River Plate e Boca Juniors, que compõem um dos maiores clássicos do mundo, se enfrentarão no Monumental de Nuñez, domingo, pela 12ª rodada do Torneio Inicial na Argentina. As expectativas são grandes e o país voltará a parar por algumas horas neste domingo.
1. A situação das equipes no Torneio Inicial:
O Boca Juniors vem de um empate diante do Estudiantes de La Plata na Bombonera e ocupa a 5ª colocação com 18 pontos ganhos. Já o River Plate vem de uma derrota frente à equipe do Quilmes por 1 a 0 e hoje está em 9º lugar com 15 pontos ganhos.
2. O dilema de Falcioni:
O treinador do Boca Juniors, Julio César Falcioni, vive um dilema ao escalar a equipe desde a saída de Juán Román Riquelme. Quando o camisa 10 ainda atuava na cancha de La Boca, Falcioni escalava a equipe no habitual 4-3-1-2 (ou 4-4-2 com um losango no meio-campo) com volantes aplicados pelos lados do campo, que serviam de suporte ao enganche Riquelme. A equipe base xeneize 2011/2012 com Riquelme em campo:
Porém as declarações de Falcioni sobre ter intenções com outro esquema existiam. O treinador do Boca Juniors dizia também ter idéias em retornar a utilizar o esquema que destacou o Banfield (dirigido pelo próprio Falcioni) campeão do Apertura 2009: Um 4-4-2 em linha (todos os meio-campistas com disposição ofensiva e defensiva). No Boca Juniors, aplicar o determinado esquema implicaria determinação defensiva de Riquelme, o que de fato não iria ocorrer. Isso explica algumas rusgas entre Román e Falcioni. O Banfield 2009 de Falcioni:
Após a saída de Riquelme, curiosamente o dilema seguiu. Falcioni iniciou a temporada utilizando Chávez ou o jovem Leandro Paredes na vaga de Riquelme como enganche, e em algumas situações o 4-3-1-2 prosseguiu. Com o passar de alguns jogos, ocasionalmente o 4-4-2 em linha (sem um enganche em campo) passou a ser usado pelo Boca de Falcioni, mas não ainda como um esquema principal, como muitos aguardavam. No lugar de Rivero, Chávez também está cotado para entrar, e no de Acosta, o nome é o de Viatri. Falcioni também treinou a equipe com um "doble 9" , abrindo mão da velocidade de Acosta, provavelmente pensando na bola aérea.
3. O que torna o confronto especial:
Apesar de as equipes terem se enfrentado no início do ano pelo torneio de verão da Argentina (30 de janeiro, Boca Juniors 1 x 0 River Plate), a partida deste domingo marcará o retorno do Superclássico no Campeonato Argentino. Oficialmente, as duas equipes se enfrentaram pela última vez no dia 15 de maior de 2011, pelo Clausura 2011. O Boca venceu o River por 2 a 0, antes da queda dos “Millonarios” para a segunda divisão.
1. A situação das equipes no Torneio Inicial:
O Boca Juniors vem de um empate diante do Estudiantes de La Plata na Bombonera e ocupa a 5ª colocação com 18 pontos ganhos. Já o River Plate vem de uma derrota frente à equipe do Quilmes por 1 a 0 e hoje está em 9º lugar com 15 pontos ganhos.
2. O dilema de Falcioni:
O treinador do Boca Juniors, Julio César Falcioni, vive um dilema ao escalar a equipe desde a saída de Juán Román Riquelme. Quando o camisa 10 ainda atuava na cancha de La Boca, Falcioni escalava a equipe no habitual 4-3-1-2 (ou 4-4-2 com um losango no meio-campo) com volantes aplicados pelos lados do campo, que serviam de suporte ao enganche Riquelme. A equipe base xeneize 2011/2012 com Riquelme em campo:
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Porém as declarações de Falcioni sobre ter intenções com outro esquema existiam. O treinador do Boca Juniors dizia também ter idéias em retornar a utilizar o esquema que destacou o Banfield (dirigido pelo próprio Falcioni) campeão do Apertura 2009: Um 4-4-2 em linha (todos os meio-campistas com disposição ofensiva e defensiva). No Boca Juniors, aplicar o determinado esquema implicaria determinação defensiva de Riquelme, o que de fato não iria ocorrer. Isso explica algumas rusgas entre Román e Falcioni. O Banfield 2009 de Falcioni:
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Após a saída de Riquelme, curiosamente o dilema seguiu. Falcioni iniciou a temporada utilizando Chávez ou o jovem Leandro Paredes na vaga de Riquelme como enganche, e em algumas situações o 4-3-1-2 prosseguiu. Com o passar de alguns jogos, ocasionalmente o 4-4-2 em linha (sem um enganche em campo) passou a ser usado pelo Boca de Falcioni, mas não ainda como um esquema principal, como muitos aguardavam. No lugar de Rivero, Chávez também está cotado para entrar, e no de Acosta, o nome é o de Viatri. Falcioni também treinou a equipe com um "doble 9" , abrindo mão da velocidade de Acosta, provavelmente pensando na bola aérea.
