigo na bola parada.

A saída pelos lados não funcionou, muito pela marcação que o ataque adversário fazia nos laterais, especialmente em Emiliano Papa, pelo lado esquerdo. 

O segundo tempo não foi nada animador. Ainda sofrendo com a falta de criatividade ofensiva, uma boa parte dos torcedores no estádio José Amalfitani começou a chiar. Antes que a pressão pudesse ser mais forte, o gol do alívio instantâneo.

Mauro Obolo, de virada, abriu o placar para o Vélez. O atacante confirmou seu ótimo momento, marcando seu quarto gol em quatro jogos. A falta de técnica seguia, mas a valentia era contagiante. O espírito de Libertadores era visível.

A festa foi completa em um minuto, quando Federico Insùa tratou de mandar a bola duas vezes para a rede de Luis Michel. Na primeira, Insùa recebeu passe açucarado de Obolo (sem trocadilho); na segunda, foi a vez de Lucas Pratto dar o passe para o camisa 20, que chutou bem para ampliar a vantagem.

O resultado coloca o Vélez na liderança de seu grupo, com seis pontos. O próximo adversário será o Deportivo Quito-EQU, mais uma vez atuando em casa.
Vélez e Chivas atuaram no 4-2-3-1 (Ilustração: Arthur Barcelos)

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Arsenal mata jogo em 45 minutos diante o Zamora

Carbonero, o melhor em campo. Um gol e uma assistência. (Foto: Olé) 

Foram necessários somente 45 minutos para o Arsenal bater o Zamora da Venezuela. A equipe, com um jogo a mais, agora lidera o Grupo 4 da Libertadores que ainda tem Fluminense e Boca Juniors, além do Zamora.

O gol de Ortiz logo no primeiro minuto de partida facilitou as coisas para o Arsenal. O Zamora iria jogar fechado, mas no contra-ataque para tentar ser a surpresa do grupo.  Trombetta cruzou, a bola foi rebatida para a entrada da área, onde Ortiz pegou de primeira. O desviou na defesa da Furia Llanera e matou o goleiro Forero. Aos 14, a bola parada, principal jogada do Arsenal, fez efeito. Lisandro López desviou e, no segundo pau, Carbonero colocou para as redes. El Viaducto baixou o ritmo inicial para não correr perigos e, ainda no primeiro tempo, matou o jogo. Carbonero fez ótima jogada pela direita e deixou Leguizamón na cara do gol. O experiente atacante argentino tocou no canto de Forero.

No segundo tempo, o Arsenal tocou a bola e o Zamora tentou reagir, mas faltou qualidade técnica. Alfaro testou novas opções. Com Carbonero, melhor jogador do time, caindo pela esquerda e pelo meio. Mas ele não rendeu o mesmo, pois na direita onde fez boa dupla com Adrián González. Jogadores ainda goram testados e, principalmente, Mosca entrou bem pela meia esquerda onde Caffa esteve apagado.

Na próxima rodada, o Arsenal recebe o Boca no Julio Humberto Grondona no embate de argentinos. Já o Zamora irá até o Rio enfrentar o Fluminense no dia 14 de Março.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Boca joga mal e empata com Unión em Santa Fé

Mouche teve atuação apagada (Foto: Olé)

Mesmo com a péssima partida, o Boca aumenta o seu número de jogos com invencibilidade. Agora são 33 ao todo. 31 no Campeonato Argentino. Mas o futebol não é o mesmo. Em um estádio apertado, a marcação sobre o Riquelme acabou com as jogadores bem trabalhadas.

A cancha pequena deixou o jogo muito pegado. O Boca, no final do primeiro tempo, tinha 3 dos 4 jogadores de defesa, amarelados. Orión mostrou que está bem aos 25 minutos, após contra-ataque que teve finalização de Velázquez. Aos 33, Rosales chutou cruzado e o Diego Jara, que estava muito bem no Patronado na B Nacional, acabou furando.

O segundo tempo foi marcado pelo azar no Boca. Schiavi saiu no Intervalo e entrou Caruzzo. Mais tarde o Colazo, que havia entrada no lugar no apagado Erviti, foi travado e acabou fraturando a tíbia, ficando fora dos gramados por 6 meses. O Unión continuou sendo o mais perigoso na partida arriscando bem de fora da área. Eu, particularmente, vi um certo "corpo mole" de Riquelme que tirava o pé em algumas divididas. Posso estar errado, mas não sei se Falcioni e Riquelme parecem não estar 100%.

Agora, finalmente, o boca tem uma semana de descanso e só enfrenta o Newell`s no próximo final de semana em La Bombonera. Já o Unión irá a Córdoba enfrentar o Belgrano.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Bravo e raçudo, River vence Independiente Rivadavia


Um jogo que parecia fácil. O Independiente Rivadavia luta para não cair e vê em Fabbiani a sua estrela solitária. Na sexta, o Quilmes venceu e ultrapassou o River. Logo, a vitória era importante para deixar o River na frente do Quilmes e, pelo menos, na zona de ascenso direto, sem Promoción.

A torcida do River viu Carlos Sánchez ser expulso aos 11 minutos, após dar um carrinho e receber amarelo. Não satisfeito, reclamou. Recebeu o segundo amarelo e deixou o jogo mais emocionante. A partir daí, Ocampos começou a criar no meio, ajudando Chorí Domínguez. Aos 27 minutos, Cavenaghi colocou para dentro, após cabeçada de Ramiro Funes Mori. La Lepra de Mendoza começou a gostar do jogo, após a última linha do River recuar. Armadilha de Almeyda? Se foi, o Independiente Rivadavia caiu direitinho.

