sábado, 29 de setembro de 2012

Racing goleia o San Lorenzo e aumenta a crise no Ciclón



Apesar do placar elástico, a partida foi
bastante disputada, com lances muito ríspidos. Foto: Olé
Com o Cilindro lotado, o Racing aproveitou melhor suas chances e não teve dificuldades diante de um San Lorenzo desorganizado e nervoso. Saja, de pênalti, abriu o placar para La Academia, Gentiletti fez contra, Cámpora ampliou e Prósperi, contra, fechou a goleada.

O Racing começou bastante ofensivo, atacando e deixando poucos espaços para o adversário. Aos 6 minutos, Pelletieri levou perigo, com um cabeceio defendido por Migliore. A pressão de La Academia continuava intensa e o San Lorezo chegou à área adversária apenas aos 13 minutos, com Stracqualursi perdendo a melhor oportunidade de gol da partida até então.

A grande chance do primeiro tempo aconteceu aos 16 minutos. Villar fez boa jogada pelo lado direito e a bola acabou parando na mão de Prósperi. O pênalti foi assinalado. Saja atravessou o campo e apresentou-se para a cobrança. E ele não desperdiçou. O goleiro do Racing chutou no canto oposto ao que foi Migliore. Era o 1 a 0.

Saja marcou o primeiro gol. Foto: Olé
Após o gol, o Racing perdia terreno e deixava a adversário crescer. Entretanto, mesmo com maior volume de jogo, o San Lorenzo tinha dificuldades para criar chances. A melhor delas veio com Piatti, em chute de média distância. Já La Academia teve grande chance, com Centurión, aos 43, mas o camisa 18 chutou em cima do goleiro.

O segundo tempo começou com um Racing um pouco mais agressivo. Logo aos quatro minutos, Vietto cruza na área, Gentiletti tenta cortar, mas acaba desviando contra a própria meta, enganando o goleiro Migliore. Estava anotado o segundo tento da equipe da casa.

Com o passar do tempo, El Ciclón crescia, porém a superioridade no volume de jogo não se convertia em perigo ao gol adversário. Quem criava perigo e conseguia chegar ao gol era o Racing. Após boa jogada pela direita, a bola é cruzada, a zaga do San Lorenzo falha e Cámpora aparece sozinho para fazer o terceiro gol.
Cámpora mostrou novamente que tem estrela

O terceiro gol deixou a equipe de Almagro nervosa. Gentiletti fez falta dura em Vietto e foi expulso. Dois minutos depois foi a vez de Mansuero ver o cartão vermelho e sair do gramado. O Racing ainda teve boas chances de ampliar e marcou o quarto gol.

Com a derrota, o San Lorenzo vê o risco de rebaixamento crescer e já começa a fazer contas para escapar do descenso. Já o Racing encosta nos líderes e sonha com o título. As duas equipe voltam a campo sábado, 06, El Ciclón pega o Arsenal, em Almagro, enquanto La Academia vai a Santa Fé enfrentar o Colón.

domingo, 23 de setembro de 2012

River perde em casa para o Racing, e Almeyda deve cair

"¡Volve Ramón!", é o que imploram os hinchas do River Plate. (foto: DYN)
Complicaram de vez as coisas em Nuñez. O River Plate foi derrotado nesta tarde de domingo para o Racing Club, por 0-1, cai para a zona do descenso e pode ficar sem técnico - quando o leitor do Albiceleste Brasil ler este texto, possivelmente Matías Almeyda não seja mais o técnico Millonario. Em outra atuação insuficiente, o River ficou devendo futebol, decepcionou seus hinchas que, irados, não tiveram pudor em voltar a pedir a volta de Ramón Díaz. Por sua vez, o Racing e, sobretudo, Zubeldía respiram, ficando menos pressionados após a vitória em um clássico, sempre muito importante.

Voltando a apostar nas 2 linhas de 4, Almeyda mandou a campo um time levemente modificado em relação ao jogo contra o Vélez, com Martínez na lateral-esquerda e Maidana, improvisado na direita. Não durou muito, pois logo aos 5' Maidana se chocou com Sand e levou a pior. Tentou voltar, não conseguiu (e não voltará até 2013), e acabou sendo substituído por Affranchino - com esta troca, Almeyda passou o ex-San Martín/SJ para o meio-campo e o uruguaio Carlos Sánchez passou a ser o lateral-direito (!). O desajuste tático atrapalhava, e a retranca da Academia não facilitava a vida do River. Jogando com 5 defensores, um deles sendo Diego Villar, improvisado na lateral-esquerda, Zubeldía armou uma parede a frente do gol defendido por Saja.

Funes Mori briga com a bola e contra Cahais. (foto: Ole Diario Deportivo)
Os primeiros 25' do jogo foram de chorar, dormir, ler, navegar na internet, fazer qualquer outra coisa que não acompanhar o jogo, pois simplesmente não valia a pena. Uma ofensa ao futebol bem jogado. Zuculini e Ponzio foram os primeiros a tentar alguma coisa, sempre chutando de longa distância. O jovem Vietto também teve sua oportunidade, e mandou sobre o gol de Barovero. Depois dos 30', o River Plate passou a apostar nas jogadas pelas laterais, que quase sempre terminavam em cruzamentos infrutíferos. Trezeguet conseguiu aproveitar um e cabecear raspando o poste de Saja, e só. Outro momento importante antes do intervalo foi um chute de Aguirre, que espirrou na zaga e foi a escanteio. O Racing praticamente não passou da meia-cancha nos 45' iniciais.

