Continua na ponta, Sánchez Miño. (Foto: Olé) |
Os dois últimos jogos de Boca e Independiente na Bombonera tiveram ao menos 6 gols. O histórico Boca 4 X 5 Independiente do ano passado e o 3 a 3 há um mês na Sul-Americana. A rivalidade, que já era grande, aumentou nas últimas temporadas. Após péssimo início de temporada de Chávez, o até então substituto de Riquelme, Falcioni decidiu passar ao 4-4-2 em linha. Com essa formação, conquistou o Apertura 2009 com o Banfield. O Independiente ainda não se acertou com Tolo Gallego e segue com o pior promédio e, obviamente, na zona de descenso direto. Quando chegou, falou em título. Porém, depois do primeiro treino, deve ter mudado o discurso.
O Boca começou melhor jogando bem com os dois wingers, Sánchez Miño pela esquerda e Rivero pela direita. Chances eram criadas através de jogadas de profundidade. Mas o primeiro defeito do nosso esquema do Boca foi bem percebido por Tolo Gallego e sua equipe. Rivero apoiava demais e Somoza não fazia a cobertura. Albín ficava sozinho na marcação de Leguizamón, atacante de movimentação, Ferreyra, 3º homem de meio do Rojo, e Morel Rodríguez, lateral que apoiou demais o jogo todo. Por ali Morel fez cruzamento que atravessou a área e Farías, nas costas de Clemente Rodríguez, tirou demais do goleiro. Alguns lances depois, Ferreyra "janelou" Albiín, fintou Schiavi e chutou cruzado. A bola bateu em Caruzzo e entrou. 4 minutos depois, o garoto que está ganhando espaço merecidamente no time e fez Falcioni mudar de esquema, apareceu. Sánchez Miño fez jogada pela esquerda e cruzou para El Tanque Silva testar e marcar, empatando o jogo.
Após o Intervalo, Miño continuou o mesmo. No primeiro minuto do 2º tempo, Fredes ainda está pensando o jogo. El zurdo roubou a bola no meio-campo e encontrou uma defesa desprevenida. Deu um corte no Tula e bate na entrada da área. Golaço da nossa geração do Boca que pede passagem. O Independiente sentiu o gol. Prova disso é a bola na trave de Rivero logo após o tento da virada. No Boca, Clemente saiu para a entrada de Colazo e o teste do (por que não?) novo lateral-esquerdo Sánchez Miño. Rodríguez faz péssimas atuações há algum tempo e ainda saiu irritado com Falcioni nessa partida. O Boca conseguiu o que Falcioni tanto comentava em suas entrevistas e faltava ao seu time: saber controlar o jogo. 2 a 1 a favor e o Boca não devolvia a bola de graça. Tocava, deixa o tempo correr e, quando a perdia, sabia recompor e armar contra-ataques perigosos. Ao Independiente faltou criação. Osmar Ferreyra foi muito bem pela esquerda, mas só. Rosales não teve uma boa atuação ainda com a camisa do Independiente. Poucas bolas "redondas" chegam ao Tecla Farías e Fredes não é o mesmo da Sul-Americana 2010.
Na próxima rodada, o Boca vai até o sul enfrentar o Lanús dirigido pelo ídolo Xeneize, Guillermo Barros Schelotto. Já o Independiente recebe o All Boys, muito irregular neste campeonato e (podemos considerar) adversário direto na luta contra o descenso.
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