sexta-feira, 30 de março de 2012

Boca vence Arsenal e encaminha classificação



Há um terreno fértil para as ideias fáceis no futebol (e na vida). O grupo 4 da Libertadores está recheado delas. Santiago Silva não faz gols pelo Boca? Está em má fase. Fluminense tem a melhor campanha da Copa? É favorito. O Boca sofre para ganhar? Não é mais o mesmo. Tudo preto no branco – aparentemente. E tudo falso ao mesmo tempo. A única certeza parece ser aquela que todos sabiam desde o início: o Zamora realmente não joga nada.
Vamos começar pela primeira: a má fase de El Tanque. Contratado por empréstimo à Fiorentina após uma bagunça jurídica que envolveu toda sorte de advogados e atravessadores, Silva chegou à Bombonera para fazer os gols que o fantasma de Martín Palermo impedia. Apósgrande temporada pelo Vélez em 2011, quando a turma do Fortín só não chegou à final porque o próprio Silva escorregou na hora de bater um pênalti, o goleador uruguaio foi jogar na Itália. Em 17 partidas, marcou um único gol. Na volta ao Boca, deu tudo “errado”. Não marcou ainda. Sob o olhar das ideias fáceis, a saída óbvia seria colocar o centroavante no banco, afinal, um atacante vive de gols.
Mas o DT, Julio César Falcioni, mantém El Tanque em todos os jogos. Ninguém questiona sua titularidade. E NINGUÉM TÁ LOCÃO. A realidade é mais complicada do que a ideia fácil. O ataque do Boca é o melhor do Clausura 2012, com 13 gols em 7 partidas. Silva incomoda a zaga, briga, prende a bola na frente. E, principalmente, faz coisas como as que fez na noite desta quinta, com o Arsenal de Sarandí. Num jogo complicado, em que o Boca ficou com um a menos desde os 37 do primeiro tempo, quando Somoza levou o segundo amarelo por GROSSURA e desceu as escadarias da Bombonera mais cedo, Santiago Silva deu dois passes absolutamente magistrais para seus companheiros e garantiu a vitória que praticamente colocou o Boca nas oitavas-de-final da Libertadores. O vídeo fala sozinho. Eu queria um centroavante desses que não fizesse gol no meu time.
O jogo terminou 2×0 pro Boca. O Arsenal em nenhum momento soube se aproveitar da superioridade numérica. Carbonero e Leguizamón, como sempre, foram as figuras lúcidas da equipe do Viaducto. O Boca, como sempre, jogou pouco, foi lento, e não deu a menor pinta de que iria passar do meio campo. E aí estamos diante da segunda ideia fácil: o Boca não é mais o mesmo. E talvez não seja, mas cabe aqui lembrar de uma máxima que ronda as cercanias da Bombonera: solo empieza en los octavos. Para os grandes, a fase de grupos é o momento de queimar uma graxa e economizar energia para a fase quente da competição. Como já alertamos aqui, de que serve sair goleando na primeira fase? Pegar um adversário mais fraco? Lembrem-se que, dependendo do grupo, o segundo colocado é melhor que muito líder de grupo. A boa campanha na primeira serve só tem uma consequência garantida: chamar a atenção dos auxiliares dos técnicos do continente para analisar a tua equipe aos detalhes. Me ocorreu agora que ser auxiliar técnico deve ser o melhor emprego do mundo. O cidadão é pago para viajar vendo futebol em todas as canchas míticas das Américas e fazendo rabiscos num guardanapo. Quando dá tudo errado, o demitido é o chefe. Mas divago.
Imaginem se Santiago Silva continuar servindo os companheiros assim E começar a marcar gols? Desde o início da competição, Falcioni já se convenceu do óbvio, que Ledesma precisa jogar nesse time. O Boca só tende a crescer.
Texto originalmente postado no Site Impedimento ( http://impedimento.org/ ) pelo Alexandre de Santi.

domingo, 25 de março de 2012

Boca abre 2 a 0, porém Lanús consegue o empate


Riquelme se tornou o 14º maior goleador do Boca (Foto: Olé)
Em um clima pesado por conta da troca de tiros (infelizmente sim) entre as duas barras bravas, equivalente as torcidas organizadas no Brasil, o jogo foi iniciado. De um lado, um Boca que volta a ser aquele que vence sem show. Do outro, o Lanús que emendou duas vitórias consecutivas contra o Emelec e lidera seu grupo na Libertadores, porém tem 4 derrotas seguidas no Clausura.

O jogo começou morno, com as duas equipes se estudando. O Lanús tentava penetrar na defesa do Boca com triangulações. Valeri começou caindo na direita, Camoranesi no meio e Regueiro na esquerda, como costumeiro. Vendo a boa marcação de Roncaglia em Regueiro e as constantes subidas de Clemente Rodríguez, Schurrer inverteu os jogadores. Aos 39, Riquelme pegou uma bola na linha do meio campo, fintou Fritzler e bateu forte no canto. Marchesín operou um milagre. No mesmo escanteio, Mouche cobrou curtinho para Riquelme que devolveu. Mouche, claramente, tentou o cruzamento e a bola encobriu Marchesín causando risos de Riquelme. Dois minutos depois, após bate-rebate, Riquelme precisou emendar um voleio para ampliar.  Jogo bem encaminhado. Errado. Boca bobeou infantilmente na defesa e Pavone subiu livre na área, gol. O atacante, ex-River, mandou a torcida do Boca ficar calada.