E a etapa complementar parecia que teria a mesma tônica. Nos minutos iniciais, Villar, claramente incomodado com a improvisação, falhou, e Affranchino roubou para cruzar na cabeça de Funes Mori que, muito mal posicionado, cabeceou à esquerda do gol. Antes dos 15', Almeyda mexeu 2 vezes: trocou Sánchez por Rodrigo Mora, de forma inexplicável, aliás, e Aguirre, que saiu muito vaiado, por Lanzini. Affranchino, um dos mais ativos do time da casa, cruzou para boa chegada de Trezeguet, que mandou de prima, muito perto do gol de Saja. O River Plate seguia pressionando, tendo um volume de jogo até que razoável, até que, em um contra-ataque, Camoranesi achou Vietto que exigiu ótima defesa de Barovero. Após 2 escanteios na sequência, Matías Cahais surgiu livre para fuzilar Barovero: Racing 1 a 0.

Almeyda pode ter feito o seu último jogo no comando técnico Millonario. (foto: DYN)
 A torcida do River perdeu a paciência e o time foi junto, começou a demonstrar ainda mais nervosismo, e as jogadas não saíam. Ortíz, Migliónico e Cahais sairam de campo consagrados pelo péssimo jogo aéreo dos mandantes. O Racing ficou muito mais tranquilo após o gol, e passou a jogar um pouco mais com a bola nos pés, no campo de ataque. Saja ainda faria uma defesa espetacular em cabeçada de Mora, mas o River só chegava na base do abafa, sem ter nenhuma jogada trabalhada, nada, tudo fruto da inconsistência tática que Matías Almeyda deu ao time. O que, diga-se de passagem, é herança da Primera B Nacional, de onde o River só saiu graças ao talento de Cavenaghi e Chorí Domínguez. Se dependesse de Almeyda, hoje o River estaria recebendo o Douglas Haig, não o Racing de Avellaneda.

Importante sempre é ressaltar a situação dramática na qual o River Plate se meteu. A torcida quer ver Almeyda pelas costas, e se Passarella puder ir junto, seria um adicional que os hinchas não fariam mal grado. O Millonario é o 13º colocado no Torneo Inicial, com 9 pontos em 8 jogos, mas o seu promedio é de 1,125, melhor apenas que o do Independiente. Sim, se o Campeonato Argentino terminasse hoje, o River Plate voltaria para a Primera B Nacional e levaria consigo o Independiente, maior vencedor da Libertadores da América. Sem contar que o San Lorenzo também está por ali (promedio 1,19). O Racing está mais tranquilo, na 5ª colocação, com 14 pontos. No próximo final de semana, a Academia recebe o San Lorenzo, e o River Plate visitará o Arsenal, de Sarandí.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Argentina perde para o Brasil no Superclássico das Américas com gol aos 47 minutos do 2º tempo


Cheia de defensores e enfrentando uma geração de ouro do Brasil. A torcida da Albiceleste não esperava uma atuação ofensiva. Sabella, em suas declarações, deixou nas entrelinhas que o principal objetivo do Superclássico das Américas não é o título. É o teste de jogadores como Desábato, Clemente, Peruzzi, Braña, Guiñazu e Barcos para a seleção principal. Já Mano Menezes, pressionado no comando da seleção canarinho, quer o título para dar uma respirada e diminuir a desconfiança da torcida. O favoritismo era todo da Seleção brasileira. Neymar é o principal jogador da seleção principal, Lucas, Damião e Paulinho brigam por posição. Na seleção argentina, somente reservas da seleção principal, toda ela na Europa.

Martínez abre o placar. (Foto:: Olé)
O Brasil começou o jogo com posse de bola gigantesca. A Argentina povoava a entrada da área com seus 3 zagueiros e 2 volantes, logo o Brasil tinha espaço para fazer a pelotas girar logo a frente do meio-campo. Poucos tentaram sair da mesmice e tentar algo novo. Neymar era o único. Isolado na esquerda, tinha Peruzzi na sua marcação individual. Os dois garotos de 20 anos se encontraram nas quartas de final da Libertadores 2012, quando Gino anulou, nas duas partidas, o ótimo jogador do Santos. E foi em uma escapada de Peruzzi e Braña pela direita que surgiu o gol da Argentina aos 19 minutos. Martínez a levou para a esquerda e abriu para Clemente. O lateral cruzou para Burrito dominar e bater. 1 a 0. Uma chegada da Argentina ao ataque, 13 toques e um gol. 5 minutos depois, aos 24 minutos, após falta duvidosa de Clemente sobre Lucas, o empate. Neymar bateu falta e Paulinho, em impedimento, desviou de cabeça no canto de Ustari. O jogo voltou a ser o mesmo de antes dos gols. Brasil tocando a bola e a Argentina cortando. Faltou qualidade de passe para a Albiceleste na saída de bola. Clemente Rodríguez, Desábato e Sebá, principalmente, abusaram de pelotazos. Braña e Guiñazú, surpreendentemente, tentaram diminuir a velocidade do jogo e cadenciar mais a bola. Maxi Rodríguez ficou muito preso pela direita na linha de 3 volantes. Sabella poderia ter liberado-o para ajudar Martínez na criação de jogadas.
Neymar marcou, de pênalti, aos 47`do 2 tempo (Foto: Olé)

