Silva na melhor oportunidade Xeneize do primeiro tempo (Foto: Olé) |
O primeiro tempo foi horrível. Muitos passes errados, bolas rifadas e falta de movimentação. O Boca tinha o lento Chávez armando para Viatri e Silva, dois centroavantes. El Tanque caiu mais pelo flanco direito e Viatri, surpreendentemente, jogou mais dentro da área. Tula, zagueiro de velocidade, fez a festa ora marcando Silva ora Viatri. A única chegada do Boca foi proveniente de um tiro de meta de Ustari ao qual Viatri desviou e Silva emendou um voleio estranho, livre, porém longe do arco defendido por Navarro. Pelo lado do Rojo, Vidal conseguiu ganhar uma de Albín pelo flanco esquerdo e cruzou para Farías que, de cabeça, preferiu recuar para o goleiro do que dominar do peito ou emendar um chute.
Final do 2º tempo e o Boca com sua previsível jogada pela direita. |
Aos 30 segundos do segundo tempo, o lance que poderia ter mudado o jogo. Após erro de Morel Rodríguez, Tuzzio cometeu falta em Lautaro Acosta, atacante de velocidade que havia entrado no intervalo, e recebeu o segundo amarelo. A torcida do Boca acordou. Acosta, jogando nas costas de Morel Rodríguez, começou a criar jogadas com profundidade. Borelli colocou Galeano para recompor a perda de Tuzzio e tirou Rosales, principal armador do Rojo. Albín e Clemente Rodríguez se soltaram. Muitas bolas para a área. Quase todas tiradas por Tula e Galleano, bom jovem que se recuperou da falha do jogo de ida. Paredes entrou no lugar de Ledesma, mas caiu pela direita, lugar já frequentado por Acosta. Morel Rodríguez e Vargas (depois Battión) caíram por ali. Fredes, enganche e principal jogador do título da Sul-Americana de 2010, entrou muito bem no jogo. Na mais clara, Somoza, na linha da pequena área, errou a testada após cruzamento de Paredes e erro na linha de impedimento colorada. Além de marcar bem, o Independiente prendeu e gastou o tempo tocando a bola. O início do segundo tempo alentador se transformou em roda de bobinho para o Boca. O Rey de Copas justificou o seu nome e, mesmo sem treinador e uma crise danada, se classificou para as oitavas de final da Sul-Americana.
Mesmo com a vaga nas oitavas enfrentando Deportivo Quito ou Aurora-BOL, a Sul-Americana segue sendo segundo plano para o time vermelho de Avellaneda. O primeiro plano ao qual todos devem focar é a fuga do rebaixamento. O promédio está baixo e ainda há 34 jogos para se salvar. Tolo Gallego tem um dilema em mãos: apostar no talento da garotada ou na experiência de jogadores que tem mais crédito com a torcida?
Nenhum comentário:
Postar um comentário