quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Boca conquista a Copa Argentina




Sem disputar uma decisão entre si desde 1958, Boca e Racing entraram em campo em San Juan para o jogo único que decidiria a Copa Argentina. Com solidez defensiva e contra-ataques mortais, a equipe Xeneize abriu dois a zero, e soube segurar o resultado, mesmo levando um gol na segunda etapa.

O Boca veio a campo como mesmo time que perdeu para o Quilmes, na estreia do Campeonato Argentino. Mesmo após sofrer goleada de 3 a 0, Falcioni optou pela manutenção dos dois centroavantes e da dupla de zaga formada por Caruzzo e Schiavi. Já o Racing veio a campo reforçado de suas principais contratações, Pepe Sand e Mauro Camaronesi. A única mudança em relação à equipe que empatou com o Rafaela foi Viola, que fazia sua despedida, na vaga de Hauche. Taticamente, os times não apresentaram nenhuma surpresa: a equipe Xeneize veio em seu tradicional 4-3-1-2 e a Academia postou-se no 4-4-2 ortodoxo.

O Racing começou melhor, investindo bastante nas jogadas laterais, aproveitando o espaço às costas de Clemente Rodríguez e Sosa, e nas jogadas de bola parada. O Boca, a princípio mais cauteloso, passou a explorar mais os contragolpes em velocidade, com Chávez. Aos 21 minutos, após contra-ataque em velocidade, Corvallán, contratação recente do time de Avellaneda, afastou mal e a bola sobrou para Silva, que viu Saja adiantado e mandou a bola por cobertura, abrindo o placar.

Após o gol, o Boca ajustou a marcação, neutralizando as jogadas laterais do Racing, que tocava a bola sem objetividade. A equipe de La Ribera, por sua vez, chegava com perigo no campo ofensivo, em lançamentos para Silva ou jogadas em velocidade com Chávez. Em um desses lançamentos, Silva recebeu livre na entrada da área, avançou e finalizou para grande defesa de Saja.

Veio o segundo tempo e o Racing passou a pressionar mais. A equipe deixou de concentrar as jogadas pelo lado direito e investiu mais no lado esquerdo, com Centurión. Mesmo com as jogadas individuais do camisa 26, a defesa do Boca continuava bem  postada e não dava espaços para que o adversário criasse boas chances de marcar. Se a defesa estava bem, o ataque não era tão efetivo. A dupla de centroavantes só finalizou após os 15 minutos do segundo tempo. E as investidas logo deram resultado. Após boa tabela na esquerda, Silva recebe o lançamento e entrega a bola a Viatri, que manda um chute de perna esquerda e marca o segundo.

Com o gol, a equipe de La Ribera cresceu, mas, mesmo estando melhor, deixou o Racing descontar. Após cobrança de escanteio, a zaga Xeneize bateu cabeça e Viola, de carrinho, anotou o tento do Racing. A partir do gol, Zubeldía fez ingressar Cámpora e Hauche nas vagas de Villar e Pelletieri e o Racing partiu para cima, deixando espaços defensivos. O Boca aproveitava os espaços, porém não era efetivo e pecava no último toque; na melhor lance do segundo tempo, Silva e Chávez perderam duas chances de marcar.

Com o resultado, o Boca se recupera da imagem negativa deixada na estreia da temporada, contra o Quilmes e continua sendo o único campeão da Copa Argentina. Já o Racing continua com seu jejum de títulos que já dura onze anos – o último foi o Apertura de 2001.  

Por: @_Milanezi_

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