Em um jogo movimentadíssimo e quente na Bombonera (novidade?), o Boca Juniors voltou a empatar sem gols (0×0 com o Vélez) e “adiou” o título do Apertura 2011, onde atualmente lidera com 33 pontos, oito à frente do segundo (Racing Club), e faltam apenas quatro jogos.
A falta de pontaria voltou a ser o problema do Boca Juniors de Falcioni. Incrível a quantidade de gols que tem perdido osxeneize nos últimos jogos. Contra o Vélez, a era a de que faltava um homem de área, ou que pelo menos pudesse cumprir tal função sem dificuldades. Mas contra o Racing, Blandi e Cvitanich estavam disponíveis, e ambos participaram do jogo. Porém não fizeram como mandado, e além disso, contaram com um Mouche um tanto que apagado (se comparado a outros jogos).
Se a falta de pontaria era o problema do Boca, a falta de criação era o problema do time de Avellaneda. Falcioni certamente sabendo da categoria de Gio Moreno, reforço a marcação no colombiano, com Somoza, sendo auxiliado ou por Erviti, ou por Rivero. Resultado, uma finalização apenas. Aliás, essa única finalização foi originada num passe do camisa 10 da Academia, para o ágil Hauche, que aproveitou o espaço entre Insaurralde e Clemente Rodríguez, e por pouco não marcou o gol Talvez seja este o único problema defensivo do atual Boca Juniors.
Times no costumeiro 4-3-1-2. O Boca, jogando em casa, com um domínio maior, não só das chances de gol, bem como da posse de bola. O Racing é que nas poucas vezes que conseguiu encaixar um ataque bem organizado, apresentou uma variação tática, 4-3-1-2 → 4-2-3-1: Castro, um meia-extremo que joga mais recuado, naturalmente tendia a avançar pela esquerda, se alinhando a Moreno e Hauche. Mesmo com a variação, não obtiveram sucesso.
Na volta do intervalo, quando os times ainda se reorganizavam taticamente em campo, Pelletieri num lance bobo, acabou levando o segundo amarelo, consequentemente, foi expulso. Com um a menos, Simeone sacou o apagado Moreno para a entrada de outro volante, Toranzo. Enquanto Falcioni também fez suas mudanças: Cvitanich e Colazo nos lugares de Blandi e Erviti. Manteve o 4-3-1-2, e passou a forçar ainda mais nas jogadas pelo flanco esquerdo, com Clemente Rodríguez, Colazo e Mouche.
Com um a mais, Boca continuava a dominar o jogo, porém continuava pecando nas finalizações. Já o Racing na base dos contra-ataques, conseguiu ainda levar perigo, com Hauche e Pillud na direita. E num lance em que Gutiérrez ganha na velocidade de Schiavi e fica cara a cara com Orión, o atacante da Academia optou por tentar enganar o árbitro e se jogou. Como ele nada marcou, o atacante foi para cima e acabou levando o segundo amarelo, sendo expulso. Simeone foi a loucura.
Assim, o técnico sacou Castro, promovendo a entrada de Espinoza, também volante. Logicamente, o Boca se mandou para frente, e Falcioni colocou mais um atacante, Sergio Araújo, no lugar de Rivero. Com isso, passou para o 4-2-1-3, na base da sorte conseguir o gol. Sem sucesso.
Faltando apenas quatro jogos para o fim do Apertura 2011, dependendo dos resultados, Boca Juniors pode garantir o título de campeão e a vaga na Libertadores. É bom os clubes brasileiros ficarem de olho nos xeneize!
Por Arthur Barcelos ( http://twitter.com/ArthurBarcelos_ ). Postado originalmente no A Prancheta (http://a-prancheta.com/ )
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