No segundo tempo a pressão aumentou. Chuveirinhos na área consagraram Maidana, Ramiro, Abecasis e Juan Manuel Díaz, todos em uma linha de 4. Cirigliano era o cabeça de área. Leo Ponzio combatia pela direita e ainda virou o armador de contragolpes. Ocampos usava seu físico. Alejandro Domínguez ficou aberto pela esquerda e Cavenaghi pela direita. 30 minutos do segundo tempo. O River já demonstrava claros sinais de cansaço, mas a formação maluca de Almeyda foi fatal. Em bola rebatida, Cavenaghi escorou, Ponzio abriu para Chorí que recebeu a bola na linha do meio campo e a deixou no fundo das redes. Um alívio para o torcedor. Cavenaghi fez questão de comemorar com seu parceiro, o qual discutiu na semana passada, dançando "Ai Se Eu Te Pego". O Rivadavia sentiu o gol. Almeyda tirou Ocampos, Chorí Domínguez e Cavenaghi que passaram boa parte do jogo mordendo a saída adversária. Aos 38, o garoto Villalba, entrou no lugar de Domínguez, roubou a bola do goleiro Ayala e depois sofreu um carrinho. O arqueiro da Lepra foi expulso e um jogador da linha, Pablo De Miranda, virou guarda-redes. Aos 43, o gol para fechar com chave de ouro. Abecasis colocou para Trezeguet que subiu entre os zagueiros e tocou, de cabeça, no canto. A estreia no Monumental que todo jogador sonha.

Almeyda, ao fim da partida, afirmou "Havia anos que o River não ganhava uma partida assim". Trezeguet e Chorí Domínguez deram entrevistas visivelmente emocionados como alguns torcedores estavam. Clima ótimo no River como não se via há algum tempo. Todo o time, sem hipérbole, foi muito bem. É difícil dizer um, mas Leo Ponzio foi a cara do River no jogo. Após ser contratado, ainda não havia demonstrado o mesmo bom futebol de Real Zaragoza.

Os Millonarios assumiram a liderança. Mesmo com uma possível vitória do Instituto, o River permanece em 1º, pois tem uma vitória a mais. Na próxima rodada, o River pega o Desamparados em San Juan. Já o Independiente Rivadavia enfrenta o Quilmes, vice líder, fora de casa, na terra da cerveja.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Vélez goleia o Banfield fora de casa

Insúa abriu "a porteira" com esse tento (Foto: Olé)

Banfield e Vélez se encontraram no Florencio Sola. El Taladro acabou sofrendo um 3 a 0 na primeira rodada e chegou cheio de desconfiança. Já o Vélez empatou com o Godoy Cruz, em casa, depois de estrear muito bem na Libertadores.

O Banfield começou o jogo melhor, atacando, muitas vezes, de forma desgovernada. Aos poucos o Vélez se encaixou na partida e começou a dominá-la. O 4-2-3-1 de Gareca deixou o time do Banfield perdido. Fernández, pela direita, deixava Tagliafico louco. Mas a jogada do gol teve origem na esquerda com os sempre bem entrosados Papa e Juan Manuel Martínez que tiveram o seu auge na Libertadores 2011. Dali veio o cruzamento. Obolo tocou para o meio e Insúa completou. O Banfield sentiu o gol e se desesperou. O Vélez, em um jogada de bola parada, ampliou. Martínez chutou na trave e, no rebote, Sebá Domínguez marcou seu segundo gol em 3 jogos.

No segundo tempo, a bronca foi grande do Jorge da Silva. O Banfield começou atacando e, uma falha da defesa, acabou com as chances do time do Sul da Argentina. Martínez cruzou, Insúa desviou, completamente livre, e Obolo completou. A partir daí o Banfield começou a jogar somente para honrar a camisa. Roberto Brum foi expulso após duas faltas violentas em dois minutos, além do Vélez "brincar" de perder gols e tocar a bola. Gareca tirou Fernández, Insúa e Zapata, poupando-lhes. Velázquez e Bella entraram animados. Aberto pela direita, Velázquez levou até a linha de fundo e cruzou rasteiro. Bella chegou e bateu no canto, fechando a conta.

Portell, presidente do Banfield, após tomar o quarto gol ficou visivelmente irritado com o time e cabeças podem rolar. O Banfield tomou 7 gols em duas partidas e não marcou nenhum tento. O Vélez achou uma nova formação e chega animado para a Libertadores, nessa quarta-feira (22) diante o Chivas.

4-2-3-1 do Vélez. Canteros já estará de volta para a Libertadores (Imagem: Arthur Barcelos)

Mundo Boca: uma panela de pressão

A carranca de Falcioni no banco xeneize tem explicação (Reuters)