3. O que torna o confronto especial:
Apesar de as equipes terem se enfrentado no início do ano pelo torneio de verão da Argentina (30 de janeiro, Boca Juniors 1 x 0 River Plate), a partida deste domingo marcará o retorno do Superclássico no Campeonato Argentino. Oficialmente, as duas equipes se enfrentaram pela última vez no dia 15 de maior de 2011, pelo Clausura 2011. O Boca venceu o River por 2 a 0, antes da queda dos “Millonarios” para a segunda divisão.
arquivo
4. Números:
Segundo um levantamento realizado pelo Diario "Olé", dos confrontos oficiais realizados de 1930 até 2011 entre Boca Juniors e River Plate, o resultado que mais se repetiu foi o 1 a 0, seguido por 2 a 1 e 1 a 1. Em partidas oficiais (a partir da década de 1930, em 20 de setembro de 1931 foi realizado o primeiro confronto entre os dois rivais desde que a Liga Profissional argentina foi criada), o Boca Juniors leva vantagem com 85 vitórias — são 66 do River Plate.
5. Boca e River x atual Seleção Argentina:
Dentre os convocados por Alejandro Sabella, é possível destacar alguns nomes que já fazem parte dos planos do treinador argentino e alguns que estão “sob os olhos” de Pachorra (apelido do treinador). Clemente Rodríguez, muito contestado por suas convocações, tem sido cativo na Albiceleste. O lateral de boa vocação ofensiva atua nos dois lados, e apesar de fragilizar o setor na marcação, tem chamado a atenção do técnico. Os goleiros Ustari e Orión (ambos do Boca Juniors) também já foram chamados.
Nomes como Guille Burdisso, Sanchez Miño (Boca Juniors) e Barovero, Cirigliano (River Plate) apesar de não serem cativos como Clemente, já foram citados, observados ou convocados. Eles também merecem atenção. O jovem Miño é um dos jogadores mais destacados pela imprensa e torcida argentina, pela qualidade técnica e versatilidade — atua como lateral-esquerdo, volante e meia-extremo.
6. Possíveis escalações e prévia tática da partida:
Sob o comando do treinador Matías Almeyda, a expectativa é que os donos da casa vão a campo no esquema 4-4-2 em linha, se utilizando da disposição dos meias extremos Sánchez e Aguirre. A marcação exercida pelo “doble 5” Ponzio e Cirigliano do River é um ponto a se destacar dessa equipe, que facilita a rápida transição contragolpista pelos lados do campo. O ex tricolor Lanzini também pode pintar também entre os 11 (a vaga de Aguirre está em jogo).
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E o Boca? Escalar ou não um enganche? 4-4-2 em linha ou losango?
Pelo lado do Boca, o mesmo ideal tático deve ser aplicado: o 4-4-2 em linha. Os xeneizes têm como ponto forte o lado esquerdo do campo, onde Erviti e Miño muito transitam do campo defensivo ao ofensivo para “servir” o ataque. Além dos dois, o lateral Clemente Rodríguez é mais um do setor que tem vocação para “subir”ao ataque. Guillermo Fernández pode pintar entre os 11 de Falcioni, e a vaga em questão pode ser a de Diego Rivero. Caso Falcioni decida escalar um enganche domingo, o jovem Leandro Paredes pode ser a surpresa no esquema 4-3-1-2.
Eis o possível 4-4-2 em linha do Boca Juniors para domingo:
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River Plate e Boca Juniors, o Superclássico está de volta.
Postado originalmente no blog do Mauro Cezar Pereira na ESPN (http://espn.estadao.com.br/post/289560_superclassico-argentino-river-plate-x-boca-juniors-o-que-esperar-do-reencontro?timestamp=1351276866124) por Júnior Marques, que autorizou a "reblogagem".
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