Heinze no bate-rebate do último lance (Foto: Olé) |
Racing e Newell´s, por conta do destino, se enfrentaram na 11ª rodada nos seus melhores momentos. O Racing chegava para o confronto com três vitórias seguidas (contando um 4 a 0 diante o San Lorenzo) depois de perder para o Estudiantes em casa. O Newell`s ainda não sabe o que é perder no Torneo Inicial e somente uma vez tomou mais de um gol em uma partida (3 a 3 ante o River). A Lepra tinha um pequeno tabu a quebrar: não vence a Acade em Avellaneda desde o Clausura 2007. Depois daquela partida, 3 jogos com vitórias do time da casa.
Conhecendo a mão de Villar... (Foto: Olé) |
Tirando a chegada de cabeça. proveniente de um escanteio, no primeiro minuto de jogo, que entusiasmou a torcida, o Racing pouco criou. Aquela jogada em que Cámpora desviou de cabeça na travessão foi um achado. Depois disso, vimos um Racing com problemas na ligação. O Newell´s pressionava a saída de bola e a defesa da Acade, que não tem qualidade no passe, se livrava da bola. A bola precisava passar pelos volantes, Pelletieri e Bruno Zucullini, para termos uma transição decente. Isso não ocorria. Ligação direta para baixinhos Cámpora, Vietto, Centurión e Villar. Quando a bola chegava nos dois garotos muito talentosos do Racing, vimos eles afobados demais. Centurión e Vietto tentavam resolver sozinhos e/ou tentavam acelerar jogadas desnecessárias. Quando o Newell`s tinha a bola, a trabalhava com mais tranquilidade e calma. Aos 31 minutos, a prática da teoria descrita acima. Pérez e Villalba, com excelente exibição no jogo, tabelaram e o segundo deixou Scocco com espaço em um 2 contra 3. El nacho passou por Cahais e bateu cruzado para Saja defender. Após o lance, Víctor Figueroa, com atuação apagadíssima, tomou uma bronca monstruosa de Tata Martino por não dar opção na esquerda. Maxi Rodríguez fez falta. Gerardo fará contagem regressiva dos dias para sua volta. Para não ser injusto, o Racing chegou aos 43 com os afobados Vietto e Centurión. Porém, nesse caso, foi bom ser afobado mesmo. Vietto deu meia-lua e rapidamente abriu para Centurión conduzir e parar nas mãos de Guzmán em um contragolpe.
O segundo tempo permaneceu no mesmo panorama. O Racing chegou em duas bolas alçadas na área provenientes de faltas. Uma Zucullini perdeu, livre, na linha da pequena área. Outra Camoranesi testou forte no meio do gol, obrigando Guzmán a defender em dois tempos. Mauro, aliás, foi protagonista da cena da partida. Além de entrar no lugar do exausto Centurión e se transformar no câncer do time, retardando todas jogadas, merecia ser expulso. Chegou atrasado em Heinze com o pé alto. A caça virou caçador e o caçador virou a caça. Só um amarelo. No último lance um bate-rebate interminável que quase culminou no gol no Racing. Fim de jogo e Newell`s com mais de 60% de posse de bola. O narrador argentino fala que, segundo estatísticas, é uma porcentagem abaixo da média.
Tata Martino chegou no Newell`s com um grupo de jogadores e formou um time. É, se não o melhor, um dos melhores treinadores que atuam na América do Sul. Cauteloso, insiste em falar que o primeiro objetivo é a fuga do rebaixamento. O Racing permanece dois pontos atrás da Lepra esperando um tropeço do adversário. Por fim, os amantes de boas defesas amaram o jogo. O 0 a 0 é a cara das duas equipes. O Newell`s tomou 4 gols no campeonato e o Racing 5. O jogo, e o campeonato também, é das defesas.
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