O Boca atropelou. Não há outra definição melhor. Foi um
massacre. Às 20 horas e 10 minutos começava no estádio La Bombonera, em Buenos
Aires, o banho de bola Xeneize. Dominando completamente seu adversário, do
início ao fim, a equipe da casa aplicou um dois a zero sem dar chance de reação
ao adversário.
La Bombonera estava lotada. A festa da torcida mais
vitoriosa do anos 2000 estava fantástica, como de costume. As duas equipes entravam
em campo praticamente completas. O único desfalque no Boca era Clemente
Rodríguez. Já a Unversidad de Chile veio com força máxima, mesmo tendo jogado
com alguns titulares na partida de segunda-feira pelo campeonato chileno. Os esquemas
táticos foram os habituais: Xeneizes no 4-3-1-2 e La U no 3-4-3.
O time de Buenos Aires partiu logo para cima, pressionando o
adversário com duas grandes oportunidades. Santiago Silva perdeu a primeira e
Schiavi desperdiçou a segunda. Os chilenos não sentiram a pressão e também
foram para o ataque, mas não coseguiam levar perigo defendido por Orión. Já o
Boca assustava bastante. Mouche infernizava o lado direito do ataque, causando
pânico a Rojas. E foi com ele, Pablito, que surgiu o primeiro tento. O camisa 7
lutou pela bola como se a mesma fosse sua vida e entregou-a para “El Pelado”
Silva. Oportunista como sempre, El Tanque chutou com força direto para o fundo
do gol de Jhonny Herrera. Um gol com a cara da equipe de Falcioni.
A partida, então ofensiva e aberta, ganhou um clima mais
disputado. A bola não chegava às áreas. A disputa acontecia apenas no meio de campo.
O Boca ficava à espera de um contra-ataque que não acontecia, enquanto a La U, com
dificuldade de infiltrar na área boquense, arriscava com disparos de longe do
volante Díaz. O mais perigoso foi em cobrança de falta, aos 30 minutos, que
obrigou Orión a fazer boa defesa.
O Boca voltou com muita intensidade e teve duas grandes
oportunidades para marcar em menos de cinco minutos. Silva acertou a trave em
cruzamento vindo da esquerda. Logo após, foi a vez de Mouche, recebendo na
entrada da pequena área, perder o gol. Mas o segundo gol era questão de tempo.
Sánchez Miño sabia disso. Riquelme veio trabalhando a bola com Silva em
velocidade, logo Erviti apareceu livre pela esquerda, Riquelme acionou o 11,
que bateu para defesa parcial de Herrera. Miño, responsável por substituir
Clemente Rodríguez, via tudo isso enquanto corria. Corria em direção à glória.
Ele achou a bola, ou teria sido a bola que o achou? Não importa. Ele estava lá.
Ele, a bola, o gol. Dois a zero.
O segundo tento não mudou o panorama da partida. A equipe
Xeneize mandava em todas as ações ofensivas. Mas não tinha mais pressa para
finalizar. Os jogadores da U pareciam nervosos. As jogadas de ataque não
funcionavam. Os jogadores de azul não deixavam nem os chutes de longe chegarem
ao gol. E o segundo tempo terminou sem que os chilenos chutassem uma única bola
em direção à meta defendida por Orión.
As duas equipes voltam a se enfrentar quinta-feira, 21, no
estádio Nacional de Chile. O horário é o mesmo da partida de hoje: 21 h e 15 min. No meio do caminho, o Boca ainda tem um confronto decisivo pelo Clausura,
contra o Arsenal. A vantagem de dois a zero dá uma situação confortável ao time
argentino, que pode perder por até dois gols, caso marque um. É uma semana
longa, que irá demorar para passar na cabeça de qualquer torcedor.
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