O segundo tempo foi ridículo. Fraco demais. A Argentina não tinha mais contra-ataque. Maxi, perigando ficar no banco do Newell´s pela boa atuação de seus companheiros, era a única esperança de armação. Martínez cansou e ficou isolado lá na frente com Barcos todo o 2º tempo. Além disso, Sabella fez 2 mudanças cômicas. Licha López saiu lesionado para dar lugar ao bom Vergini. Até aí, tudo bem. Barcos não teve uma bola redonda o jogo todo e até ajudava na armação. Sabella preferiu colocar o caneleiro (não encontrei outra palavra mais fina) Rogelio Funes Mori. Aos 42 minutos do 2º tempo, com o empate já encaminhado, tirou Juan Manuel Martínez, o melhor jogador da Argentina no encontro, para colocar Somoza. Se fosse aquele do ano passado, tudo bem. Mas Somoza está tão mal no Boca que a torcida chega a pedir Erbes. Aos 46 minutos, um prêmio para a mediocridade de Alejandro Sabella. Até Carlos Amarilla ficou irritado e marcou um pênalti, muito contestado aliás, de Desábato, um dos responsáveis pela péssima campanha do Estudiantes, em Damião. Um Leandro tocou no outro que desabou. Após a queda, a bola pegou na mão do zagueiro do Estudiantes (a regra fala de intenção e não houve). Neymar bateu pênalti e decretou a vitória do Brasil.

O Brasil segue com ótima campanha no Serra Dourada (11 vitórias em 13 jogos), mas a pressão sobre Mano aumentou após saída de Lucas. A Argentina fez boa partida dentro da proposta de Sabella que errou em alguns nomes e na falta da mínima ousadia. Dia 03 de Outubro, em Resistência, teremos a volta. E Sabella terá de se soltar. Nomes de jovens como Mugni, Sánchez Miño e Centurión tem que ser mais aproveitados.
   

Acorda, Sabella!

Sabella está treinando a Albiceleste para o Superclássico das Américas em um 5-4-1. 2 laterais, 3 zagueiros, 2 volantes, 2 meias abertos e 1 solitário atacante. O resultado foi o aumento no número de "cornetas" na Argentina (como se já fosse pequeno). Para não perder o hábito, os redatores do Blog decidiram virar "Sabella por um dia" e armar uma equipe para enfrentar o Brasil. O resultado está logo abaixo:

DT: Leonardo Bandeira                                                            DT: Jhon Tedeschi




DT: Carlos Alberto                                                                   DT: Felipe Milanezi


DT: Felipe Ferreira

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Boca vence Independiente com grande atuação de Sánchez Miño e segue na liderança

Continua na ponta, Sánchez Miño. (Foto: Olé)

Os dois últimos jogos de Boca e Independiente na Bombonera tiveram ao menos 6 gols. O histórico Boca 4 X 5 Independiente do ano passado e o 3 a 3 há um mês na Sul-Americana. A rivalidade, que já era grande, aumentou nas últimas temporadas. Após péssimo início de temporada de Chávez, o até então substituto de Riquelme, Falcioni decidiu passar ao 4-4-2 em linha. Com essa formação, conquistou o Apertura 2009 com o Banfield. O Independiente ainda não se acertou com Tolo Gallego e segue com o pior promédio e, obviamente, na zona de descenso direto. Quando chegou, falou em título. Porém, depois do primeiro treino, deve ter mudado o discurso.

O Boca começou melhor jogando bem com os dois wingers, Sánchez Miño pela esquerda e Rivero pela direita. Chances eram criadas através de jogadas de profundidade. Mas o primeiro defeito do nosso esquema do Boca foi bem percebido por Tolo Gallego e sua equipe. Rivero apoiava demais e Somoza não fazia a cobertura. Albín ficava sozinho na marcação de Leguizamón, atacante de movimentação, Ferreyra, 3º  homem de meio do Rojo, e Morel Rodríguez, lateral que apoiou demais o jogo todo. Por ali Morel fez cruzamento que atravessou a área e Farías, nas costas de Clemente Rodríguez, tirou demais do goleiro. Alguns lances depois, Ferreyra "janelou" Albiín, fintou Schiavi e chutou cruzado. A bola bateu em Caruzzo e entrou. 4 minutos depois, o garoto que está ganhando espaço merecidamente no time e fez Falcioni mudar de esquema, apareceu. Sánchez Miño fez jogada pela esquerda e cruzou para El Tanque Silva testar e marcar, empatando o jogo.

Após o Intervalo, Miño continuou o mesmo. No primeiro minuto do 2º tempo, Fredes ainda está pensando o jogo. El zurdo roubou a bola no meio-campo e encontrou uma defesa desprevenida. Deu um corte no Tula e bate na entrada da área. Golaço da nossa geração do Boca que pede passagem. O Independiente sentiu o gol. Prova disso é a bola na trave de Rivero logo após o tento da virada. No Boca, Clemente saiu para a entrada de Colazo e o teste do (por que não?) novo lateral-esquerdo Sánchez Miño. Rodríguez faz péssimas atuações há algum tempo e ainda saiu irritado com Falcioni nessa partida. O Boca conseguiu o que Falcioni tanto comentava em suas entrevistas e faltava ao seu time: saber controlar o jogo. 2 a 1 a favor e o Boca não devolvia a bola de graça. Tocava, deixa o tempo correr e, quando a perdia, sabia recompor e armar contra-ataques perigosos. Ao Independiente faltou criação. Osmar Ferreyra foi muito bem pela esquerda, mas só. Rosales não teve uma boa atuação ainda com a camisa do Independiente. Poucas bolas "redondas" chegam ao Tecla Farías e Fredes não é o mesmo da Sul-Americana 2010.

Na próxima rodada, o Boca vai até o sul enfrentar o Lanús dirigido pelo ídolo Xeneize, Guillermo Barros Schelotto. Já o Independiente recebe o All Boys, muito irregular neste campeonato e (podemos considerar) adversário direto na luta contra o descenso.