Tiago de Melo Gomes, @melogtiago
De Recife-PE


O Boca Juniors está invicto há 32 partidas, conquistou com folga o Apertura 2011 e chega forte à Libertadores, já que manteve seus jogadores e fez boas contratações. Venceu os superclássicos de verão e ainda saboreia a luta do River Plate, seu eterno rival, para voltar à primeira divisão. Tudo azul no “Mundo Boca”?
Nem um pouco. Ontem o treinador Julio Cesar Falcioni chegou a colocar seu cargo à disposição após uma acalorada discussão com Juan Román Riquelme, na qual todo o plantel tomou o partido do capitão xeneize. O treinador foi convencido pelo presidente Daniel Angelici a voltar atrás em sua decisão. Mas o ambiente segue pesado. Afinal, todos os componentes para manter a tensão em alta seguem inalterados.
A discussão que ocorreu nos vestiários após a estréia contra o Zamora mostra um quadro de tensão acumulada. Tudo começou por algo muito simples: Falcioni pediu ao atacante Dario Cvitanich que jogasse caindo pelos lados, enquanto Santiago Silva deveria atuar fixo como centroavante. Irritado por ver o jogador se posicionando dentro da área, sacou-o no fim do jogo, para o ingresso de Mouche.
Até aí nada demais. Mas o treinador descarregou sua fúria em Cvitanich, dizendo-lhe: “te tirei porque quero que obedeça a mim, e não a Riquelme”, claramente crendo que o camisa 10 havia instruído o jogador a desrespeitar as ordens do treinador. O atacante chegou furioso ao vestiário e contou aos colegas o que havia ocorrido. Uma forte discussão começou, envolvendo Falcioni e Riquelme, até que Erviti pediu a palavra e disse: “perdão Julio, mas fui eu quem pediu a Cvitanich para jogar mais centralizado, Riquelme nada tem a ver com isso”.
Instantaneamente todo o elenco tomou partido do camisa 10. Falcioni pediu desculpas mas se tornou evidente que o plantel estava indisposto com o treinador. Seguro de que o capitão xeneize comanda um motim contra ele, Falcioni concluiu que não havia mais como trabalhar com o jogador, e por isso pediu o boné ao presidente durante a viagem de volta.
Angelici contemporizou. Se reuniu com as demais lideranças do grupo e escutou delas que os jogadores não agüentam mais serem criticados pelas costas pelo treinador. Por seu lado, Falcioni acabou por reconhecer que estava errado na briga ocorrida nos vestiários. Uma rápida reunião hoje pela manhã antes do treinamento selou a continuidade de Falcioni.
Mas a que preço? A princípio, o cenário não é dos melhores para Falcioni. O treinador parece ter perdido completamente sua liderança sobre o elenco xeneize. E a explosão do treinador não foi gratuita. Desde a eleição de Angelici, no final de 2011, o treinador vem notando sinais de que não é o nome dos sonhos da direção. E com isso Riquelme, que até então vinha se comportando discretamente, passou a se mostrar mais ousado.
Em uma entrevista, o camisa 10 se referiu à partida contra o All Boys, há quase um ano, quando estava afastado do restante do elenco, e se queixou de que naquele dia enquanto os outros jogavam ele “corria feito um idiota”. Após a sofrida classificação nos pênaltis pela Copa Argentina, declarou que “melhor começarmos a jogar futebol, um dia a sorte acaba”, um claro eco às vozes que crêem que o Boca “vence mas não convence”.
Se Riquelme tem uma personalidade difícil, Falcioni não fica atrás. O treinador tem um longo histórico de problemas de relacionamento nas equipes que dirigiu. Diversos ex-comandados não escondem sua ojeriza a ele, tido como frio e distante. Bichi Fuertes, do Colón, se refere a seu antigo treinador como “o pior técnico que já tive. Como pessoa deixa muito a desejar”. O também atacante José Sand, que também trabalhou com Falcioni na equipe Sabalera, disse algo parecido: “Falcioni foi um dos piores treinadores que tive, senão o pior. Não aprendi nada com ele”.
E com Riquelme (e a maior parte do plantel) e Falcioni em rota de colisão, caberia à presidência administrar a situação. Mas Daniel Angelici nada mais é do que um preposto de Mauricio Macri, prefeito de Buenos Aires e ex-presidente do clube. Empresário de sucesso e politicamente ligado à UCR, Angelici é politicamente fraco no clube, devendo sua eleição a Macri. E sua intervenção na peleja Falcioni-Riquelme/plantel mostra claramente que sua intenção é não polemizar. Mas se sua vontade é não desagradar ninguém, Angelici pode correr o risco oposto: o de ser odiado por todos.
Afinal, o entorno de Falcioni vê indícios de que a presidência não está disposta a dar o respaldo que o treinador acredita necessitar. E já ficou claro que a facção riquelmista da imprensa portenha não tolera mais Julio Cesar Falcioni. Avaliam que o presidente escolheu morrer abraçado com o treinador, ao invés de se livrar dele. É possível que o craque e boa parte do elenco vejam a situação da mesma forma.
Se dentro de campo as coisas vão bem, fora dele o “mundo Boca” ferve. O que está longe de ser uma novidade.


Postado originalmente na Total Football (http://revistatotalfootball.blogspot.com/)

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Godoy Cruz vence Peñarol em jogo suado

Villar foi a cara do Godoy Cruz. Aguerrido. (Foto: Olé)

Godoy Cruz e Peñarol voltaram a se encontrar pela Libertadores no segundo ano seguido. Uma obra do estino. No ano passado, o Peñarol foi para o mata-mata e o Godoy cruz acabou eliminado. Com aquele time, os Carboneros chegarama  final e só pararam no Santos de Neymar e Ganso.

O Godoy Cruz começou o jogo tocando a bola, já que o Peñarol não pressionava a marcação. O Tomba chegava nas bolas paradas com perigo, já o Peñarol no contra-ataque. O Godoy Cruz errava na saída de bola principalmente com o visivelmente nervoso Lértora, que sentiu o peso da Libertadores por ter 20 anos, e o Peñarol soube aproveitar. Aguiar soltou um petardo na trave e duas vezes Maxi Pérez e Zalayeta, respectivamente, saíram na cara de Torrico. Godoy Cruz dominava, mas era o Peñarol tinha as chances mais claras.

Logo aos 6 minutos do segundo tempo, o Godoy Cruz marcou. Uma das poucas jogas pelo flanco esquerdo com Rojas, muito bom jogador. Ariel cruzou, Castillón desviou de cabeça e Villar completou para as redes de primeira. O Godoy Cruz continuou chegando graças a expulsão de Alejandro González, zagueiro do time Aurinegro, mas o Peñarol chegava em contragolpes. Estoyanoff teve a chance, mas errou o passe decisivo para Zalayeta. Ramírez também perdeu um gol incrível para o Godoy Cruz e sofreu um pênalti não marcado aos 44 minutos. O Peñarol ainda tentou ganhar no coração, mas não conseguiu. Essa foi uma legítima partida Libertadores.

Com a vitória, o Godoy Cruz fica em segundo no grupo. Atlético Nacional em primeiro. La U e Peñarol, duas potências sul-americanas fora. Um dos grupos mais fortes dessa Libertadores.

Lanús joga melhor, mas esbarra em um eficiente Flamengo

R10: Bem marcado, Ronaldinho foi peça quase nula no jogo de ontem
Enfrentando um Flamengo que parecia contentar-se com um empate, o Lanús tropeçou em sua estreia na Taça Libertadores. Ainda que o primeiro tempo tenha sido quase todo controlado pelo time da casa, o que faltou mesmo foi maior qualidade no momento da finalização. 

Os primeiros 20 minutos foram animadores para o time grená. O rubro negro carioca, com quatro volantes, não conseguia sair de sua defesa. O Lanús era melhor, e assustava comandado por Diego Valeri, capitão e referência técnica ofensiva. Mariano Pavone fazia um bom papel segurando os zagueiros para os homens que vinham de trás, mas nas chances que teve, foi mal. 