Goltz, mesmo com "a faca entre os dentes",
marcou de cabeça (Foto: Olé)
O Granate entrou muito ligaço no segundo tempo. Aos 8, Valeri deixou Pavone entre os zagueiros. El Tanque bateu cruzado e Orión aperou um milagre. Assim como no primeiro tempo, no escanteio seguinte saio o gol. Regueiro cobrou, Orión saindo muito mal, e Paulo Goltz que declarou que jogaria com "a faca entre os dentes" em todos os lances, subiu mais alto para empatar de cabeça. Com o gol, o Lanús se tornou o protagonista da partida que foi provado com a expulsão de Clemente Rodríguez aos 18 minutos e com o gol bem anulado de Camoranesi aos 13. Pavone e Regueiro complicavam as saídas de Roncaglia, Schiavi e Insaurralde. Fritzler, um dos destaques do jogo, não deixava Riquelme jogar e, com isso, o Lanús melhorou, mas faltou aquela britz. Um lance aqui, outro ali. Nada com uma sequência para deixar o jogo "on fire" na gíria dos maníacos por NBA.

Um empate heroico por estar perdendo por 2 a 0, mas que poderia ser melhor. É assim que sai o Lanús da partida de hoje. Com a derrota do Tigre, o Estudiantes lidera, mas pode ser ultrapassado pelo Vélez que enfrenta o Newell`s Old Boys nessa segunda. Na próxima rodada, o Lanús recebe o Belgrano que não vence há três rodadas. Já o Boca visita o Estudiantes em um grande duelo de dois times que brigam pela liderança.

sábado, 24 de março de 2012

Em outro jogo emocionante, Godoy Cruz e Atlético Nacional ficam em um outro empate

Mosquera tocou sobre Torrico, porém Sigali salvou. (Foto: Olé)

Reeditando o jogão da última rodada na Argentina, Godoy Cruz e Atlético Nacional ficaram novamente no empate. O time da Colômbia permanece em primeiro, agora com 8 pontos. O Godoy Cruz é ice-líder com 5 pontos. Os dois favoritos Pré Libertadores, La U (4) e Peñarol (1) fecham o grupo 8.

Logo aos 2 minutos o Nacional tratou de acordar Ceballos do Godoy Cruz. Isso porquê o lateral recuou mal de cabeça para o goleiro, a bola sobrou para Mosquera definir e abrir o placar. O Nacional continuava melhor fazendo valer o fator casa onde já havia batido a Universidad de Chile. Aos 23,e m falta isolada no ataque, Cuberlo soltou uma bomba e a bola foi parar no canto do Pezzuti, passando no meio da barreira. Aos 34, após a bola explodir em Rojas, ela sobrou para Castillón que bateu cruzado com a perna esquerda, virando o placar.

Os Verdolagas entraram com, ainda mais, sangue nos olhos no segundo tempo e tentavam buscar o empate de qualquer jeito. Espaços foram cedidos para os contragolpes do Tomba, mas mal aproveitados. Castillón e Caruso conseguiram criar, entretanto pecaram na finalização, deixando a torcida mendozina com saudades de Rubén Ramírez. Aos 15, pênalti de Nico Sánchez em Carlos Rentería. Mosquera cobrou e deixou seu segundo no jogo. O time colombiano continuou atacando e o argentino contra-atacando. Chances foram criadas, mas desperdiçadas. Empate. Bom para as duas equipes que se mantém na zona de classificação.

A La U ainda recebe o Peñarol nessa rodada e pode ultrapassar o Tomba. Na próxima rodada, último jogo em Mendoza, justamente contra a Universidad de Chile que deve ser o adversário direto pela 2ª vaga. Já o Atlético Nacional recebe o Peñarol tentando reeditar os 4 a 0 no Uruguai.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Lanús volta do Equador com ótima vitória

Regueiro, voltando de lesão, marcou dois. (Foto: Conmebol)

Em noite do uruguaio Regueiro, o Lanús saiu da temida altitude do Equador com os 3 pontos. Com a vitória, liderança com 7 pontos. Logo atrás temos o Flamengo com 5, Olimpia com 4 e o próprio Emelec com 3. O time Granate foi oportunista e marcou o que criou, justamente o contrário do Emelec que pecou nas finalizações.

Logo aos 5 minutos, o Lanús já mostrava para que veio. Em falta na esquerda, os jogadores puxaram a marcação para o primeiro pau, Valeri rolou para a entrada da área e, livre, Regueiro bateu de primeiro. A bola ainda triscou a travessão, mas morreu nas redes do goleiro Dreer. Ainda no primeiro tempo, Figueroa se tornou o protagonista. Na primeira chance ele não conseguiu marcar, com o goleiro já batido, após pancada cruzada de Valencia. Na minha opinião, um gol perdido 7.0 na Escala Deivid. Na outra, após jogada oriunda pelo lado direito, Figueroa teve duas chances de marcar, mas Marchesín saiu nos seus pés e evitou o tento.

Os Electricos continuam atacando e buscando, principalmente, seu winger pela direita Valencia que teve até marcação especial. Maxi Velázquez, lateral, foi proibido de atacar por Gabriel Schurrer. Deu certo. O lateral ex-Rojo guardou posição e nada mais foi criado por ali. O Emelec tentou na base do abafa, adiantando as suas linhas de ataque e defesa. Até que, aos 40 minutos, após balão da defesa, Pavone briga por uma bola perdida e,e m um toque, gira. É puxado na cintura e despenca. Acertadamente, pênalti marcado. Regueiro, aos 42, bate no ângulo e mesmo acertando o canto, Dreer não conseguiu pegar. 2 a 0.

