San Juan recebeu uma grande partida entre Rosario Central e
Boca Juniors. A partida envolveu nada menos que o líder do Clausura e o líder
da B Nacional.
O Boca veio a campo com apenas dois titulares: Insaurralde e
Roncaglia. Já o Central escalou apenas três jogadores que não jogaram a partida
contra o River pela B Nacional. Mesmo com equipes mistas, a partida não perdeu
seu brilho.
O time de Buenos Aires começou a partida postado em 4-3-3
com variação para o tradicional 4-3-1-2. O responsável pela transição de
esquemas era Pablo Mouche. Sem a bola, Pablito recuava para fazer preencher o
espaço normalmente ocupado por Riquelme; com a bola em posse da equipe, o
camisa 7 abria pelo setor esquerdo, procurando fazer passe e cruzamentos pelo
setor. A equipe de Pizzi veio armada em seu tradicional 4-4-2, especulado
contra-ataques em velocidade e tirando os espaços do adversário.
A partida começou com bastante disputada, sem que os times
se expusessem muito. Com o passar do tempo, o Boca cresceu e passou a dominar
as ações ofensivas. A equipe Xeneize não permitia que os Canallas chegassem ao
campo defensivo, mas tinha dificuldades de criar. Burocrático, o time de Buenos
Aires tocava a bola na intermediária sem conseguir passar pelas duas linhas de
quatro do adversário, tendo como único recurso os cruzamentos da intermediária.
O Central propôs-se a especular em contra-ataques e tirar os espaços do
adversário. Sem muito sucesso nos contra-ataques, a equipe de Rosário
limitava-se a conter o ataque adversário. O tempo foi passando e a partida
parecia estar encaminhada para um primeiro tempo sem gols. Quando, aos 40
minutos, Méndez cruza da direita e Toledo se antecipa à defesa adversária,
cabeceando com força no canto direito de Sosa. Era o 1 a 0 da equipe Canalla. O
restante do primeiro tempo teve a mesma tônica de todo da partida até então:
Boca dominando sem produtividade.
O segundo tempo começou mais movimentado e, desta vez, quem tomou conta das
ações ofensivas foi o Central. Defendendo com eficiência e encaixando os
contra-ataques, os Canallas dominaram a partida e criaram boas chances desperdiçadas
pelas finalizações pífias de Toledo. A pressão era tamanha que a equipe teve um
pênalti aos 55 minutos – Toledo entrava livre e Insaurralde deu uma rasteira no
camisa 9; pênalti claro. O próprio Toledo bateu o pênalti, mas parou nas mãos
do goleiro Sosa. A partir do gol a equipe Xeneize cresceu e passou a chegar ao
ataque com perigo. Mesmo pressionando, o
Boca não conseguia penetrar na defesa adversária e voltou a abusar das jogadas
laterais e dos cruzamentos da intermediária. E foi justamente em uma jogada
assim que saiu o gol, cruzamento da esquerda de Pablo Mouche e finalização de
Blandi. O gol abriu as duas equipes, que passaram a ter boas chances de marcar.
A melhor oportunidade de desempatar o placar aconteceu com um chute de primeira
de Mouche, aos 90 minutos de partida, que acertou a trave. Com as duas equipes desperdiçando finalizações, a partida terminou em 1
a 1, placar que levou a disputa aos pênaltis.
Abriram as cobranças os atacantes Mouche e Castillejos, ambos
bateram mal e erraram. Na sequência Blandi, Ferrari, Caruzzo e Medina
converteram. Chegou a vez de Paredes, jogador de 17 anos, que recém havia
entrado na partida. A falta de experiência não foi problema para o garoto que não
quis arriscar e chutou no meio do gol, marcando para o Boca. A responsabilidade
de empatar a disputa ficou a cargo de Zarif, lateral experiente de 33 anos. A
calma que sobrou a Paredes faltou ao camisa três do Central, que isolou a bola.
Insaurralde veio para a bola que seria decisiva e não sentiu a responsabilidade,
marcou para o Boca e levou a equipe às semifinais da Copa Argentina.
Com a vitória o Boca volta a campo domingo às 16h30min
para enfrentar o Deportivo Merlo em Catamarca pela semifinal da competição. Na
outra chave, enfrentam-se River e Racing. As duas partidas terão jogo único e
os vencedores irão decidir o título da competição.