O meia Ronaldinho Gaúcho, astro do Flamengo e grande atração do jogo na Argentina, pouco apareceu na partida. O camisa 10 sobreviveu de lampejos, distribuindo bons passes, mas novamente não decidiu para o time carioca.

Neira fazia uma bela partida. O jogador aproveitou boa trama pelo lado esquerdo e chutou com força exigindo ótima defesa de Felipe, no reflexo. Pouco depois, em uma cobrança em dois lances, o mesmo Neira acertou o travessão do goleiro flamenguista, que permaneceu imóvel no meio do gol.

O Flamengo assustou em uma cobrança de falta de Renato Abreu, que foi sobre o gol de Marchesín. E no último lance do primeiro tempo frustrou os torcedores locais. Após cruzamento de Júnior César, a defesa não cortou e Leonardo Moura apareceu para abrir o placar para o time brasileiro.

No segundo tempo, a escrita se manteve. O Flamengo seguia apenas se defendendo, enquanto o Lanús tinha mais a bola, mas não chegava com tanta qualidade como na primeira etapa. Sem Regueiro, Gabriel Schurrer colocou em campo César Carranza, peça parecida com o uruguaio (inclusive fisicamente), que mudou o jogo. O meia, que entrou aos 28 minutos, empatou a partida um minuto depois.  Braghieri venceu a dividida com Junior César e cruzou para Pavone, que com um leve toque deixou o argentino livre para consumar o empate dos grenás.

Logo na sequência, o mesmo Carranza cruzou para Pavone, que chutou a esquerda de Felipe. O gol pareceu ter acordado o Flamengo, que quase marcou com Bottinelli. Entretanto, o argentino chutou por cima quase na pequena área, perdendo uma chance preciosa para a vitória.

O Lanús perdera o comando da partida nos minutos finais, dando espaço para o time carioca criar chances. Ainda assim, o placar de 1-1 foi mantido. A estreia, que no início parecia ser animadora, deixou uma ponta de frustração no torcedor. O Lanús foi melhor, mas esbarrou na boa estrutura defensiva flamenguista. O time de Joel Santana saiu satisfeito, mas fica a preocupação quanto ao rendimento para os jogos seguintes. 

Lanús 1 x 1 Flamengo: futebol de resultado


Em mais uma amostra do futebol de resultado imperando nos times brasileiros, o time de Joel entrou em campo claramente para conseguir, no máximo, um empate – e não a vitória – enquanto o Lanús sofreu pelo desfalques de peças importantes, além da má participação de outras duas. Ruim para o futebol, ruim para o Lanús e bom para o Flamengo – quanto ao resultado conquistado.
Disposto taticamente no 4-2-3-1, o time treinado por Gabriel Schürrer dominou grande parte das ações ofensivas. Entretanto, ao contrário do que havia sido apresentado anteriormente, osGranates pecaram em vários pontos, principalmente na jogada visando Pavone, onde a arma foi se tornando previsível e aos poucos sendo anulada pela defesa rubro-negra. Muito por conta do “sumiço” de Valeri, que por incrível que pareça fora anulado na maior parte por Aírton, deixando Neira sozinho com a tarefa de organizar as jogadas ofensivas, outro erro – tendo em vista que, nem Pereyra, muito menos Neira, são articuladores.
A estratégia de Joel era simples: se defender como puder, e sair em contra-ataques com os laterais. Previsível – como tem sido nos jogos sob o comando de Joel Santana, assim como na época de Vanderlei Luxemburgo. O “Papai” armou o time no 4-4-2, com quatro volantes, escalados com o único propósito de bloquear os avanços dos laterais e dificultar a criação das jogadas, especialmente na marcação à Valeri. O que de fato conseguiu, entretanto jogou como clube pequenino, sendo covarde.
Mas futebol é futebol. Apesar dos times terem sido previsíveis com a bola rolando, o futebol é imprevisível. No último lance da etapa inicial, aos 45′, Júnior César avançou pela esquerda, colocou a bola na área, passou por Ronaldinho e Deivid, passou também por Goltz, Braghieri e Balbi, sobrando para Leonardo Moura abrir o placar. Gol que premiou o futebol de resultado.
Na volta do intervalo, obviamente que o Flamengo do “Papai” se acovardou ainda mais. E mesmo com a entrada de Romero no lugar de Neira, o Lanús continuou com o domínio, entretanto, ameaçando pouquíssimas vezes. Joel então sacou Aírton para a entrada de Bottinelli, reposicionando o time no 4-3-1-2. O mesmo fez Schürrer, colocando Carranza no lugar de Pereyra. A mudança Granate surtiu efeito instantes depois.
Braghieri ganhou de Júnior César, a bola sobrou para Romero que cruzou, e após confusão na área rubro-negra, Carranza mostrou estrela e completou, com um chute a queima roupa, empatando o jogo. O gol do Lanús saiu aos trancos e barrancos, expondo a falta que fez Valeri, Regueiro, Camoranesi e Pizarro.
Com Luiz Antonio, e a manutenção do 4-3-1-2, o Flamengo até avançou um pouco, trocou alguns passes, deu dois sustos à Marchesín, mas nada de gols. E assim foi o jogo no Ciudad de Lanús, apelidado de “La Fortaleza”. A declaração pós-jogo de Joel resume bem o seu time: “independentemente de estar melhor ou não, estávamos ganhando o jogo. No futebol, vale o resultado. Fomos dominados? Fomos dominados. Mas nossa estratégia era para não deixar eles levarem a gente para dentro da área“. O resultado em si, é bom. Porém, pela apresentação, o jogo não pode ser valorizado para a sequência, tamanha covardia do time rubro-negro.
Assim, Lanús e Flamengo ficam empatados na segunda colocação, em primeiro vem o Emelec-EQU que bateu o Olimpia-PAR por 1-0, na semana passada. A disputa no grupo deverá ser assim mesmo, bem parelha.

