Quatro dias após perder para Nigéria pelo placar de 4-1, a Argentina voltou a perder, desta vez para Polônia. Muito alterada em relação à seleção que havia entrado em campo na quarta-feira, o técnico Sergio Batista continuou seu pensamento de observar o máximo de jogadores possível, já visando a Copa América do mês que vem. Mas desses dois jogos, o treinador certamente teve mais dúvidas do que certezas. Assim como no último amistoso, a defesa argentina foi mal demais na partida, especialmente no primeiro tempo.
A seleção polonesa começou o jogo pressionando, com um bom toque de bola e boas jogadas em velocidade pelos lados do campo, especialmente com Grosicki e Blazczykowski. Sem conseguir passar do meio campo, a Argentina parecia não ter digerido bem a derrota no meio da semana. Aos 26 minutos, enfim a Polônia transformou tamanho domínio em gol. Adrian Mierzejewski aproveitou a falha do zagueiro Federico Fazio, que foi enganado pelo quique da bola, e chutou no canto esquerdo de Gabbarini. O restante do primeiro tempo foi de controle dos donos da casa. A Argentina assustou apenas em uma jogada de Cristaldo pelo lado direito, que encontrou Marco Rúben na área. O atacante do Villarreal girou, e deu um toquinho por cima de Szczesny, mas o zagueiro polonês salvou o que seria o empate, dando um carrinho por sobre a linha de gol.
No segundo tempo, Batista alterou o time, colocando Belluschi, peça chave da temporada espetacular do Porto. Sua entrada deu mais qualidade ao time, e logo a um minuto a seleção chegou ao empate, através de Rúben. O atacante se aproveitou de um passe do zagueiro Musacchio (seu companheiro no Villarreal) e girou na área, chutando forte e no meio do gol, não dando chance ao goleiro. O gol pareceu fazer bem a seleção, que conseguia ter mais a posse de bola, e não deixava a sua defesa sendo pressionada a todo momento. Mas aos 22 minutos a Polônia ficou novamente a frente do placar, gol de Pawel Brozek, que se aproveitou de mais uma falha na zona esquerda de defesa argentina e encobriu Gabbarini. Mesmo com as entradas de Formica e Gaitán, o placar não foi mais alterado.
Apesar de não ser a seleção principal, o técnico Sergio Batista já passa a sofrer contestações de todos os lados. Elas variam do presidente da AFA, Julio Grondona, que não gosta de tantos amistosos com jogadores que não sejam as "primeiras opções no elenco" e dos torcedores, que não gostam de tantas experiências na seleção, pois alguns jogadores não teriam capacidade para vestir a camisa albiceleste. O clima não é dos melhores...
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