O combativo Newell's de Martino e o combalido San Lorenzo de Caruso


Por: Felipe Ferreira (@felipepf13)


A sombra do rebaixamento começou a rondar o Newell's Old Boys que tem pleno conhecimento de que qualquer deslize tende a trazer chances grandes do time ir disputar a B Nacional, contudo, após desempeno apático nas últimas temporadas, o ano de 2012 trouxe mudanças a equipe e, hoje, apesar dos jogadores admitirem que o maior objetivo da temporada é livrar-se do descenso, pode-se dizer que o Newell's é um dos poucos times capazes de fazer frente ao Boca Juniors, muito em função do seu eficiente jeito de jogar que contribui extremamente para que seja a única equipe invicta até aqui.

No último domingo (16), os Leprosos receberam o San Lorenzo e deram uma prova clara do seu estilo de jogo pouco vistoso só que extremamente eficaz. No fim, uma sofrida vitória por 1 a 0 com um gol de pênalti nos minutos finais marcado por Nacho Scocco, artilheiro do campeonato.

O jogo inteiro, praticamente, teve o mesmo panorama. O Newell's insistia, buscava jogo, tentava pressionar, todavia, parava diante de uma atuação muito boa da defesa do San Lorenzo e, sobretudo, do goleiro Migliore. Enquanto a defesa ia bem e se segurava como podia, o ataque do Ciclón se revelava, mais uma vez, completamente indolente, totalmente sem ousadia, tanto que as únicas boas investidas ofensivas foram os avanços de Stracqualursi, que não deram em nada, e uma cabeçada de Masuero que acertou a trave, levando mais uma vez a torcida a reclamar da apatia do time comandado por Caruso Lombardi, que vem atuando com vários desfalques por motivo de lesão.

Embora o jogo não tenha sido de grande qualidade, foi possível tirar algumas boas conclusões quanto ao futuro de ambas as equipes para o decorrer do campeonato.

O Newell's vem jogando de maneira cada vez mais acertada. Com uma defesa duríssima, um meio-campo sólido e combativo e um ataque com Scocco vivendo uma fase mais do que brilhante (5 gols no campeonato), o time de Gerardo Martino tem tudo pra ir longe no campeonato, ainda mais porque vem conseguindo manter uma sequência excelente, sendo um time muito difícil de se bater, por isso, é mais do que provável que o fantasma do rebaixamento seja chutado para longe.

Enquanto isso, o San Lorenzo se vê cada vez pior. Com o departamento médico abarrotado, a coisa fica ainda mais difícil. A equipe reconhece que precisa jogar com mais gana, vontade de vencer, é algo essencial para que o desespero na luta contra o rebaixamento não aumente, só que ninguém busca isso. Mais uma vez, o Ciclón mostrou-se jogando totalmente preso, não procurando o jogo, carecendo de vontade e isso não deve acontecer de forma alguma. Isso apenas contribui para que o ambiente interno venha a se conturbar ainda mais e o pesadelo do rebaixamento pode virar realidade.

Na próxima rodada, ambas as equipes tem extrema necessidade de vencer. O Newell's visitará o Colón, que está na briga para entrar no topo da tabela, enquanto isso o San Lorenzo recebe o Vélez, 3° colocando, precisando de uma vitória para pegar confiança e, quem sabe, embalar no campeonato.

domingo, 16 de setembro de 2012

River cai para o Vélez e mantém sua rotina instável no Torneo Inicial


Pratto comemora o gol que abriu o marcador para o Vélez contra o River. (foto: Ole Diario Deportivo)

O River Plate deu, nesta noite de domingo, mais uma demonstração de que não tem uma equipe pronta para jogar a Primera División em alto nível, como se imaginava antes do início da temporada. A derrota para o Vélez Sarsfield foi sintomática, em um jogo onde o Millonario até que começou bem, mas foi engolido por suas falhas no sistema defensivo e por um Fortín muito bem ajustado, fruto do trabalho feito por Ricardo Gareca. Mal escalado e mal distribuído na cancha, o River não foi capaz de fazer valer o peso de sua camiseta, inclusive irritando seus hinchas que foram ao José Amalfitani e que na 2ª etapa tentaram (sem sucesso) uma invasão de campo. Atitude absolutamente lamentável, que acaba manchando a imagem das torcidas no futebol argentino – em que pese o reconhecimento internacional pelas belíssimas festas protagonizadas.

Trezeguet foi outro que pouco fez. Na foto,
o francês encara a marcação de Papa, outro que não
terminou a partida. (foto: Ole Diario Deportivo)
Bom, ao jogo. Os primeiros minutos foram muito movimentados, e antes dos 5’ o Vélez já havia criado 3 chances claras de gol, todas com o centroavante Lucas Pratto. A primeira delas foi cabeceando à direita, após bom cruzamento da direita, com Barovero já batido no lance. Posteriormente, El Tanque teria duas oportunidades no mesmo ataque, mandando um balaço no travessão, e na sequência chutando para boa defesa do goleiro Millonario. Afora as qualidades do Vélez, o River apresentava dois buracos preocupantes: no lado direito da defesa, onde Abecasis e Maidana perdiam todos os lances, e no meio-campo, sem ligação alguma com o trio de atacantes. Sánchez ficou sobrecarregado na incumbência de abastecer Funes Mori, Trezeguet e Rodrigo Mora. Lanzini não ser titular no time de Almeyda (e sequer ficar no banco!) é praticamente um crime lesa-pátria.