Nos dois jogos com o Emelec, 6 pontos. De lanterna para líder. Esse foi o salto do Lanús. Na próxima rodada o Lanús recebe o Olimpia no que, em tese, seria o embate pela segunda vaga já que o Flamengo ainda joga. Caso o Flamengo perca, o Lanús ainda tem a chance de definir a classificação na última rodada. Só que diante o Flamengo no Engenhão. Grupo bem embolado.

A 7ª rodada do Clausura

Estaremos iniciando um novo quadro aqui no blog em que buscaremos destrinchar a rodada em alguns tópicos para ressaltar bem os principais jogos de uma forma diferente das prévias normais. Bem, vamos ao que interessa.

O jogo: Boca x Lanús

O jogo da rodada promete bastante visto que coloca duas das principais equipes argentinas da atualidade frente a frente.

Embalado por mais uma vitória na Libertadores, o Lanús busca jogar de igual para igual contra o Boca Juniors, que, aos poucos, vai tomando forma novamente.

O maior problema para ambas as equipes deve ser a condição física, aliado a isso, alguns problemas de lesão, mas que já vem por algum tempo. Quanto a nomes individuais, o destaque fica por conta da volta de Mauro Camoranesi ao time titular do Lanús.

O jogo acontecerá neste domingo, às 20h30. O Boca Juniors ocupa a 2ª colocação na tabela. Enquanto o Lanús vai buscando se reabilitar no Clausura, já que está na humilde 14ª posição.

Vale a pena ver: Vélez Sarsfield x Newell's Old Boys

Na segunda-feira, o Clausura terá um bom. O Vélez vem muito bem tanto no Clausura como na Libertadores, mesmo oscilando muito quanto ao nível do futebol, a qualidade e o poderio da equipe é muito grande, tanto que já vem de duas vitórias consecutivas no torneio nacional. No entanto, o desafio nessa rodada é mais complicado, desde que Gerardo Martino chegou, o Newell's vem bem e está tomando a forma do seu treinador.

O jogo terá início às 21h15. Na tabela, o Vélez é o 3° colocado, enquanto isso o Newell's é o 5°.

Fique de olho: Diego Morales, Tigre

Nesta prévia, não poderíamos ficar sem deixar de ressaltar um nome individual em especial a se ficar de olho. Diego Morales, meia do Tigre, já vem conseguindo destaque no futebol argentino a algum tempo, mas só agora vai ganhando renome, muito em função do seu time estar ocupando a liderança da competição.

Jogador de muita qualidade, técnica e toque refinado, ele busca comandar a maior surpresa do Clausura que enfrenta o Arsenal em um jogo que coloca frente a frente duas equipes que buscam se afastar de vez das possibilidades de se livrar do rebaixamento. Contudo, o Arsenal virá com muitos desfalques e isso é bom para o Tigre de Morales que busca seguir surpreendendo.

A bola rola às 19h10 da noite de domingo. A classificação coloca o Tigre na liderança, enquanto isso, o Arsenal está na 6ª colocação.

Show de horrores: Atlético Rafaela x San Lorenzo

Se tem um jogo que não traz muitos atrativos até mesmo para os mais fanáticos pelo futebol é esse. Ambos os times não vem muito bem na tabela e o coeficiente de pontos é baixo, fazendo com que o rebaixamento seja algo iminente. Sem jogadores interessantes e equipes muito pouco brilhantes, é provável que apenas os loucos procurem ver o jogo no sábado às 19h15.

Outros jogos da rodada

Banfield x All Boys
Belgrano x San Martín
Racing x Unión
Argentinos Juniors x Estudiantes
Colón x Independiente
Godoy Cruz x Olimpo

quinta-feira, 22 de março de 2012

Na bacia das almas, Vélez vence Deportivo Quito e deixa vaga para as 8ªs bem encaminhada


A noite não foi das melhores para o Vélez. Com um meio-campo se portando de maneira apática, o time não foi tão criativo e decepcionou seu torcedor. Contudo, o time se recuperou da goleada sofrida na última semana na altitude contra o Deportivo Quito e venceu os equatorianos por 1 a 0, garantindo a liderança do grupo e deixando a vaga para a próxima fase da Libertadores bem encaminhada.

O início de jogo não foi das melhores. Logo no começo, o time argentino se viu prejudicado pelo árbitro brasileiro Wilson Luiz Seneme que anulou um gol legítimo da equipe, porém, os jogadores não se abateram e partiram pra cima, fazendo com que o goleiro Elizaga viesse a trabalhar bastante. O meio-campo não se portava tão bem, mas, mesmo assim o time não tratou de se acuar e ainda assim pressionou bem o Deportivo Quito, que se segurava do jeito que podia, na primeira etapa.