Por Arthur Barcelos (http://twitter.com/ArthurBarcelos_). Postado originalmente no A Prancheta (http://a-prancheta.com/ ) 
Ilustração: TaticalPad ( http://taticalpad.com )

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Boca apenas empata com o Zamora na Venezuela

Riquelme sempre bem marcado. (Foto: Olé)

Surpreendido com o estilo do Zamora de praticamente não querer atacar, o Boca encontrou muitas dificuldades ao criar jogadas. Quando Riquelme pegava na bola, 2 jogadores do Zamora por perto. Os outros jogadores, como Erviti e Rivero, que deveriam chamar a responsabilidade, sucumbiram.

Antes da partida, já haviam sinais que não seria o dia do Boca. Clemente Rodríguez se machucou no aquecimento e foi substituído pelo Franco Sosa. Na temperatura, 32Cº. Uma viagem de 12 horas. Essas podem ser as desculpas para a pífia atuação do Boca. A estreia de Silva não foi as melhores, pois não etve o entrosamento necessário com Cvitanich. O Boca chegava somente em bolas paradas. E o Zamora que, se limitava a defender, sentiu o péssimo dia do Boca e aos poucos foi arriscando.

O segundo tempo teve o Boca com posse de bola, mas sem o tesão da vitória. O time, que em momentos poderia dar um chute, tocava muito a bola e deixou o jogo sonolento. Mouche entrou no lugar do Cvitanich, Chávez do Rivero e Ledesma do Erviti. Nada mudou. O único lance para se destacar ocorreu aos 44 minutos. Chávez, não conformado com o placar, partiu para cima de Galezo e cruzou na cabeça de Silva que testou na trave. Placar justo, pois o Boca dependeu de Riquelme.

Na próxima rodada o Zamora irá a Sarandí enfrentar o Arsenal e o boca receberá em La Bombonera o Fluminense, líder do grupo 4 até o momento.

Várias fontes da Argentina afirmam que Riquelme discutiu com Falcioni após o confronto e o DT estaria de saída. Carlos Bianchi é o principal nome.

Com a surpreendente convocação de Lamela, Sabella convoca jogadores para amistoso contra a Suíça


O técnico Alejandro Sabella surpreendeu na lista de convocados para o amistoso contra a seleção da Suíça. O técnico acabou por convocar Erik Lamela, da Roma, que apesar da boa fase no clube italiano, não havia ainda recebido imenso destaque na seleção. Campagnaro, do Napoli, e Daniel Díaz, do Getafe, foram outras surpresas. Outro nome de destaque na lista é a volta de Maxi Rodríguez.

O amistoso contra a Suíça acontecerá no dia 29 desse mês, em Berna.

A lista completa:

Goleiro
Sergio Romero (Sampdoria-ITA)
Laterais
Marcos Rojo (Spartak Moscou-RUS)
Pablo Zabaleta (Manchester City-ING)
Fabián Monzón (Nice-FRA)
Zagueiros
Daniel Díaz (Getafe-ESP)
Hugo Campagnaro (Napoli-ITA)
Federico Fernández (Napoli-ITA)
Ezequiel Garay (Benfica-POR)
Meio-campistas
Javier Mascherano (Barcelona-ESP)
Fernando Gago (Roma-ITA)
Maxi Rodríguez (Liverpool-ING)
Ángel di María (Real Madrid-ESP)
Erik Lamela (Roma-ITA)
José Sosa (Metalist-UCR)
Atacantes
Lionel Messi (Barcelona-ESP)
Rodrigo Palacio (Genoa-ITA)
Sergio Aguero (Manchester City-ING)
Gonzalo Higuaín (Real Madrid-ESP)

O Lanús que enfrentará o Flamengo (15/02/12)

Nessa quarta-feira (15), o Lanús receberá o galático Flamengo em La Fortaleza pela primeira rodada da fase de grupos da Libertadores. Vários blogs e sites falam como o Flamengo jogará. Nós faremos diferente. Faremos uma análise do Lanús.

O Esquema:
O Lanús deverá atuar em um 4-2-2-2 que, em momentos da partida, poderá se torna um 4-2-3-1 com Juan Neira caindo pelo meio ou pelo flanco direito, com Valeri se tornando enganche. Os dois laterais, Gastón Díaz e Balbi, vão muito bem defendendo. Em outras oportunidades, os dois já atuaram como zagueiros. Atacam só quando estão com cobertura. Fritzler é o cão de guarda, mas, se precisar, sabe meter um lançamento. Diego González sentiu contra o San Lorenzo e virou dúvida. No seu lugar, Eduardo Ledesma poderá pintar. Os dois são segundos volantes que saem mais que Fritzler e podem chegar como elemento surpresa.
Desenho tático do Lanús. 4-4-2 que varia para um 4-2-3-1.
Pontos fortes:
No jogo contra o San Lorenzo, 4 gols. 3 deles com cruzamentos. 2 em bolas paradas. Goltz, Braghieri, Balbi e Fritzler são excelentes cabeceadores e a bola parada poderá matar o Flamengo.
Outro ponto são os dois jogadores dos flancos. Valeri tem um passe refinado e começou 2012 com tudo que não mostrou em 2011. Pereyra poderá se aproveitar das subidas de Léo Moura para jogar, com espaços, pelo flanco esquerdo.

Pontos fracos:
É difícil achar um ponto fraco nessa equipe que praticamente começa sua temporada nesse jogo, mas eu acho que é o "buraco" entre os meias e os volantes. Não tenho uma estatística precisa, mas o Lanús sofreu vários gols de fora da área nos campeonatos de 2011 segundos minhas anotações. E não é culpa de Marchesín, um grande goleiro.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Boca estreia no Clausura com vitória sobre o Olimpo

Cvitanich aponta para Riquelme agradecendo o passe (Foto:Olé)

Com atuação de gala de Riquelme, o Boca não deu show, mas venceu o Olimpo por 2 a 0. Os dois atacantes, Mouche e Cvitanich, marcaram os gols da vitória que deixa o Boca invicto há 30 partidas no Campeonato Argentino.

