sexta-feira, 8 de junho de 2012

Racing vence River nos pênaltis e decide Copa Argentina com o Boca

"Saja +10" é o novo apelido do Racing na Argentina
(Foto: Olé)
Após uma partida horrível e uma dramática disputa de pênaltis, o Racing venceu o River e se classificou para a final da Copa Argentina diante o Boca. Acabando com o sonho de muitos que acreditavam em um Superclássico decidindo o campeonato.

Zubeldía ainda não conseguiu deixar o Racing com a sua cara. O 4-2-3-1 que variava para um 4-4-2 na partida não teve sucesso. Gio Moreno, meia central do primeiro esquema e atacante no segundo, não chamou a responsabilidade do jogo e parece sentir a falta de Simeone, já que desde que o Cholo foi para o Atlético de Madrid, viu parou de jogar. Alfio Basile e Zubeldía tentam achar a posição do cerébro do Racing, até agora ato falho. Já o River jogou com em um esquema atípico. Algo como um 4-1-2-2-1. Na frente da linha de 4, Cristian Ledesma, saindo mais para o jogo Aguirre e Domingo. Na armação e encostando em Rogelio Funes Mori, Andrés Ríos e Keko Villalva


Vendo que o seu jogo não dava liga, o Racing se limitou a defender nos dois tempos, esperando algum contra-ataque que esporadicamente foi criado por Valentín Viola na direita. O River era o protagonista do confronto, mas não conseguia criar, pois Villalva e Ríos jogavam muito próximo da área. Quando voltavam para armar, sofriam boa marcação de Pelletieri e, até certo ponto, de Bruno Zuculini. Com isso, Aguirre e Domingo tinham que sair para o jogo e a única grande chance do Millo no confronto foi um chute muito forte de fora da área do Aguirre ao qual o Saja teve que operar um milagre.

A emoção que faltou no tempo regular, sobrou nos pênaltis. Em ordem, Saja, Viola, Pillud e Haúche, converteram para o Racing, com Gio Moreno parando em Chichizola na 2ª cobrança. Ponzio, Rogelio Funes Mori, Ocampos e Ledesma, também converteram para o River. Na última cobrança, Keko Villalva mandou na trave. Nas alternadas, Fariña converteu para o Racing. No River, ninguém partiu para a cobrança. Luis Vila, após um tempo, foi, bateu e Saja defendeu. Racing na final.

Após o jogo, Almeyda não colocou a responsabilidade no garoto Vila, muito pelo contrário. Declarou: "Eu perdi um pênalti com 20 anos na Libertadores. Talvez ele possa ter uma carreira melhor que a minha. Eu considero importante pegar a bola e bater. Qualquer um pode errar". Já o Racing chega na final apresentando um péssimo futebol e vendo em Saja um paredão, Pelletieri a marcação na frente da zaga e Viola como opção de velocidade no ataque. E só. Após 11 anos, Racing pode ser voltar a ser campeão. Mas algo deve mudar. Um jogo atípico já que a decisão é somente em uma partida. Sorte ou milagre.


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