No segundo tempo, os equatorianos chegaram a esboçar uma certa pressão com os bons contra-ataques que o time criava, porém, era mais do que notório o fato do sistema defensivo ser bastante. A consequência disso tudo? Dá-lhe pressão do Vélez... Com o meio-campo bastante apático, o jeito foi depositar as fichas na dupla de ataque (Martinez e Óbolo), só que uma hora os dois cansam e isso fez a intensidade diminuir. Afim de dar um gás novo a equipe, Pratto entrou mas pouco produziu. Até que, quando o 0 a 0 já se desdenhava no placar, cruzamento oriundo da ponta direita, Ortiz ajeitou e Martínez apareceu para marcar o único gol do jogo.

Jogue bem ou jogue mal, o importante, na Libertadores, é a vitória. O que o Vélez tem que tirar de lição dessa partida é que se o meio-campo estiver tão insosso como hoje, um time melhor pode se aproveitar bem. O Deportivo Quito é muito pouco brilhante, ainda mais longe da altitude, e hoje não ofereceu resistência. A vaga para as 8ªs já está praticamente selada, basta os argentinos ajeitarem os problemas dentro do previsto, se não, pode ser tarde demais.

domingo, 18 de março de 2012

Uma vitória com a cara da Era Falcioni

Erviti comemora com o banco de reservas (Foto: Olé)

Com um mistão quente, o Boca Juniors foi a San Juan enfrentar o irregular time do San Martín. Clemente Rodríguez, Rivero, Riquelme e Cvitanich foram poupados, os últimos dois em processo final de volta de lesão. Sánchez Miño, Ledesma, Chávez e Mouche os substitutos. O Boca chegava no embate após uma vitória mais do que importante pela Libertadores diante o Arsenal. Já o San Martín de uma derrota para o Estudiantes e um empate com o Argentinos Juniors em La Paternal.

O San Martín entrou no jogo muito ligado. Nos primeiros 5 minutos não deixa o Boca sair jogando. E brincava de "chuveirar" na área xeneize. Aos 9 minutos, Mouche mostrou que era o Boca que atuava no Estádio del Bicentenario e carimbou a travessão do Pocrnjic. Durante o primeiro tempo o mesmo Mouche teve mais duas ou três chances de ampliar. Parou em si mesmo e naquele fundamento que ele parecia odiar na escolinha: a finalização. Poggi, bom enganche do Verdinegros, foi bem anulado por Somoza. Com isso, San Martín tentava buscar o tento com ligações diretas tentando buscar Gastón Caprari, até então artilheiro do Clausura, e Penco que não são tão altos como a média dos delanteiros.


O primeiro tempo mal começou e, inexplicavelmente, Mouche, o jogador que mais buscava o jogo, foi substituído pelo esquentadinho Araújo. Pelo que foi visto, cansaço. Aos 25, após Silva fazer o pivô, Araújo viu Erviti entrando pela esquerda e deu excelente passe. O queridinho de Falcioni chutou cruzado e garantiu a vitória para o time do Boca que voltou a mostrar segurança na defesa com a dupla Insaurralde e Schiavi. Agora, a direção precisa contratar um reserva a altura, pois Schiavi já é um senhor no futebol e Insaurralde vive se machucando. Sem show e eficiência o Boca vence outra. O 1 a 0 é o placar mais repetido da Era Falcioni. De 44 jogos, 10 vitórias pelo placar mínimo. Informação do Twitter @TodaLaPrimeraA .

Com a vitória, o Boca se mantém na vice-liderança. Tigre é líder com 14, Boca tem 13. Mais atrás a dupla Vélez e Estudiantes. Na próxima rodada o Boca recebe o Lanús que ainda não deu as caras no Clausura. Já o San Martín vai a Córdoba enfrentar o Belgrano que já acumula duas derrotas seguidas.

sábado, 17 de março de 2012

River não joga bem, mas atacantes brilham e time vence mais uma


Por: Felipe Ferreira (@felipepf13)


Mandando o jogo no José Almafitani (estádio do Vélez), o River Plate recebeu o Deportivo Merlo em jogo válido por mais uma rodada da B Nacional e a tão tradicional equipe voltou a deixar a desejar, fato que já vem sendo constante se analisarmos as últimas atuações do time. No jogo deste fim de semana, os Milionários contaram com a ajuda de suas principais estrelas e venceram por 3 a 0, placar não muito justo dadas as circunstâncias do jogo. Com mais um triunfo, os Milionários ocupam a liderança da divisão de acesso argentina, contudo, podem acabar por ver o Instituto passar a frente nessa rodada.

O exagerado placar mostrou uma partida que levou uma tona que já vem sendo bastante comum para o River nessa temporada. Os comandados de Matías Almeyda não conseguiram jogar de maneira solta e eficaz, fazendo com que a dependência em cima das principais estrelas fosse ressaltada, ainda mais sabendo que tais jogadores apresentam uma qualidade acima da média em relação a imensa parte dos jogadores da B Nacional.

Em meio ao primeiro tempo, pode se ver claramente um Merlo muito bem postado em campo e jogando melhor que o River, chegando inclusive a pressionar os Milionários, porém, nada deu resultado e o time não conseguiu aproveitar-se disso tudo.

Como quem não faz toma, o Merlo, injustamente viu o River abrir o placar. Trezeguét confirmou de sua importância para seu time, além de provar seu imenso poder de decisão marcando o gol que deu a margem para os donos da casa crescer. E a injustiça apenas aumentou, Cavenaghi mostrou que não é o artilheiro da competição a toa, marcou dois golaços, definindo a vitória de seu time.

