quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Chile 1×2 Argentina – O preço de um ataque decisivo



Chile e Argentina se enfrentaram, em Santiago, pela 10ª rodada das Eliminatórias 2014. Almejando consolidação na parte de cima da tabela rumo ao Mundial, as seleções realizaram um jogo franco e aberto, com muitas possibilidades de gols para ambas as partes.
As duas seleções foram a campo no 4-3-3, que muito se alternava para o 4-3-1-2, com a formação de um losango no meio-campo (com os recuos de Matías Fernández, pelo Chile, e Lionel Messi, pela Argentina).
O Chile iniciou melhor a partida, impôs marcação adiantada e dificultou a saída de bola argentina, que fora de casa voltara a sofrer com os chutões como solução para a falta de espaços para trocar passes (vide o empate contra o Peru, em Lima, em setembro). A equipe de Claudio Borghi assustava muito pelos lados do campo, onde a Albiceleste voltou a falhar defensivamente pelas laterais.
A defesa argentina, sempre criticada de maneira geral, tem uma particularidade que precisa ser ressaltada: o “miolo” de zaga vem muito bem com Fede Fernández e Ezequiel Garay, mas as laterais sofrem diante de adversários que sabem jogar pelos lados do campo. E foi justamente o caso do Chile, que, com os ofensivos laterais Mauricio Isla e Jean Beausejour, além do veloz atacante Alexis Sánchez, conseguiu criar boas chances de gol, porém não concretizadas.
O 4-3-3 chileno, que buscava muito as jogadas pelos lados do campo, se aproveitando da fragilidade defensiva, principalmente de Zabaleta, pelo flanco esquerdo defensivo.
Segue um vídeo com alguns momentos em que o Chile se aproveitou da fragilidade defensiva das laterais da Argentina.
Enquanto isso, a Argentina assustava com contragolpes puxados por Lionel Messi. A equipe de Alejandro Sabella deixou claro em Santiago porque tem um dos ataques mais poderosos do mundo. Em menos de 5 minutos (aos 27 e aos 30), a equipe abriu e ampliou o marcador com Messi e Gonzalo Higuaín, e a partida em instantes parecia definida. Fernando Gago e Ángel di María seguiam como sócios de Messi nas armações de jogadas e Sergio Agüero era o alvo dos longos lançamentos da equipe. Marcos González e Franco Jara sofreram com os atacantes argentinos.
“Na frente não perdoam” – Alejandro Sabella
No início da segunda etapa, a Argentina perdeu Higuaín, lesionado. Sabella com o placar “em mãos” adotou o 4-4-2 à equipe, através da entrada de Pablo Guiñazú. Di María inverteu o posicionamento, e seguiu com a típica disposição ofensiva e defensiva. O contragolpe estava “armado” e a Albiceleste apenas administrou o placar.
Higuaín precisou sair logo no início do segundo tempo e Guiñazú entrou. O 4-4-2/4-4-1-1 passou a ser o esquema de referência da Argentina na segunda etapa.
O Chile chutou mais a gol (13 chutes à meta de Romero), acertou mais passes (ao todo, 271 passes certos), mas não conseguiu imprimir grande volume de chances criadas, como fez na primeira etapa. Somente nos descontos finais, Felipe Gutiérrez recebeu cruzamento da direita (após mais uma falha de Zabaleta na cobertura) e diminuiu.
Com os três pontos fora de casa, a Argentina segue na liderança das Eliminatórias 2014, agora com 20 pontos somados, enquanto o Chile soma 12 pontos e está em 6º lugar. As eliminatórias começam aganhar tons decisivos e as Seleções da ponta começam a ganhar “cara” rumo a Brasil 2014.
Postado originalmente no site A-Prancheta (http://a-prancheta.com/destaque/chile-1x2-argentina-o-preco-de-um-ataque-decisivo) por Júnior Marques.

Nenhum comentário:

Postar um comentário