Guille Burdisso? (Fifa.com) |
Dois apagões:
Em Santa Fé, 21 minutos de apagão no segundo tempo, quando o Unión vencia o Arsenal por 1 a 0. O que levou o Argentinos Juniors X Vélez ser atrasado em 20 minutos por questões televisivas. Na segunda partida, 30 minutos de jogo paralisado no Diego Armando Maradona. Realmente, o primeiro dia de Torneio Inicial foi para esquecer, diferentemente de algumas partidas da primeira rodada.
A coletividade do Lanús? (Diario Olé) |
Gol ao apagar das luzes:
Darío Benedetto empatou para o Arsenal naquele que seria o minuto 47` do 2º tempo. Com a expulsão de Payaso Lugüercio, que saiu chorando de campo na primeira expulsão de sua carreira após revidar tapinha no culo, o Arse parecia morto em campo. E, quando o Unión não dava nada, o empate chegou em falha de Perafán. Jogadores do Tate saíram desolados de campo, pois sabem da situação do clube. É a 24ª partida seguida que o time sai de campo sem a vitória. Lembra o Tigre, no ano passado, quando precisava de uma campanha de campeão para se safar. No ano citado, o Matador chegou na última rodada podendo ser campeão e rebaixado. Foi vice e contou com a combinação de outros placares, que acabaram rebaixando o Banfield.
Lucas Pratto (Diario Olé) |
Golaço de Pratto e lesão de Facundo Ferreyra:
O Vélez não mostrou um futebol vistoso, onde torcedores adversários veriam e pensariam "bem que o meu time poderia jogar assim". Mas alguns lampejos dos "Federicos": Freire e, principalmente, Insúa, fizeram com que o placar não fosse contestado. O Argentinos Juniors era melhor até o momento do apagão com jogadas individuais de Pablo Hernández pelo flanco direito sobre Papa. Porém, na volta da luz, quem brilhou foi Lucas Pratto com um golaço (ao lado). Após, lesão de Facundo Ferreyra. A imagem foi forte. Chucky não levantava. Foco na cara dele, e choro. Replay. Parecia rompimento dos ligamentos. Levado de maca para fora sob o olhar de Gareca, intervalo e o bom Copete voltou no lugar dele para o segundo tempo. Os médicos do Vélez informaram entorse no joelho ainda no segundo tempo, mas iriam ainda aprofundar os estudos na mesma noite para confirmar a lesão. Após estudos, Gareca consultou seus médicos e decidiu levar o artilheiro do Inicial 2012, juntamente com o Scocco, para o Equador onde enfrentará o Emelec pela Libertadores. 19 jogadores viajaram. 18 serão relacionados. No segundo tempo, os garotos do Vélez quase fizeram chover nos contra-ataques. Allione, pelo flanco direito, e Copete, pela esquerda, criaram as principais oportunidades, enquanto a defesa corria poucos riscos. O Argentinos Juniors somou sua 4ª derrota seguida e é bom já começar se preocupando com o promédio antes que seja tarde demais. O Banfield, no ano passado, que o diga.
"Esse é o ano da reviravolta"... 3 gols do Tigre:
Tudo parecia uma maravilha em La Plata. Marcos Gelabert, de falta, abriu o placar para o Estudiantes logo aos 8 minutos. Seria, finalmente, a volta do Estudiantes, aquele que foi a principal força do futebol argentino há alguns anos? O Tigre, já com seu tradicional rodízio de Néstor Gorósito, virou o jogo com sua solidez defensiva e contundência. Aos 27, Agustín Silva, o dono da meta tão contestada do Pincha que tinha Andújar e Justo Villar, soltou cruzamento alto e a promessa - já realidade - Rubén Botta não desperdiçou. Aos 46, a tradicional bola parada do Tigre deus as caras. Donatti, em linda testada no canto de Silva, virou. No segundo tempo, mais chances de ampliar. O garoto Leandro Leguizamón, pouco aproveitado por Arruabarrena, carimbou a trave e Gastón Díaz teve pênalti defendido por Silva. Era a redenção do goleiro que, 23 minutos depois, aceitaria chute de muito longe de Peñalba, jogando sua moral no lixo.
Wilfredo Olivera, de cabeça, abriu o placar aos 5 minutos ridiculamente livre. Aos 8, Cristian Menéndez tocou sobre Orión em contra-ataque. Na única jogada coletiva do Boca, Erviti descontou ainda no primeiro tempo. A miséria de jogadas (coletivas e individuais) continuou no segundo tempo. Paredes se omitiu - como na maioria dos últimos jogos - e permaneceu com seu péssimo vício de cair pelos lados. Quando ia para a esquerda, atrapalhava Martínez, que foi a única fonte de criação do time. Ao Quilmes, restou se defender. Aos 22 do segundo tempo. Guille Burdisso, de voleio, empatou. A partida continuou feia. Bianchi testou até um 4-2-4 com Martínez-Acosta pelos flancos e um doble 9, Silva-Viatri, no meio. Entretanto quem mandava no meio campo era o Quilmes, que conseguiu um pênalti aos 33 minutos. Caruzzo, zagueiro muito irregular, recebeu o segundo amarelo e foi expulso após o pênalti. Cauteruccio, o atacante uruguaio protagonista na maior novela da intertemporada entre Quilmes e Independiente, bateu rasteiro/forte e Orión, como bom pegador de pênaltis que é, fez jus à fama. Um minuto depois, novamente Burdisso, à la Campagnaro diante a Lazio, desempatou. Bianchi estreando e Boca ganhando já com sua cara: jogando feio, mas copando e resgatando a mística Xeneize.