Mais uma vez, o River jogou mal e hei de se ressaltar o fato de que o Merlo não é nenhum time brilhante e ocupa a humilde 14ª colocação na tabela. Se contra times mais fracos, o desempenho do time de Almeyda é pífio e em confrontos diretos, tudo se repete, mostra que tem que se acertar algumas coisas ainda para o restante da competição.


Crime em Sarandí

Postado originalmente no site Impedimento (http://impedimento.org/2012/03/15/crime-em-sarandi/)
 El Viejo Boca, o bicho-papão dos anos 2000, a esquadra azul y oro que jogava mal e ganhava tudo, está de volta. No mínimo, o espírito do Viejo Boca baixou ontem no gramado do Viaducto e vestiu o manto xeneize. No 1×2 contra o Arsenal, o Boca jogou mal, mas muito mal, POR MARADONA, como o Boca jogou mal. Mas achou dois gols, virou sobre o rival e assumiu o segundo lugar do grupo 4, o mesmo do Fluminense.
O jogo começou todo do Arse. O 10, Leguizamón, aterrorizou a defesa xeneize a noite inteira, tento o colombiano Carbonero como fiel escudeiro pela direita. Aos 9 minutos, num cruzamento pela esquerda, Clemente Rodriguez, o veterano defensor multicampeão pelo Boca, percebeu que era careca como Santiago Silva, o triste centroavante que luta e não consegue marcar com a camisa azul y oro, e decidiu homenagear El Tanque colocando a bola para dentro. Arsenal 1×0. A equipe da família Grondona se adonou do jogo. Com Riquelme e o inoperante Walter Erviti na armação, o Boca sequer pode segurar a bola infinitamente, procurando espaços como um funcionário público que espera a aposentadoria.
Do outro lado, o Arsenal foi agudo. Não criou dezenas de chances de gol, mas ocupou o campo adversário com a velocidade Luciano Leguizamón – que não será chamado de revelação da Copa apenas porque já está nos seus 29 anos. A esta altura da noite, Fluminense e Zamora empatavam em zero no Engenhão, e a tv mostrava a classificação do grupo. O Boca ocupava uma constrangedora última posição, com um ponto, enquanto até os venezuelanos somavam dois no resultado parcial que arrancava de Abel and The Braga Boys. Ainda pesava sobre os bosteros a derrota em casa contra o tricolor carioca e o ESPETACULAR 4×5 diante do Indepiendente.
No entanto, quando as trevas se aproximam, algo de místico se mistura ao tecido azul e dourado. Aos 28, o Boca alçou na área. A pelota estava diante Santiago Silva, mas, COMO SEMPRE, um pé, uma trave, a grama, um goleiro e até o puro azar se colocaram no caminho do centroavante. Chega a dar pena do inforntúnio do Tanque, que não consegue marcar com a camisa do Boca. No caso, foi uma VOADORA de Lisandro López que tirou o doce do artilheiro, mas a bola parou no pé de Pablo Mouche, que empatou a contenda.
Na volta do intervalo, a câmera mostrou Riquelme conversando com TODOS os companheiros. Ao pé do ouvido, o recado foi claro: NÃO JOGUEM NADA. FAÇAM TUDO ERRADO E GANHAREMOS. E assim foi feito. Leziguamón e companhia seguiam impondo constrangimento à equipe de Falcioni, cuja teimosia de escalar Erviti e deixar Ledesma no banco preocupa as Nações Unidas. Logo nos primeiros minutos, Leguizamón foi lançado na frente, ganhou na corrida de Rolando Schiavi e entrou na área. Sem nenhuma alternativa para parar o atacante, EL FLACO colocou os braços sobre as costas de Leguizamón e derrubou o jogador. Mas Pablo LUNATI, o juizão, mandou seguir.
E assim seguiu. O Arsenal bateu faltas próximas ao poste, torturou o meio-campo adversário, correu ao ataque. A certo ponto, o comentarista da Fox castelhana largou “Leguizamón imparable. Está por todo campo”. O Fluminense já ganhava do Zamora no Engenhão, reduzindo o constrangimento xeneize, mas não havia jeito do Boca chegar perto da área. Então, aos 17 minutos, Falcioni acordou do coma e tirou Rivero para colocar Ledesma em campo. Nada aconteceu por cinco minutos. Até que El Tanque segurou um zagueiro com as costas em cruzamento pela esquerda e Ledesma chegou por trás da zaga para virar o jogo. Um crime.
O Arsenal apertou o torniquete. Aos 32 minutos, Leguizamón perdeu um gol incrível. Só encontrei o vídeo no Olé, clique aqui para ver. Mas o espírito do VIEJO BOCA já havia baixado no Viaducto. Não havia mais nada a ser feito. A mística da equipe que não joga absolutamente nada e ganha já estava impregnada no manto xeneize e não havia talento capaz de defazer despacho.
O grupo 4 volta a campo no dia 21, às 19h45, quando Boca e Arsenal voltam a se enfrentar na Bombonera.
A foto é da Reuters.
Toco y me voy,
Alexandre de Santi

Lanús vence Emelec e segue vivo na Libertadores

Com 4 pontos o Lanús está vivo, né Pavone? (Foto: Olé)

Praticamente jogando a sua vida, o Lanús recebeu o Emelec em La Fortaleza. Depois de um empate com o Flamengo em casa e derrota para o Olimpia o time tinha a pressão de marcar os primeiros 3 pontos. Depois de muita persistência, foi Pavone que balançou as redes equatorianas.