Aos 19’, o Vélez Sarsfield abriu o marcador, em boa trama pela direita entre Iván Bella e Federico Insúa que Lucas Pratto teve que fazer duas tentativas para converter. O gol tranquilizou o Vélez, que deixou de buscar incessantemente o ataque, explorando os diversos espaços proporcionados pelos visitantes. O River, por sua vez, não sentiu o gol, no entanto sentia muito as suas próprias dificuldades, que se manteriam mesmo que o gol de abertura do marcador fosse do quadro de Nuñez. Quando você vê um time que alinha com Rogélio Funes Mori como ponteiro-esquerdo, é facilmente perceptível que algo está errado, muito errado. No intervalo, Almeyda tentou corrigir os problemas defensivos, trocando Abecasis por Affranchino, o que não deu muitos frutos para o time do River, pois o Vélez continuava explorando muito bem aqueles espaços, com o veloz Chucky Ferreyra, que inclusive perdeu um gol cara-a-cara com Barovero no início da etapa final.

Ramiro Funes Mori prejudicou seu River sendo
expulso no 2º tempo. (foto: Ole Diario Deportivo)


Sebá Domínguez foi outro a assustar seu ex-companheiro Barovero, cobrando falta com muita categoria, carimbando o travessão Millonario. O domínio do Vélez era claro, com um meio-campo muito mais encorpado, com os entrosados Bella-Cabral-Insúa dando um baile nos perdidos Cirigliano e Ariel Rojas. Fica claro que o capitão Ponzio fez uma falta enorme, o que não é desculpa, pois os problemas iam muito além da marcação no meio. El Pelado então tentou com Keko Villalva na vaga de Rogélio Funes Mori. Não deu tempo nem de saber se daria certo ou não, pois 3 minutos depois, o irmão gêmeo de Rogélio, Ramiro Funes Mori levou o 2º cartão amarelo e foi expulso por Patricio Loustau. 2 minutos mais tarde, o Vélez fechou o caixão Millonario, com o gol de Iván Bella, depois de um verdadeiro milagre de Barovero em finalização de Pratto. Mais 3 minutos, e Emiliano Papa foi para o chuveiro mais cedo.

Gareca e Almeyda procuraram as melhores formas de ajustar suas equipes. El Tigre trocou Insúa por Bíttolo, para que este fizesse a lateral-esquerda, enquanto Matías recuou Villalva para a ala-esquerda, sendo que Bottinelli ficou na cobertura do lado canhoto da defesa. O jogo perdeu em dinamismo; enquanto o Vélez esperava o River, o River não tinha qualidade suficiente para incomodar os donos da casa, e a partida se arrastava em um ritmo de tango. Tango que ficou triste, quando alguns hinchas, se é que podemos chamá-los assim, tentaram invadir o campo. La policia tentou resolver na base dos jatos d’água, sem muito sucesso. Depois de pouco mais de 5 minutos de paralisação, a partida foi retomada. O River acordou nos minutos finais, e inclusive mandou uma bola no travessão de Montoya, em cabeçada de Mora, mas não conseguiu ir além disto.

Cirigliano não se deu bem no duelo com
Pochi Insúa. (foto: Ole Diario Deportivo)
Na sequência da competição, o River Plate terá um clássico contra o Racing, em Nuñez, no próximo domingo, as 15h10. O time de Almeyda ocupa apenas o 12º lugar, com 9 pontos em 7 jogos. Situação preocupante. Espera-se que o treinador do River repense o esquema com 3 atacantes que foi um fracasso retumbante, e que repense também o fato de Lanzini não figurar sequer entre os suplentes. O Vélez saltou para a 3ª colocação, com 14 pontos, a apenas 2 do líder Boca Juniors. No sábado, o Fortín irá ao Nuevo Gasómetro para encarar o ameaçado San Lorenzo, e tentar alcançar a ponta do Torneo Inicial.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Os convocados para o Superclássico das Américas 2012

Buffarini comemora convocação muito merecida (Foto: playfutbol)

Alejandro Sabella anunciou os jogadores que levará ao selecionado local para enfrentar o Brasil no Superclássico das Américas 2012, antiga Copa Rocca. Ano passado, a seleção verde e amarela levou a melhor. Nos dois amistosos somente poderão ser convocados jogadores argentinos presentes no futebol argentino/brasileiro para a Albiceleste e, logicamente, somente jogadores que atuam no Brasil na seleção canarinho. Os dois amistosos serão nos dias 19 de Setembro, em Goiânia, e 3 de Outubro, em Resistência.

A lista completa de Sabella:

Goleiros: Oscar Ustari (Boca Juniors), Marcelo Barovero (River Plate) e Esteban Andrada (Lanús).

Laterais: Gino Peruzzi (Vélez Sarsfield), Maximiliano Caire (Colón), Clemente Rodríguez (Boca Juniors) e Sánchez Miño (Boca Juniors).

Zagueiros: Lisandro López (Arsenal), Sebástian Domínguez (Vélez Sarsfield), Leandro Desábato (Estudiantes), Santiago Vergini (Newell`s Old Boys) e Germán Ré (Estudiantes).

Volantes: Rodrigo Braña (Estudiantes), Leandro Somoza (Boca Juniors), Leonardo Ponzio (River Plate), Julio Buffarini (San Lorenzo) e Pablo Guiñazú (Internacional).

Meias: Maxi Rodríguez (Newell`s Old Boys), Cristian Chávez (Boca Juniors), Lucas Mugni (Colón), Ricardo Centurión (Racing) e Walter Montillo (Cruzeiro).

Atacantes: Rogelio Funes Mori (River Plate), Lucas Viatri (Boca Juniors), Juan Manuel Martínez (Corinthians) e Hernán Barcos (Palmeiras).