O Olimpo começou atacando o Boca como o seu técnico, o estreante Rivoira, prometeu antes do confronto. Para ele, o time precisa vencer e não empatar para fugir do descenso. O Olimpo atacava pela direita com o Romero que jogou bem e acabou levando a melhor no duelo particular sobre Clemente Rodríguez, lateral que está voltando de lesão.

O problema do Olimpo foi a "Rolledependência". O enganche do Olimpo leva o time nas costas. É a cara do time. Quando vai mal, raras vezes como no jogo de sexta, o time também não tem uma boa exibição. E o Boca, se aproveitando disso, começou a chegar em bolas paradas. No rebote de uma dessas bolas, aos 40 minutos, Riquelme fez jogada individual e deu uma cavadinha para a área. Em posição irregular, Mouche escorou para Cvitanich marcar.

O segundo tempo teve o mesmo enredo do primeira. Olimpo começando melhor a partida e o Boca marcando em jogada de Riquelme. Dessa vez, aos 21 minutos, com um magnífico passe para Mouche que precisou do rebote para balançar as redes. Os Aurinegros de Bahía Blanca sentiram o gol e o Boca praticamente tocou a bola até o apito final.

Agora o Boca se volta para a Libertadores, onde enfrentará o Zamora na Colômbia. O Olimpo recebe o Belgrano e continua na sua luta anti-descenso.

Com Trezeguet estreando, River retoma a ponta da tabela

Ocampos (C) marcou um belo gol, o segundo do River na partida (foto: Olé)
Aproveitando-se do tropeço do Instituto, que não saiu do zero na partida contra o Huracán, o River Plate retomou a liderança da segunda divisão, batendo o Chacarita Juniors pelo placar de 2-0.

O jogo, que marcava a primeira rodada do returno, teve os visitantes enfim atuando de forma consistente, ainda que enfrentando o time mais fraco do torneio até o momento. Nos primeiros 20 minutos, o time da casa até equilibrou as ações, mas o diferencial técnico entre os dois times era evidente. 

Lucas Ocampos foi destaque, além de ter marcado o segundo gol, contribuindo para outros lances perigosos do time de Matias Almeyda. Quando teve liberdade, o meio campo do River deixou Cavenaghi em boas condições de marcar, mas o artilheiro chutou sobre o gol. 

Aos 39, um gol confuso, mas que serviu para colocar justiça no marcador. Depois de um cruzamento de Chori Dominguez, o cabeceio de Sebastián Pena bateu em Damián Toledo, e entrou mansamente no gol do Chacarita. 

Ainda no primeiro tempo, Ocampos coroou sua bela atuação com um golaço. O garoto roubou a bola na esquerda, e do bico da grande área acertou o ângulo do goleiro Nicolás Tauber, dando mais tranquilidade ao time Millionario.

O segundo tempo não mudou, e o River Plate "administrava" a partida, já que o Chacarita já não conseguia sair para o ataque. As aspas são em decorrência do futebol não ter sido vistoso, como a maioria dos jogos do River até então. 

Por volta de 30 minutos, Matías Almeyda decidiu colocar em campo mais um dos reforços de peso do time para a disputa da segundona: o atacante francês David Trezeguet, que apesar de já ter marcado até gol, não havia estreado em uma partida oficial.

Entretanto, aos 40 minutos do segundo tempo um princípio de confusão. Alejandro Dominguez tentou encobrir o goleiro adversário do meio campo, mas seu chute foi torto, a esquerda do gol. Cavenaghi não gostou da atitude do companheiro e os dois principais jogadores do River Plate discutiram por alguns instantes, quase chegando as vias de fato.

Ainda que o clima esteja mais apaziguado entre os dois (com intervenção do técnico Almeyda), Chori não fala mais com a imprensa, a não ser nas entrevistas coletivas.

Retornando ao futebol, o resultado colocou o River Plate na liderança da Segundona, com os mesmos 37 pontos de Instituto e Rosario Central. Por outro lado, o Chacarita Juniors é lanterna, com apenas 14 pontos ganhos.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Fabbiani marca golaço na B Nacional

Ex-jogador do River, Fabbiani raramente está em forma... (Foto:Olé)

Na noite de estreia do Clausura 2012, quem chamou a atenção foi o mais que conhecido Fabbiani. Nada de Riquelme, Erviti, Cvitanich, Valeri, Pavone ou Carlos Bueno. Intervalo em Mendoza de um jogo disputado. Almirante Brown lutava como lutou na última rodada ante o River. O Independiente Rivadavia tentava fazer valer o fator casa.

O segundo tempo começou e... gol. Aos 7 segundos, El Ogro Fabbiani marcou. Como? Do meio de campo. O gol que Pelé não fez. No final do jogo, Recalde fez 3 a 1 e fechou o caixão do Almirante Brown.

Veja o gol que tomou conta dos noticiários argentinos:



quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Vélez volta do Uruguai com vitória elástica

David Ramírez abriu o placar para o Fortín (Foto: Olé)
O Vélez volta para a Argentina com uma grande estreia. Não foi uma exibição de gala, mas a equipe foi contundente. Das chances claras que teve, marcou gols. Além de impor o seu estilo de jogo e dominar a cancha adversária.

O jogo começou com o Vélez tentando penetrar na defesa do Defensor que se postava muito bem. La Violeta  era somente coração no ataque. O Vélez mantinha a posse de bola e espera o Defensor errar. Foi o que ocorreu. Irrazabal pegou com a mão um recuo de bola e, após a cobrança, a bola sobrou para El Mago Ramírez abrir o placar aos 42 minutos do primeiro tempo com um belo chute com a perna canhota.

Nos primeiros minutos do segundo tempo só vimos a volta do Defensor. O Fortinero estava apático e Barovero se mostrou seguro no gol. Após o time acordar, Gareca soube explorar os espaços deixados pelo Defensor e colocou Federico Insúa no jogo. O time charrúa perdeu o ímpeto ofensivo e o Vélez deixava o tempo passar. No final do jogo, o Fortín ainda fez saldo. Aos 39 minutos, Ortiz desviou escanteio e Obolo marcou na sua reestreia pelo time de Liniers. Ainda tivemos tempo para algo incrível. Aos 41 minutos, falta perto da área e Sebá Domínguez pediu a bola. Com estilo de Riquelme, colocou a bola no ângulo de Irrazabal e matou o jogo. Sim, o Sebá ex-Corinthians.