O Lanús tentou fazer valer o fator casa e, como comum ultimamente, tentou marcar nos primeiros 15 minutos de jogo para jogar mais tranquilo. Fritzler quase marcou no primeiro minuto. Sem comprometimento defensivo, os volantes Diego González e Fritzler saiam demasiadamente para o jogo. Figueroa, ex-River, logo no terceiro minuto de jogo ficou cara a cara com Marchesín, porém tocou sobre o gol. Na faixa dos 20 minutos, uma bola na trave e outra na travessão. A primeira em um chute de Vari, de fora da área. A segunda, com o mesmo jogador, que após passe genial de Camoranesi, voltou de lesão nesse jogo, entrou na área e carimbou a travessão de Dreer. Com esses lances, o Granate entrou no jogo e pressionou. Falta de precisão e a segurança de Dreer fizeram o primeiro tempo terminar zerado.

Com a expulsão aos 36 minutos do primeiro tempo de Quiñónez, lateral direito do Emelec, Julio Fleitas Silveira mexeu taticamente no time no Intervalo, deixando a equipe com 3 zagueiros. Não deu certo. O Lanús armava bem as jogadas, mas continuava pecando nas conclusões. Aos poucos o time foi perdendo a cabeça e, consequentemente, abrindo espaços aos Electricos. Aos 26, a jogada que faltava. Pelos flancos. Fritzler abriu para Regueiro pela esquerda. O ponta, por sua vez, virou o jogo para Valeri, que caia pelo flanco direito. De primeira, chute cruzado. Pavone teve a calma que faltou aos seus companheiros e marcou. O Lanús se fechou atrás para tentar matar o jogo em um contra-ataque. Entretanto, ninguém criou algum. O Emelec foi para o abafa. De lance mais perigoso, somente um chute do Valencia aos 38 minutos o qual Marchesín foi bem.

A vitória embolou toda a classificação do grupo. Flamengo tem 5, Olimpia e Lanús com 4, já o Emelec tem 3. O próximo jogo do Granate, será diante o mesmo Emelec na temida altitude do Equador. Lá, o bom time do Olimpia saiu derrotado. Para seguir sonhando seria ótimo voltar com pontos.

segunda-feira, 12 de março de 2012

A FÚRIA ROJA QUE RACHOU A BOMBONERA

Como não tenho o "talento" de fazer textos de partidas épicas, deixo um texto para os leitores do Blog de ninguém menos que um cidadão imparcial que estava em La Bombonera para ver um bom futebol.

Por: Douglas Ceconello, postado originalmente no site Impedimento (http://impedimento.org/2012/03/11/a-furia-roja-que-rachou-a-bombonera/ )