Em Rafaela, um massacre individual de Jonathan López sobre Iván Pillud, lembrando Bale X Maicon naquele Tottenham X Inter pela Champions League. No primeiro duelo decisivo, pênalti. Bovaglio abriu o placar para o Rafaela. No segundo, López caiu nas costas de Pillud e Zuculini fez outro pênalti infantil. Grazzini bateu dessa vez e ampliou. 2 a 0. Jonathan López ainda marcou o terceiro quando inverteu com Fede González. Dessa vez foi o centroavante que ganhou de Pillud e o velocista que marcou. 3 a 0. É, Zubeldía, Torneio de Verão não é parâmetro para nada.
Newell´s Old Boys e Independiente estavam em situações parecidas - se não iguais (posso estar errado, pois não me recordo bem) - no começo do Inicial. O Newell`s arrancou para o título, mas vacilou no final. O Independiente oscilou desde o início. O resultado está aí. Rojo em uma pressão danada e Newell`s jogando leve, sem preocupações. Aos 16, Nacho Scocco abriu o placar de cabeça após ótima combinação Tonso-Casco. O último caindo nas costas do garoto Contrera, lateral direito do Rojo. A resposta foi rápida. Quatro minutos depois, Tula empatou de cabeça em cruzamento em falta de Rolfi Montenegro. O primeiro tempo e o segundo tempo - até o lance do pênalti logo mais relatado - se encaminhou com o Ñuls tendo mais posse de bola e chances e o Independiente jogando no coração, principalmente nas jogadas individuais do garoto Miranda. Aos 27 minutos do segundo tempo, o lance que mudou o jogo. Pênalti em Juan Caicedo, novo contratado que entrou muito bem. Farías, o maior salário do futebol argentino - segundo muitos jornalistas - isolou. E a tempestade que caiu em Avellaneda no segundo tempo não interferiu no lance, ao contrário do que alguns falaram. Um nocaute para o Rojo. Aos 31, Vergini cruzou, a bola passou por toda a área e Maxi Rodríguez deu um lindo "tapa", de primeira, para Scocco chegar dando uma pancada. 2 a 1 e só piorava. Tirando Caicedo, ninguém apresentava forças para reverter o placar. Aos 36`, perfeita tabela entre Maxi Rodríguez e Pablo Pérez. O último deixou o seu após duas tentativas falhas do primeiro. 3 a 1 para mostrar o ataque rápido do Newell`s e a fraca defesa do Independiente, onde se mesclam garotos e zagueiros experientes, em péssima fase.
O primeiro tempo, apático, foi para descobrir quem eram os fiéis e persistiriam acompanhando o segundo tempo, totalmente diferente. Logo no início da segunda parte, expulsão contestada de Ponzio. Em uma câmera, pisão em El Picante Pereyra. Na outra, apenas uma trombada por distração. A expulsão parece ter dado energia o River. Aos 22, Quiroga afastou mal, Trezeguet fez o pivô e Vangioni soltou uma bomba no canto de Olave. O Belgrano teve que se expor, e Ramón Díaz trocou a dupla de ataque. De Mora-Trezeguét para Luna-Funes Mori para um contra-ataque mais eficiente. E deu certo. Em um pseudo contra-ataque, já que a defesa do Belgrano não estava formada. Barovero cobrou o tiro de meta, Rogélio Funes Mori desviou de cabeça e Luna tocou na saída de Olave. 2 a 0 para matar. Farré, um dos carrascos no time algoz do fatídico rebaixamento à B Nacional, ainda daria uma emoção na partida em bola defensável para Barovero. O time de Ramón Díaz soube se defender como o de Almeyda fazia, mas apresentou ótimas armas nos contragolpes. Já há uma evolução.
O melhor futebol é grená:
O Lanús massacrou o bom Colón. Guillermo Barros Schelotto calou a boca de todos seus críticos e daqueles que ainda duvidavam dele. Perdeu o Inicial por detalhes e vacilos. Colocou no banco e, agora, emprestou Valeri, craque do time até sua chegada. Com o limitado Castillejos no ataque, testou um esquema sem centroavante e deu certo. Para o Final, chegou Ismael Blanco. Regueiro pelo flanco esquerdo, Romero pelo direito, Ayala e Pizarro no meio, Vizcarrondo e Goltz na defesa. Belo time que enfiou 4 a 0 no Colón, o mesmo que empatou com o Coritiba de Alex em amistoso. Víctor Ayala, Silvio Romero, Ismael Blanco (na sua estreia, pediu desculpas à torcida do Colón pelo gol/seu passado) e Regueiro marcaram. 3 deles, em contragolpes rápidos. E você confere abaixo (ler mentalmente com voz de apresentador):
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