Opinião:
Vários nomes, todos eles encarados como surpresas por todo imprensa, me agradaram. São eles: Peruzzi, Sánchez Miño, Maximiliano Caire, Vergini, Buffarini, Mugni e Centurión. Todos abaixo dos 25 anos. Tanto Peruzzi quanto Sánchez Miño jogam como lateral (direita e esquerda respectivamente) e como 2º volante. Santiago Vergini faz uma temporada muito regular na defesa do Newell`s. Buffarini, contratado no final da temporada passada, vestiu a camisa do San Lorenzo e não sentiu seu peso. Foi jogador-chave no não descenso do clube. É um 3º volante pela direita e pode jogar na lateral. Lucas Mugni e Ricardo Centurión estouraram nessa temporada no Colón e no Racing, respectivamente. O primeiro joga pelo flanco direito, também caindo pelo meio, já que é canhoto. Centurión é justamente o contrário. Joga como winger pela esquerda, mas é destro.

Outros nomes citados não me agradaram. Leandro Desábato e Germán Ré fazem péssima temporada, como todo Estudiantes (salvo La Gata Fernández). Somoza fez uma boa temporada 11/12, porém, depois da perda da Libertadores, decaiu muito. Chávez, substituindo bem Riquelme na temporada 11/12, não fez um único bom jogo e pode perder a vaga de enganche do Boca para o jovem Paredes. Rogelio Funes Mori não é o jogador mais habilidoso do mundo, mas tem estrela. O que não basta para atuar pela Albiceleste.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Argentina leva sufoco e fica no empate com o Peru



Com uma atuação preocupante, a Argentina empatou com o Peru, no Estádio Nacional de Lima. A falta de inspiração de Messi e as falhas do lateral-esquerdo Rojo foram determinantes para a má atuação da Albiceleste, que ainda teve um pênalti contrário defendido por Romero.
Os peruanos começaram a partida com um ritmo forte, marcando alto e pressionando o adversário. Acuada, a Argentina não conseguia impor seu jogo. A defesa abusava da ligação direta e o meio dava muito espaço para a equipe local trabalhar a bola. A grande chance dos mandantes aconteceu aos três minutos de partida. Di María se atrapalhou ao tentar afastar a bola e acabou chutando Farfán. A chance de assumir a dianteira do placar estava nos pés de Pizarro, porém Romero estava inspirado e executou uma grande defesa.

O pênalti perdido não diminuiu o ímpeto ofensivo da equipe da casa. As melhores jogadas aconteciam pelo lado esquerdo da defesa Argentina, com Farfán jogando às costas de Rojo. A superioridade peruana era tamanha que nem Messi achava espaço para desfilar seu futebol. Os comandados de Markarian tinham volume de jogo, mas criavam pouco. Uma das poucas chances efetivas de gol aconteceu após jogada ensaiada de falta. Cruzado, livre, recebeu na direita e cruzou para o oportunista Pizarro marcar. A partir do gol, a insistência pelo lado esquerdo foi ainda maior e as chances apareciam. A Argentina ainda apresentava dificuldades, mas conseguiu achar um gol antes do término da partida. Após lançamento para o campo de ataque, Lavezzi entra às costas do lateral e cruza para Higuaín marcar.

Regidos por Pocho Lavezzi, os argentinos acordaram na segunda etapa. O atacante do PSG foi destaque no segundo tempo, com boas jogadas pelo lado direito. Se Sabella fez seus atacantes entrarem na partida, o treinador não conseguiu o mesmo com Rojo. O lateral-esquerdo continuava desligado e era facilmente batido por Farfán, destaque peruano na partida. A solução utilizada por Pachorra foi a entrada de Guiñazu na vaga de Gago, que deixou o campo após uma dividida no ar com um adversário.

A entrada de El Cholo melhorou, de fato, a marcação pelo lado esquerdo, mas a defesa albiceleste estava longe de passar confiança. As falhas ainda eram constantes e Pizarro ainda teve boas chances de marcar. Aos poucos, o Peru diminuía o ritmo e recuava no seu campo. Os argentinos, entretanto, não aproveitaram o mal momento adversário e não criavam chances de marcar.

O empate deixou a Argentina na liderança isolada das Eliminatórias, com 14 pontos. No entanto, a pressão sofrida para a equipe peruana gerou desconfiança em uma equipe que vinha se firmando e tendo atuações consistentes. A chance de apagar essa imagem ruim será na quarta-feira, 19, no chamado Superclássico das Américas, onde os locais de Brasil e Argentina se enfrentarão. A próxima partida das Eliminatórias ocorrerá em 12 de outubro, contra o Uruguai.

domingo, 9 de setembro de 2012

River abre dois gols de vantagem, mas cede o empate ao Newell’s



River Plate e Newell’s Old Boys se enfrentaram no Monumental de Núñez. Com boa atuação do tridente ofensivo, a equipe Millonaria passou à frente e chegou a liderar o placar, por dois gols de diferença. Entretanto, os já esperados problemas defensivos da equipe de Matías Almeyda se fizeram presentes e La Lepra alcançou o empate, com dois gols de Scocco.

A partida começou bastante movimentada. As duas equipes procuravam jogadas laterais, explorando as triangulações entre lateral, meia e ponta. O River tinha maior volume de jogo desde o primeiro minuto, o que não impediu que Los Leprosos marcassem primeiro. Após boa jogada pela esquerda, Barovero dá rebote e Pablo Pérez aparece de frente para o gol; sem cerimônia, o camisa oito aproveita a chance e marca, aos 11 minutos de partida.