A fúria roja que rachou a Bombonera

17
Há momentos na vida de um amante de futebol em que a razão deve ser pisoteada e cuspida. Todos momentos, na real, mas alguns mais ainda. Se eu não houvesse comprado o ingresso de uma cambista quando a partida entre Boca e Independiente já estava começando, estaria agora subindo do Obelisco para um ritual de auto-empalamento, já que o jogo foi simplesmente ÉPICO, um dos melhores dos últimos tempos na Argentina.
Não se vendiam ingressos na hora do jogo e óbvio que o segurança não entendeu meu espanhol de jardim da infância quando me mandou para a fila do setor das populares, com todo aquele pessoal exalando CAÑA e falando igual ao TEVEZ. Perdidos fundamentais 20 minutos, fui intimar os guardas sobre onde diabos eu poderia comprar ingressos até que uma POLICIAL me recomendou uma cambista de confiança e escreveu com a pistola mais um verbete no compêndio de nonsense castelhano.
Comprei uma PLATEA por 200 pesos – “YO VOY A VOLVER A PEZITO”, disse ao ASSISTENTE da cambista, apenas para registrar certa revolta – e tudo parecia conspirar para um equívoco enorme quando o ingresso TRANCOU na roleta e tiveram que chamar um cara para DESMONTAR a engrenagem. A esta altura, os rojos já venciam por 1 a 0 – logo eles, que marcam um gol a cada oito meses. Tudo conspirava contra a presença do Impedimento naquele que seria o maior jogo do campeonato até agora. Eu já havia caminhado loucamente atrás de ingressos e corrido uma maratona – na real, MARCHA ATLÉTICA, já que minha TOBILLA ainda carrega a herança maldita da ImpedCopa – ao redor de LA BOMBONERITA, e para vencer os trezentos degraus quase pedi para um policial me algemar e me arrastar para cima.
Sentei no arremedo de cadeira – sobre LA DOCE e do lado oposto dos visitantes – no exato momento em que Ferreyra LUDIBRIOU Orion e cobrou a falta no seu contrapé. Eram seis minutos de jogo e os rojos venciam por 2 a 0. Justamente eles, que estão com Cristian Diaz como técnico interino, que não marcavam gols e que ocupavam a lanterna do Clausura. Contra o Boca, que não apenas estava invicto em 33 jogos nacionais como ainda não havia tido sua meta vazada nas quatro primeiras rodadas. Mas clássico serve para isso – para deturpar a ORDEM – e o Independiente já havia avisado que viria para a guerra na Bombonera.
O primeiro tempo transcorreu com o Boca tentando atacar, sem muito sucesso, com cruzamentos aleatórios que não encontravam EL PELADO Santiago Silva, que ainda não marcou gols pelos xeneizes. Sobre ele, a torcida parece mais se COMPADECER do que sentir raiva, já que, bem, ele tem cara de louco e corre como um cavalo selvagem. Não há como não simpatizar. Mesmo jogando mal, o Boca marcou o gol de desconto, com Roncaglia. Os rojos, que tinham espaços, mas não se aproveitavam, responderam com Farías, que começava sua PERFORMANCE antológica.
A torcida do Diablo, uns cinco mil, castigava suas cordas vocais, em um espetáculo fabuloso durante todo o primeiro tempo. Eu assistia de longe, mas tentava não me emocionar. Estava torcendo pelos rojos, mas qualquer ENVOLVIMENTO poderia me jogar em numa arapuca de PELIGRO irreversível. Apenas em um momento não me contive e levantei durante um ataque do time de Avellaneda, mas logo voltei à sanidade e fingi que olhava para o HORIZONTE. No mais, tentava emitir sons guturais com SOTAQUE espanhol e comemorar os gols boquenses igual ao Tony Ramos interpretando um GREGO. Aos 45, após espanada da zaga roja, Riquelme marcou um gol todo fiadasputa que deixava a partida totalmente imprevisível.
Na segunda etapa, toda a inteligência e volúpia da equipe de Cristian Diaz foram aniquiladas, e o Boca atropelou e manteve o domínio do jogo. Não sossegou enquanto não obteve a virada, com gols de Roncaglia e Ledesma, este último aos 29 minutos, uma cabeçada no canto de Rodríguez, arqueiro responsável por comer uns dois minutos a cada tiro de meta. A partida ficou aberta. A Bombonera trepidou, os xeneizes se esgoleavam cantando uma música baseada em MARIPOSA TECHNICOLOR, de Fito Paez – “Todos los momentos que vivi, todas las canchas donde te segui” – e Schiavi era ovacionado a cada carrinho demente ou balão rumo aos refletores.
O Independiente queria buscar o empate, mas era o Boca quem estava perto de ampliar. MOUCHE havia entrado muito bem e Riquelme parecia ter retomado o comando da meia-cancha. Os diablos, que haviam atacado apenas uma vez no segundo tempo, chegaram a uma inesperada igualdade quando, após cobrança de falta frontal, uma linha de cabeça terminou com Farías escorando para as redes. Tínhamos 43 do segundo tempo, e a partida ficou absolutamente transtornante para todos os envolvidos, e mesmo para aqueles cujo CORAÇÃO não estava intimamente ligado ao desfecho, como era meu caso.
Resolvi me adiantar e deixar as arquibancadas antes de a partida acabar, querendo evitar o estouro da manada azul y oro. Mas um pensamento premonitório me segurou, aquele mesmo ímpeto que havia me feito comprar o ingresso, e resolvi parar na PUERTA para assistir ao final ao lado de uns idosos GENOVESES. Santiago Silva deixou passar entre as pernas o que seria o gol da vitória e, uns instantes depois, Farías foi lançado, deixou EL FLACO Schiavi resvalando na grama de forma constrangedora e, quando a tensão pairava em todos os cantos da Bombonera, deu uma cavadinha sobre Orion, marcando o gol do triunfo histórico do Independiente e gerando um urro primordial dos rojos. Um 5 a 4 inesquecível.
Lentamente, coloquei as mãos na cabeça, um gesto largo e dramático que escondia as quase lágrimas que se formavam e o arrepio que me varreu a PELADURA toda. Olhei para o campo, onde Farías estava deitado, e saí correndo pelas escadas, ouvindo toda a sorte de IMPRECAÇÕES xeneizes que tinham como alvo la concha de toda a humanidade.

Em jogo maluco, Godoy Cruz e Atlético Nacional ficam no 4 a 4

Caruso marcou um triplete (Foto: Olé)

Em jogo marcado pela falta de comprometimento defensivo, Godoy Cruz e Atlético Nacional, a surpresa da Libertadores até o momento, acabaram no 4 a 4. O jogo contou com um triplete de Caruso pelo lado argentino, do outro lado a dupla de ataque Pabón e Mosquera.

Logo aos 8 minutos, Caruso mostrou a que veio. Após cruzamento vindo da esquerda, Caruso testou para as redes com a demora de Pezzutti ao sair do gol. Aos 13, outra joga pela esquerda, mas pelo lado colombiano. Torrico furou na saída e Mosquera marcou. Aos 29, quando o Godoy Cruz era melhor, o time verde da montanha marcou. Torres deu passe genial para Mosquera que não titubeou e encobriu Torrico. 3 minutos depois, Rojas arriscou com a sua canhota. Pizzutti deu rebote e Ramírez marcou, mesmo sendo figurante na partida.

2 a 2 vira, 4 a 4 acaba. Aos 13 minutos, de novo o Atlético Nacional na frente. Outro passe genial de Torres, dessa vez para Pabón marcar chutando cruzado. 10 minutos depois, após cruzamento da direita, Ramírez tirou do goleiro e Caruso chegou de carrinho para confirmar o empate. Um minuto depois, Pabón recebeu e, na entrada da área, bateu forte cruzado para vencer Torrico. Aos 44 minutos, o Rei de Copas da Colômbia errou na saída de bola. Villar, sempre esperto, roubou e deixou para Caruso. O atacante bateu de fora da área empatando o confronto e marcando um triplete. Aos 48, Pizzutti operou um milagre em cabeçada de Villar, que viu que o dia era para o empate mesmo.

