sexta-feira, 9 de março de 2012

Riquelme anulado, Boca apagado e invencibilidade chega ao fim


A partida contra o Fluminense em La Bombonera prometia muito. Por dois motivos, o primeiro: se tratava de um confronto Brasil x Argentina, ou seja, rivalidade enorme; já o segundo coloca em questão a força do Boca e o retrato de mostrar o que a equipe poderia produzir na Libertadores ainda mais com adversários mais fortes do que o do Torneo Apertura e também pelo fato do time ter convivido com as mais diversas turbulências internas nos vestiários, ainda mais com os conflitos de ego entre Riquelme e o técnico Falcioni.

No jogo de quarta, pudemos ver um Fluminense aguerrido muito bem postado em campo, enquanto isso, o Boca Juniors jogava de uma forma confusa, sem conseguir criar boas jogadas, imprimindo um ritmo bastante tranquilo para um jogo em que foi obrigado a jogar atrás do placar durante quase toda a partida. No fim, vitória da equipe brasileira por 2 a 1. Sim, a invencibilidade de 37 jogos dos xeneizes caiu bem na mítica La Bombonera, coisas do futebol.

A partida serviu para ressaltar algumas coisas e mostrar que nem tudo é flores para a equipe de Falcioni. Assim como na estreia contra o Zamora, Riquelme foi bem anulado. No jogo contra o Flu, Valência grudou muito bem no meia, que ainda teve que ver Diguinho sempre bem posicionado para a sobra. Com seu principal jogador anulado, o meio-campo do Boca perdeu sua alma, perdeu o toque de bola, não foi capaz de conseguir distribuir bem o jogo, deixando mais uma vez Santiago "El Tanque" Silva isolado na frente, realçando muito a dependência que os xeneizes possuem em cima de Riquelme. Com o meia anulado, é mais do que notório que o time joga de uma forma apagada e bastante confusa.

Outro ponto a se destacar é a defesa. O goleiro Orión não passa a mínima confiança, sem contar que sem Schiavi, que não jogou na quarta-feira, o sistema defensivo fica perdido e encontra dificuldades em lances de bola aérea. Matías Caruzzo que foi obrigado a jogar, não é confiável, preocupando muito o torcedor que sabe que Schiavi não é nenhum garoto e não pode ser muito exigido.

Foram dois jogos até agora na Libertadores, com 1 empate e 1 derrota, o Boca ainda não convenceu, o clima interno não é dos melhores, para completar, há desfalques importantes no ataque (Viatri e Blandi) e uma equipe que viu muita coisa ser maquiada em meio ao Torneo Apertura. A capacidade do time é sim muito grande, mas, é um time extremamente dependente de certos pontos e sem muitas alternativas quanto ao estilo de jogo. Para ganhar a tão importante competição, não é preciso jogar bem todos os jogos e dar espetáculo na maioria, o resultado é o mais importante, mas, nem isso os xeneizes conseguiram nesse início.

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