Parecia que iria ocorrer tudo bem neste domingo. O River Plate se recuperaria na tabela, vencendo o San Lorenzo dentro de casa, e além de ter o torcedor ainda mais a seu lado, mostraria ao próprio elenco que é possível se manter na divisão especial. Isso estava acontecendo até os 27 minutos do segundo tempo, quando o goleiro Juan Pablo Carrizo falhou de forma bisonha, entregando o empate ao time de Almagro.
O primeiro tempo de jogo foi fraco tecnicamente, em compensação, as disputas de bola eram ríspidas. Como o nome do árbitro já era contestado por parte do River Plate, o cenário de guerra estava formado. Por outro lado, o San Lorenzo. Apostando em jogadas de velocidade, principalmente com Juan Carlos Menseguez, o time foi empilhando escanteios, mas não conseguia aproveitá-los. Nem mesmo a bola parada e a técnica refinada de Leandro Romagnoli foram capazes de colocar o time na frente do placar.
Já o River Plate não teve um grande destaque ofensivamente. Em um lampejo de genialidade, o meia Erik Lamela fez uma bela jogada pela esquerda, passando por dois jogadores, mas chutou no peito do goleiro Pablo Migliore. Aos 28 minutos, enfim o time Millionario saiu na frente do placar.
Após um tiro de meta cobrado por Carrizo, Lamela fez uma bela triangulação com Leandro Caruso e Mariano Pavone. Esse último fez um drible no zagueiro e cruzou para a pequena área, onde Caruso, em posição duvidosa, tratou de mandar a bola para o fundo das redes. Mas com um toque bonito, de letra. Capaz de fazer comemorar até um torcedor ilustre: Valderrama, ex-meio campo da seleção colombiana. Não se sabe se era ele realmente, mas que parecia parecia...
O segundo tempo era um reflexo do primeiro. Um jogo sem tantas chances de gol, mas muito brigado no meio campo. Com raríssimas chances de gol, a melhor criada pelo River Plate saiu após uma boa jogada de Roberto Pereyra pela meia esquerda, mas o goleiro Migliore salvou a bola que iria nos pés de Pavone, na grande área. Apesar de estar levemente melhor no jogo, o time da casa não conseguia decidir a parada.
Com isso, Jonathan Ferrari arriscou de muito longe, a fim de ver se Carrizo havia se recuperado da falha no superclássico de domingo passado. E não é que deu certo! O goleiro defendeu de forma estranha, e a bola acabou o encobrindo de forma vergonhosa. Era o empate, e a perspectiva de um final eletrizante. Será que o possível Valderrama estaria ali para relembrar os bons tempos de René Higuita, ex-companheiro e folclórico goleiro colombiano, conhecido pela irreverência e por querer enfeitar jogadas onde não precisava?? O espírito de Higuita pelo jeito tomou conta de Carrizo depois dos 25 minutos do segundo tempo.
Apesar de contar com um jogador a mais em campo (Matías Gimenez foi expulso aos 42 minutos), as melhore chances foram do San Lorenzo. Com direito a Carrizo dar calafrios no torcedor, perdendo uma bola na grande área. Mas o goleiro ainda conseguiu se recuperar, e chutou para lateral. Essa inconstância do goleiro acabou sendo repassada ao resto do time, que ficou nervoso e se perdeu de vez no jogo.
O apito final deflagrou que vontade não falta a esse River Plate. A fase de alguns jogadores não ajuda, e o técnico não mexe no time com tanta facilidade, tendo colocado Rogelio Funes Mori apenas aos 44 do segundo tempo. Diego Buonanotte e Manuel Lanzini, que poderiam dar mais velocidade e qualidade na armação de jogadas nem estiveram em campo. O jeito agora é vencer o Olimpo na próxima rodada fora de casa. Caso contrário, a situação pode ser ainda pior.
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