Com o empate, o Atlético Nacional fica na liderança com 7 pontos. Godoy Cruz e La U tem 4, já o Peñarol tem apenas um ponto. Na próxima rodada o Tomba vai a Colômbia pegar o mesmo Atlético Nacional.



domingo, 11 de março de 2012

Deportivo Quito vence o Vélez por 3 a 0

Alustiza foi um dos melhores do jogo (Foto: Olé)

Com derrota graças ao psicológico, o Vélez mantém a liderança no seu grupo na Libertadores. Poderia, com uma vitória, praticamente garantir a classificação, todavia a derrota não atrapalha os planos de classificação a princípio.

O primeiro tempo foi fraco. O Vélez se limitava a defender e parecia sentir a viagem. Aos 45 minutos, em um chutão do goleiro Elizaga, Alustiza colocou na frente, disputou no corpo com Sebá e caiu. Para mim, pênalti inexistente, mas não foi um escândalo ser marcado como temos alguns no Brasil. O próprio Alustiza, no momento que foi assinalado o penal, se levantou e pediu a bola. Bateu no forte no meio, Barovero caiu para o lado direito.

O Vélez sentiu o gol e Gareca não deve ter acordado o time no vestiário. A equipe voltou abatida e, aos 2 minutos, após falta pelo flanco esquerdo de ataque dos equatorianos. Sarimata cruzou, Barovero demorou para sair e Cubero não marcou Tenorio. Fidel Martínez tocou de cabeça e ampliou. O Fortín foi para o abafa, tirando Cubero e colocando Pratto. Três atacantes, mas o trio de volantes Canteros, Cerro e Cabral não protegia a zaga, pois também estava encarregado da armação de jogadas. Logo, aos 25 minutos, outro chutão de Elizaga. Sem Cubero, espaço pelo lado esquerdo de ataque dos equatorianos ficou aberto. Martínez Tenório cruzou, Saritama apareceu como elemento surpresa e bateu cruzado. 3 a 0.

O próximo jogo do Vélez é diante o mesmo Deportivo Quito, só que em Buenos Aires no dia 22 de março. Dia 14 o Defensor Sporting vai ao México pegar o Chivas podendo empatar com o Vélez com 6 pontos.

sábado, 10 de março de 2012

Copa Argentina: Boca e River passam, já o Independiente é eliminado pelo mistão do Belgrano

Na ultima semana tivemos 3 jogos dos 16 avos de final da Copa Argentina. A dupla Boca e River jogou e passou bem, mas o time misto do Independiente que encarava a Copa como salvação da temporada e oportunidade para mostrar seu valor, foi eliminado pelo time reserva do Belgrano.

29 de Fevereiro, Boca 2 X 0 Central Córdoba
Araújo, garoto, deixou o dele (Foto: Futebol Portenho)
No jogo do toque de bola contra a vontade e afobação, deu toque de bola. O Boca desde o começo foi melhor e o Central Córdoba chegava esporadicamente ao gol Xeneize graças ao não entrosamento do seu time reserva. Aos 41 minutos, após cruzamento, Blandi protegeu e tocou na saída do goleiro Juan Carlos Leguizamón, abrindo o placar. Nos primeiros 15 minutos do segundo tempo, os Charrúas tentaram o empate no abafa e, aos poucos, foram sedendo. Aos 21, após excelente jogava de Sánchez Miño, deslocado para a lateral nesse jogo, Araújo contou com um desviou para marcar. Após o gol, o time de Rosário não teve forças para reagir e o Boca apenas gastou tempo.


6 de Março, River 2 X 0 Sporting Belgrano de San Francisco
Funes Mori, garoto, deixou o dele (Foto: Olé)
Jogo muito equilibrado e tenso em todo o primeiro tempo. A equipe do Sporting Belgrano lutou muito, mas sentiu a pressão da partida. Tanto que, quando Martín Aguirre abriu o placar para o River aos 15 minutos do segundo tempo após rebote de chutão, o time se perdeu completamente e atacou desgovernadamente. Após perda de bola na ponta direita, lançamento para Funes Mori. O garoto fez o ponta luz para si mesmo, levou até a área e bateu forte para matar o confronto. O embate ficou marcado pelos gols serem marcados por dois jogadores que ainda não vingaram na temporada: Aguirre e Rogelio Funes Mori. Trezeguet, pela primeira vez, jogou 90 minutos completos.

7 de Março, Independiente 0 X 2 Belgrano.
Com domínio de grande parte do confronto, os mistos do Belgrano mostraram o porquê dos titulares estarem em uma ótima temporada. 2 a 0 merecido que, graças ao Diego Rodríguez, não foi mais. Independiente sentiu a presença de um treinador e jogou muito desorganizadamente. Kruspzky, Godoy, Busse e Parra, quase sempre titulares tiveram atuações apáticas e a estrela solitária do time foi o garoto Francisco Pizzini. No time titular já temos as promessas que nunca vingam, Patito Rodríguez e Defederico. Será que Pizzini deixará essa zica de lado? Oportunidades ele deverá ter nesse final de temporada. Já o Belgrano, muito bem. Partida épica, principalmente, de Lollo e Maldonado. Almerales e Marco Pérez foram bem como dupla de ataque, mas faltou espírito de equipe e quiseram definir sozinho em momentos do jogo.