O gol sofrido não abalou o moral Millonario.  As chegadas pelo lado esquerdo, com Rojas e Trezeguet, levavam perigo. E foi assim que saiu o primeiro gol. Após bom cruzamento de Rojas, Funes Mori desvia de cabeça e Trezeguet marca o primeiro tento do River. Quatro minutos depois, Mora recebe na direita, fecha para o centro e finaliza de perna esquerda; o goleiro Guzmán, mal posicionado, não consegue chegar na bola. Era o segundo gol do River. Mesmo com o placar favorável, a equipe mandante manteve o ímpeto ofensivo. O trio ofensivo teve boas oportunidades de ampliar, porém o placar permaneceu inalterado até o final do primeiro tempo.

Com grandes problemas defensivos no primeiro tempo, Gerardo Martino trocou Casca por Cristian Díaz. E o panorama do segundo tempo foi outro. O River tentava impor o ritmo da partida, mas sucumbia diante da boa marcação Leprosa. No entanto, mesmo com melhor posicionamento defensivo e com volume de jogo maior, o Newell’s não era criativo e pouco finalizava. Em uma das poucas chegadas perigosas dos Millonarios no segundo tempo, Rogelio Funes Mori, em jogada iniciada por ele mesmo, ampliou o placar.

Perdendo por dois gols de diferença, o Newell’s avançou suas peças. Em poucos minutos Scocco já descontava, de pênalti. Foi então que apareceu Tonso, pela esquerda, o atacante centrou a bola para Sperdutti e este escorou para que Scocco marcasse o gol de empate. Desesperado, o time Millonario procurava atacar, mas desperdiçava as poucas chances criadas. Na melhor delas, Rogelio Funes Mori e Trezeguet tabelaram, mas El Pumita perdeu a grande oportunidade de voltar à frente do placar.

Com o empate, o Newell’s perdeu a chance de tomar a liderança do Boca Juniors e continua na segunda colocação. Já no lado alvirrubro, o time volta a despertar desconfiança  e as contestações ao trabalho de Almeyda  ganham ainda mais força. O River volta a campo domingo, 16, quando enfrenta o Vélez, no José Amalfitani. Antes disso, no sábado, o Newells recebe o San Lorenzo no estádio Colosso del Parque. 

Argentina 3×1 Paraguai – Solidez em Córdoba


Nessa sexta-feira, 07, Argentina e Paraguai se enfrentaram pela 6ª rodada das Eliminatórias 2014no estádio Mario Kempes, em Córdoba. Com o intuito de aproximar o torcedor argentino de sua seleção, a AFA resolveu levar a partida para o interior, e deu certo. A festa em Córdoba foi empolgante e a Seleção argentina atendeu à expectativa.
Correspondendo aos pedidos locais de uma equipe com mais afinco ofensivo, Alejandro Sabellaescalou a Argentina da seguinte maneira:

O 4-3-3 da Albiceleste diante do 4-4-2 paraguaio do treinador Pelusso. O 4-3-3 argentino se “desdobrava” para o 4-3-1-2 constantemente, com Lionel Messi como enganche de ofício da equipe.
A Argentina começou em ritmo acelerado, e próximo aos 3 minutos iniciais, abriu o marcador com um belo chute de Ángel di María da entrada da área.
Embalada pela torcida, a seleção Albiceleste manteve o ritmo ofensivo, e apesar de não imprimir grande sequência de chances criadas, tinha domínio absoluto do jogo. O Paraguai, por sua vez, “esbarrava” na marcação de Fernando Gago e Rodrigo Braña, e o jogo aéreo de Federico Fernández e Ezequiel Garay era eficiente.
A proposta de Sabella funcionou. O encaixe do 4-3-3 com os laterais mais fixos e auxiliados pelos volantes sobre o 4-4-2 paraguaio deu certo. Na semana passada, o treinador argentino falou abertamente sobre o problema defensivo das laterais, e que não atribuía a culpa totalmente aos laterais. Sabella disse que iria manter o ideal com “stoppers” pelos flancos defensivos, porém com mais auxílio dos volantes que atuassem pelos lados do campo, para que fosse evitado o confronto no 2×1. O Paraguai, com uma proposta defensiva, acabou se encaixando na estratégia de Sabella.

A marcação dupla imposta pela Argentina.
Aos 17 minutos, Rodrigo Braña falhou ao afastar a bola e acabou tocando-a com sua mão. Pênalti para o Paraguai, que através da cobrança de Fabbro empatou a partida.
O ritmo da partida não se alterou, e a Argentina prosseguiu dominando. Com Hugo Campagnaro e Marcos Rojo atuando como laterais mais fixos no campo defensivo, as jogadas de lado de campo eram encarregadas de Lavezzi pela direita e Di María pela esquerda, sempre com a referência em Lionel Messi, com arranques pelo meio do campo.
O insistente problema defensivo das laterais de fato melhorou com a atuação de laterais “presos”, e essa deverá ser uma das boas ressalvas para os olhos de Sabella. Os volantes argentinos, Braña e Gago, apesar da boa disposição física na marcação, pecavam em certos momentos na saída de bola, que tinha como principal válvula de escape os incessantes recuos de Lionel Messi à meia cancha.

Fernando Gago foi o responsável por auxiliar Lionel Messi no “doble enganche”, em aproximações com toques curtos para os avanços e criações das jogadas ofensivas.
“A ideia é que a bola vá dos defensores aos volantes e dos volantes aos atacantes. O que tem o melhor “manejo” é Gago. Quanto mais passar por ele, melhor para nós. Tem um grande manejo da bola e bom passe entre as linhas” - Alejandro Sabella.
Com Lavezzi ‘apagado’, a Argentina criava mais a partir do setor canhoto do meio-campo, com Di María ora agudo, ora centralizador com a bola nos pés. ‘Angelito’ foi um dos destaques da partida, com grande disposição na marcação quando compunha o trinco de volantes, e como ponteiro nos avanços pela esquerda.
O placar favorável à Argentina não demorou a ocorrer, e, aos 30 minutos, com lançamento de Di María, Higuaín finalizou da entrada da área.