Com o empate entre Chivas e Deportivo Quito, o Vélez é líder isolado do Grupo 7 da Libertadores. É desta forma que se vence uma Libertadores. Não precisa dar show. Somente jogar simples e aproveitar as oportunidades. Na próxima rodada, o Vélez recebe o Chivas-MEX.

Veja os gols da partida:



quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Arsenal luta, joga bem, mas perde para o Fluminense


A estreia do Arsenal de Sarandí na fase de grupos da Libertadores não foi ruim. A equipe tentou, lutou, dominou, sufocou o Fluminense, mas, um gol de Fred logo no início da partida acabou por cortar as chances de um resultado melhor e o clube argentino acabou por começar com uma derrota de 1 a 0, fora de casa.

Com uma formação que aparentava certo pragmatismo, o Arsenal não jogou fechado como se esperava. Logo aos dois minutos de jogo, a defesa bobeou e deu condições para que Fred pudesse marcar, mas, logo após gol, o time visitante assumiu o controle da partida e, muito bem organizado taticamente, conseguiu controlar melhor a posse de bola, além de se aproveitar das bobeiras colecionadas pelo Flu. Porém, não tivemos um alto número de chances criadas e o time argentino  acabou por não chegar ao gol de empate.

No segundo tempo, o domínio Viaducto cresceu ainda mais e conseguindo sair bem para o jogo com a velocidade de Zelaya e Leguizamón, além da qualidade de Carbonero, a equipe criou um número maior de chances e dominou plenamente a partida. Totalmente perdido em campo, o Flu viu o meia Wagner e o zagueiro Leandro Euzébio acabarem expulsos, assim como Aguirre do Arsenal. Mesmo sufocando os brasileiros nos minutos finais, a equipe argentina acabou por realmente, ficar com a derrota.

Agora, na próxima rodada do grupo, o Arsenal recebe o Zamora, enquanto isso, o Flu irá visitar o Boca em La Bombonera.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Prévia: Defensor - Vélez e Fluminense - Arsenal

Nessa terça-feira (07) começa a tão esperada fase de grupos da Copa Libertadores da América. Logo no primeiro dia, dois jogos. Os dois com times argentinos que jogarão fora de casa. Em situações diferentes, já que o Vélez vem de uma boa temporada, diferentemente do Arsenal que só está na Libertadores pelo ridículo regulamento da AFA de classificar o melhor argentino na Sul-Americana.

Defensor Sporting - Vélez (19:45)
Obolo terá de substituir Santiago Silva e Guille Franco (Foto: Olé)
O Vélez chega com exatamente o mesmo time do final do ano passado e o Óbolo que foi contratado do Arsenal, já que Guille Franco não vingou. Nessa terça, anunciaram Lucas Pratto que não poderá jogar esse jogo, mas estará disponível somente em jogos da Libertadores. Gareca já tem o time em mente e o entrosamento não deve ser desculpa para um suposto fracasso. El Tigre Gareca disse: "É complicada como toda equipe uruguaia".

O Defensor Sporting chega com muito respeito ao Vélez. Gustavo Díaz, técnico da equipe, disse que o Vélez é uma potência sul-americana e que vários jovens tem grande futuro. A equipe Violeta conta com as voltas de Ramón Arias e Diego Rodríguez.

Vélez: Barovero; Cubero, Sebá, Ortiz e Papa; Canteros, Zapata, Augusto Fernández e David Ramírez; Juan Manuel Martínez e Óbolo.

Defensor Sporting: Irrazábal; Arias, Herrera, Moiraghi e Rodríguez; Amado, Rolan, Toro Rodríguez e Pintos; Risso e Olivera.


Fluminense - Arsenal (21:45)
Fluminense treinando bolas paradas (Foto: GloboEsporte.com)
O Fluminense chega nessa Libertadores como um dos favoritos, pois manteve o time que fez boa campanha no ano passado e ainda contratou Wágner e Thiago Neves, dois grandes meias. Abel passou a semana treinando bolas paradas, especialidade do Arsenal. Deco é dúvida, pois está com virose. Thiago Neves não está 100%, mas pode começar o jogo segundo "Abelão".

O Arsenal vai em busca de um empate. Gustavo Alfaro jogará no erro do Fluminense e nas bolas paradas. Carbonero é um ótimo velocista para puxar contragolpes e Caffa tem um excelente passe. Córdoba foi contratado para o posto de camisa "9" da equipe e foi bem nos amistosos e diante o Sport Huancayo. A defesa tem Lisandro López e Guillermo Burdisso, irmão do Nicolás Burdisso, que é bem segura, além de ser artilheira.

Fluminense: Diego Cavalieri; Bruno, Leandro Euzébio, Anderson e Carlinhos; Edinho, Diguinho, Wagner e Deco (Thiago Neves); Rafael Sóbis e Fred.

Arsenal: Campestrini; Adrián González (Nervo), Lisandro López, Guillermo Burdisso e Pérez; Aguirre, Marcone, Carbonero e Caffa (Esmerado); Zelaya e Córdoba.


Cavenaghi novamente deixa sua marca, mas River fica no empate

Cavenaghi marcou logo aos 13 minutos, chegando a 14 gols no campeonato
Em um dia onde pareceu dar tudo errado, o River Plate esbarrou no bom jogo do Almirante Brown, e segurou  a duras penas o empate por 1-1. No começo da partida, os visitantes até começaram melhor, especialmente no setor ofensivo, onde mais uma vez Cavenaghi e Dominguez faziam uma partida eficiente.

Não demorou muito para que a qualidade do ataque do River fizesse a diferença. Logo aos 13 minutos, Chori Dominguez deu um belo passe para o ex-atacante de Bordeaux e Internacional, que com imensa categoria encobriu o goleiro Monasterio.

