Sem disputar uma decisão entre si desde 1958, Boca e Racing
entraram em campo em San Juan para o jogo único que decidiria a Copa Argentina.
Com solidez defensiva e contra-ataques mortais, a equipe Xeneize abriu dois a
zero, e soube segurar o resultado, mesmo levando um gol na segunda etapa.
O Boca veio a campo como mesmo time que perdeu para o
Quilmes, na estreia do Campeonato Argentino. Mesmo após sofrer goleada de 3 a
0, Falcioni optou pela manutenção dos dois centroavantes e da dupla de zaga
formada por Caruzzo e Schiavi. Já o Racing veio a campo reforçado de suas
principais contratações, Pepe Sand e
Mauro Camaronesi. A única mudança em relação à equipe que empatou com o Rafaela
foi Viola, que fazia sua despedida, na vaga de Hauche. Taticamente, os times não
apresentaram nenhuma surpresa: a equipe Xeneize veio em seu tradicional 4-3-1-2
e a Academia postou-se no 4-4-2 ortodoxo.
O Racing começou melhor, investindo bastante nas jogadas
laterais, aproveitando o espaço às costas de Clemente Rodríguez e Sosa, e nas
jogadas de bola parada. O Boca, a princípio mais cauteloso, passou a explorar
mais os contragolpes em velocidade, com Chávez. Aos 21 minutos, após
contra-ataque em velocidade, Corvallán, contratação recente do time de
Avellaneda, afastou mal e a bola sobrou para Silva, que viu Saja adiantado e
mandou a bola por cobertura, abrindo o placar.
Após o gol, o Boca ajustou a marcação, neutralizando as
jogadas laterais do Racing, que tocava a bola sem objetividade. A equipe de La
Ribera, por sua vez, chegava com perigo no campo ofensivo, em lançamentos para
Silva ou jogadas em velocidade com Chávez. Em um desses lançamentos, Silva
recebeu livre na entrada da área, avançou e finalizou para grande defesa de
Saja.
Veio o segundo tempo e o Racing passou a pressionar mais. A
equipe deixou de concentrar as jogadas pelo lado direito e investiu mais no
lado esquerdo, com Centurión. Mesmo com as jogadas individuais do camisa 26, a
defesa do Boca continuava bem postada e
não dava espaços para que o adversário criasse boas chances de marcar. Se a
defesa estava bem, o ataque não era tão efetivo. A dupla de centroavantes só
finalizou após os 15 minutos do segundo tempo. E as investidas logo deram resultado.
Após boa tabela na esquerda, Silva recebe o lançamento e entrega a bola a Viatri,
que manda um chute de perna esquerda e marca o segundo.
Com o gol, a equipe de La Ribera cresceu, mas, mesmo estando
melhor, deixou o Racing descontar. Após cobrança de escanteio, a zaga Xeneize
bateu cabeça e Viola, de carrinho, anotou o tento do Racing. A partir do gol, Zubeldía
fez ingressar Cámpora e Hauche nas vagas de Villar e Pelletieri e o Racing
partiu para cima, deixando espaços defensivos. O Boca aproveitava os espaços,
porém não era efetivo e pecava no último toque; na melhor lance do segundo
tempo, Silva e Chávez perderam duas chances de marcar.
Com o resultado, o Boca se recupera da imagem negativa
deixada na estreia da temporada, contra o Quilmes e continua sendo o único
campeão da Copa Argentina. Já o Racing continua com seu jejum de títulos que já
dura onze anos – o último foi o Apertura de 2001.
Por: @_Milanezi_
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