A manutenção do 4-3-3 da Argentina frente ao 4-4-2/4-4-1-1 do Paraguai com as entradas de Haedo Valdez e Cardozo no ataque.
O Paraguai seguiu criando pouco no segundo tempo, diante de uma Argentina que tinha, sobretudo, superioridade na posse de bola e cautela para decidir os lances, parecendo apostar numa saída paraguaia para contragolpear e golear. As principais chances seguiam vindas das aproximações em velocidade em relação à Messi, que acertou a trave do goleiro Villar por duas vezes.
Porém, o craque argentino não passaria em branco. As chances criadas por Lionel eram as principais da segunda etapa, e foi em bela cobrança de falta que Messi marcou seu 11º gol em 11 jogos na “Era Sabella”. Festejos em Córdoba.
O Paraguai precisa rever conceitos para melhorar sua atual posição na tabela nas Eliminatórias – a equipe de Pelusso segue em último lugar, com apenas 4 pontos conquistados. O selecionado segue à Assunção, para enfrentar a Venezuela.
Já pelo lado argentino, a equipe venceu e convenceu mais uma vez. Há 39 anos que a Argentina não vencia o Paraguai em casa pelas Eliminatórias. Tabu quebrado com uma atuação sólida, erros aos poucos minimizados e um elenco visivelmente unido e com evolução tática. Sabella ainda tem trabalho a fazer no comando da Argentina, mas tem um grupo qualificado e com alternativas a sua disposição. A Albicelesteestá em primeiro lugar das Eliminatórias 2014, e segue à Lima, para enfrentar o Peru no próximo dia 11, na terça-feira.
Publicado originalmente no site A Prancheta (http://a-prancheta.com/destaque/argentina-3x1-paraguai-solidez-em-cordoba) por Júnior Marques.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Os convocados para as Eliminatórias ante Paraguai e Peru



Na quinta-feira da semana retrasada (23), o técnico argentino Alejandro Sabella convocou os 23 jogadores que defenderão a Albiceleste nos confrontos diante de Paraguai, irá acontecer no dia 7 de setembro, e contra o Peru, no dia 11. A lista de convocados é a seguinte:

Goleiros: Sergio Romero (Sampdoria-Itália), Mariano Andújar (Catania-Itália) e Oscar Ustari (Boca Juniors-Argentina).
Laterais: Pablo Zabaleta (Manchester City-Inglaterra), Hugo Campagnaro (Napoli-Itália), Marcos Rojo (Sporting-Portugal) e Clemente Rodríguez (Boca Juniors-Argentina).

ZagueirosFederico Fernández (Napoli-Itália), Ezequiel Garay (Benfica-Portugal), Fabricio Coloccini (Newcastle United-Inglaterra). 
Meio-campistas: Javier Mascherano (Barcelona-Espanha), Fernando Gago (Valencia-Espanha), Pablo Guiñazú (Internacional-Brasil), Rodrigo Braña (Estudiantes-Argentina), Lucas Biglia (Anderlecht-Bélgica), José Sosa (Metalist Kharkiv-Ucrânia), Enzo Pérez (Benfica, Portugal), Maxi Rodríguez (Newell`s Old Boys-Argentina) e Angel di María (Real Madrid-Espanha).
Atacantes: Lionel Messi (Barcelona-Espanha), Sergio Agüero (Manchester City-Inglaterra), Gonzalo Higuaín (Real Madrid-Espanha), Ezequiel Lavezzi (PSG-França), Rodrigo Palacio (Internazionale-Itália) e Hernán Barcos (Palmeiras-Brasil).

A falta de um goleiro de confiança ainda é o que mais preocupa os torcedores da Albiceleste.Romero, ao que tudo indica, é o atual titular de Sabella, mas vive falhando na Samp. A lateral direita está com vaga encaminhada. Zabaleta vem evoluindo no Manchester City e Campagnaro, zagueiro da direita dos 3 do Napoli, é um bom reserva. Na lateral esquerda temos o 2º problema mais grave. Marcos Rojo e Clemente Rodríguez não convencem e apresentam falhas da marcação e deficiência no apoio. A defesa vem evoluindo com Fede Fernández e Garay. 

A parte ofensiva do selecionado, meio e ataque, é considerada uma das melhores do mundo. 5 volantes foram convocados. Diante o Paraguai, Mascherano, suspenso pelo número de cartões amarelos, não poderá atuar. Braña deverá substituí-lo e fazer dupla com Gago. Sabella costuma jogar com um linha de 3 meias que se aproximam de um centroavante (Higuaín). Sosa, pela direita/recompondo o meio, o craque Messi, jogando centralizado, e Dí María, flanco esquerdo, devem completar a equipe. Aguero, também suspenso e se recuperando de lesão, não está apto para o primeiro jogo. Com a suspensão de Kun e a falta de um centroavante reserva, Sabella chamou Palacio, não tão surpresa quanto Barcos por sua ótima última temporada no Genoa, e El Pirata, esse mais para o período de treinamento e testes pela excelente fase que vive. A surpresa ficou na ausência de Tévez que começou muito bem a temporada no Manchester City. formaçãopoderia ser o problema, porém  Carlitos volta para fazer a linha de 3 no meio lá em Manchester

Provável time ante o Paraguai. Diante o Peru,
Mascherano no lugar de Braña.