A partir de então, o time da casa passou a comandar a partida, ainda que parasse no bom trabalho defensivo do River, que teve em Maidana uma peça chave (mais uma vez). O problema para os Millonarios era a saída de bola, já que dificilmente conseguia sair jogando com bola dominada. Consequentemente, o Almirante Brown era mais incisivo.

De tanto pressionar, o empate veio dez minutos mais tarde. Com 23 minutos de jogo, Garcia cobrou falta forte e na direção do goleiro Vega, que espalmou para dentro da área. Depois de uma enorme confusão na pequena área, o atacante Daniel Vega empurrou para as redes, igualando o marcador.

Os mandantes seguiam controlando as ações, especialmente com Cisterna e Olmedo, que além de ajudar na recomposição no setor defensivo, apareciam a frente para ajudar Vega. O time de Almeyda foi pressionado durante 15 minutos de forma avassaladora pelo Almirante, que criava chances, mas esbarrava no péssimo aproveitamento.

No intervalo, a notícia que se tornou pesadelo. Chori Dominguez, boa peça no jogo, e essencial no esquema ofensivo do time, tivera de ser substituído, dando lugar a Andrés Rios. Como era esperado, o time sentiu a ausência de Alejandro. Cavenaghi passou boa parte do segundo tempo sem receber bolas em condições de marcar, muito pela falta de aproximação.

Vendo isso, Matias Almeyda tratou logo de colocar o time mais a frente, pensando assim acabar com o espaço entre meio campo e ataque. Nada feito. Ainda que com quatro atacantes, o River Plate seguia sem criar chances, e dependia do individualismo de alguns jogadores. Funes Mori perdeu uma boa chance de recolocar o time a frente, chutando para fora.

O Almirante agora encontrou um River mais ajustado defensivamente, e teve mais dificuldades de ameaçar o gol de Vega. Por outro lado, ficava mais com a bola, sem contar de que foi pouco ameaçado. O empate acabou de certa forma injusto, visto o produzido pelo time da casa.

O empate deixou o River Plate em segundo lugar, atrás do Instituto. Entretanto, o gol de Cavenaghi o colocou no topo da artilharia, com 14 tentos. O Almirante Brown ocupa o sétimo lugar na tabela da segundona.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Nos pênaltis, Boca avança na Copa Argentina

Orión: "Se perdêssemos, seria uma grande vergonha para nós"

Com as voltas de Riquelme, Clemente Rodríguez e Rivero, o Boca foi completo para Tandil esperando encontrar um Santamarina que iria se defender. O que não ocorreu. Os Aurinegros tentaram cometer o crime, já que o Torneio que disputado no chamado "mata". Só uma partida para definir o classificado. Logo, foi necessário os penais para a equipe Azul y Oro passar para as 16avos de final.

O primeiro tempo foi marcado pelo controle total do Santamarina. A equipe pressionava a saída do Boca e, como se não bastasse, colocava Leonardo Acosta colado em Riquelme. Orión ganhava o duelo particular com  Martín Michel com ótimas defesas e Schiavi chegou a salvar uma bola a centímetros da linha. E, aos 45 minutos, um cruzamento de Cristian Zárate na cabeça de Michel, nas costa de Schiavi, fez o time do Argentino A abrir o placar.

O segundo tempo teve outro dono após o Intervalo que deve ter sido de vários esporros de Falcioni. O Boca utilizou do mesmo que o Santamarina e pressionou a sua saída. Riquelme entrou no jogo. O Boca criou várias chances. Aos 18 minutos, em uma falta frontal, Riquelme deu uma cavadinha e Roncaglia desviou para as redes. A pressão permaneceu, mas o jogo teve de ser definido nas penalidades máximas.

No Boca: Riquelme, Chávez, Ledesma e Schiavi converteram. Somoza errou.
No Santamarina: Zárate, González e Socaño converteram. Acosta parou em Orión e Gaspari na trave.

O Boca agora enfrenta o Central de Córdoba na fase 16avos de final. O vencedor da Copa Argentina ganha uma vaga na Sul-Americana.



quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Arsenal encontra dificuldades, mas garante empate e está na fase de grupos da Libertadores


Após uma contundente vitória na partida de ida por 3 a 0, só um milagre faria com que o Arsenal de Sarandí fosse eliminado logo na Pré-Libertadores pelo Sport Huancayo, equipe do Peru. Em um jogo realizado a 3.200 metros de altitude, o time argentinou encontrou dificuldades, levou sufoco, mas, por fim, conseguiu assegurar um empate de 1 a 1, garantindo assim vaga na fase de grupos da Libertadores.

A partida começou com o clube de Sarandí criando boas chances provenientes da bola parada, porém, logo o time peruano começou a se encontrar no jogo. Tendo mais posse de bola, o Huancayo se soltou mais e conseguiu criar boas chances e passar a ditar o ritmo da partida. Com os jogadores do Arsenal já demonstrando cansaço por causa da altitude, os peruanos aproveitaram para crescer ainda mais na partida e, no fim do primeiro tempo, Checo Ibarra se aproveitou de cruzamento vindo da direita e de um escorregão de Lisandro López para assim colocar pra dentro, colocando os donos da casa em vantagem.

No segundo tempo, o Huancayo sentiu a necessidade de partir pra cima, já que necessitava de mais dois gols para levar o jogo para os pênaltis e garantir a vaga na fase de grupos. Com isso, a equipe resolveu por partir para a pressão, acabando por deixar espaços na defesa. Com a entrada do atacante Leguizámon, o Arsenal melhorou e entrou novamente no jogo, voltando a criar chances claras, os argentinos colocaram um fogo maior, que via os donos da casa não conseguirem colocar pra dentro, até que nos minutos finais da partida, Leguizámon coroou sua boa atuação com um belo gol de cabeça após reposição do goleiro Campestrini, definindo assim o empate na partida e a classificação dos argentinos.

Agora, o Arsenal entrará no Grupo 4 da Libertadores, que conta com o brasileiro Fluminense, o Boca Juniors e o Zamora da Venezuela.