domingo, 30 de junho de 2013

Vélez Sarsfield é o campeão da temporada 2012-13 na Argentina

Fabián Cubero levantou a taça conquistada pelo Vélez Sarsfield (Foto: Reprodução/Diario Olé)

O Vélez Sarsfield conquistou na tarde/noite deste sábado (29) o título de super-campeão argentino da temporada 2012/2013. O campeão do Torneo Inicial encarou o Newell's Old Boys, que conquistou o Torneo Final na semana passada, e venceu por 1 a 0. O jogo único foi realizado no estádio Malvinas Argentinas, em Mendoza.
O fato de a partida se realizar em Mendoza foi o primeiro empecilho. Distante algumas horas de Buenos Aires e Rosario, as delegações tiveram que enfrentar viagens aéreas para chegar ao local do jogo. Os hinchas não tiveram a mesma comodidade, e tiveram que encarar mais de 10 horas na estrada para acompanhar a decisão. Isto explica o pouco público nas tribunas na cancha do Godoy Cruz.

O jogo foi bastante movimentado. O Vélez começou atacando bem, aproveitando espaços deixados por Cáceres na banda direita da defesa leprosa. Em uma dessas chegadas, logo aos 8 minutos, Lucas Pratto aproveitou passe de Papa, fintou Vergini e fuzilou Guzmán, abrindo o placar e marcando o gol do título fortinero. Até os 20 minutos de jogo, o Newell's parecia perdido, mas se encontrou em campo e passou a pressionar em busca do empate.
Figueroa sofreu pênalti, que resultou na expulsão do capitão Cubero, aos 28 minutos.Nacho Scocco, artilheiro dos dois torneios curtos cobrou, e o uruguaio Sebastián Sosa defendeu. Ricardo Gareca sacou Bella e colocou Peruzzi para reforçar a defesa, logrando grande êxito. A partir daí, o time rosarino tinha maior volume de jogo, mas não chegava ao gol adversário com perigo.

A etapa final começou da mesma maneira que a inicial, com um ótimo ataque do Vélez pela esquerda, onde Papa cruzou para Pratto mandar rente ao poste direito de Guzmán. Só que a reação do Newell's foi muito mais rápida, e tivemos um 2º tempo de pressão intensa do Rojinegro. Em determinado momento, Tata Martino tinha 5 atacantes no seu time. Maxi Rodríguez e Urruti perderam grandes oportunidades dentro da grande área, mas a equipe de Rosario não tinha criatividade para criar chances mais cristalinas.
Além disto, a grandiosa atuação defensiva do Vélez, sobretudo nas figuras de Peruzzi, Gago e Sebá Domínguez, foi determinante para o Fortín levar a taça para Liniers. Com o título, o Vélez Sarsfield garantiu vaga na próxima Copa Sul-Americana, na Libertadores da América do ano que vem, e na Supercopa Argentina, que será disputada no final do ano.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

K.O.rrea - o maior nocaute da história do Independiente

Tula, com 35 anos, consolado por Montenegro, de 34
(Site oficial do Club Atlético Independiente)
É, o Independiente sofreu o K.O. (knock-out ou nocaute) mais dolorido de sua história. O chute do garoto Correa foi sentido por todos torcedores e simpatizantes do Rojo no mundo. Mais sentido, talvez, que aquele de Anderson Silva em Vitor Belfort. Porém Correa não se utilizou da força. Colocou no ângulo de Ruso Rodríguez e acabou com a crença até dos hinchas mais otimistas do Rey de Copas, já que o Argentinos Juniors derrotava o Colón em La Paternal e o San Martín enfiava o 2º no apático Estudiantes. Todavia, o nocaute do clube não surgiu em segundos como em muitas lutas de MMA. É herança de péssimas gestões e erros, que contaremos a partir de agora.

Tudo começou com a conquista da Sul-Americana. Focado na competição, como todo o clube, Antonio Mohamed fez campanha ridícula no Apertura 2010 conquistando 14 pontos. Com Turco Mohamed e clube focados, 29 pontos no Clausura 2011. Na 4ª rodada do Apertura 2011, o Rojo perdeu para o Boca Juniors em casa e o treinador foi ameaçado por uma barra brava do clube. Na segunda-feira seguinte, deixou o cargo, como havia prometido em seu anúncio, e declarou algo como "se me ameaçarem, renuncio. Assumi o Independiente quando iria viajar à Disney, de férias, com minha família".

Em 18 de Dezembro de 2011, Javier Cantero foi eleito presidente do Independiente com 11.685 votos (quase 60% do total) de sócios do Rojo. Cantero, economista, recebeu o clube com uma dívida de mais de 200 milhões de pesos e a pressão de uma década sem título nacional. Na proposta mais comentada, ele iria acabar com as regalias que o clube mantinha com as barras. Conseguiu em partes. Aos poucos, foi cortando relações com a torcida. Em um ato marcante, entregou todas faixas que a torcida guardava na sede do clube para a polícia. Esse foi o estopim da guerra. Houve um jogo em que a torcida fez greve e não compareceu atrás do gol. Mais tarde, uma ligação anônima falou que havia uma bomba na sede do Rojo. Cantero permaneceu no poder e ganhou o apoio dos sócios do clube, de torcedores e receosos presidentes de outros clubes (como pode ver aqui), além do pseudo apoio de Julio Grondona, que não ofereceu benefício nenhum ao heroico presidente.

Os acertos foram grandes na gestão de Cantero, mas ele deixou a desejar no ramo do futebol. Com a saída de Mohamed, Ramón Díaz se utilizou do Apertura 2011 para conhecer a equipe. No fim do campeonato, até empilhou 7 jogos sem derrotas. Todo o projeto acabou com quatro derrotas nos quatro primeiros jogos do Clausura 2012. Christian Díaz, técnico dos Reservas - algo como o time B no Brasil - assumiu interinamente. No seu primeiro jogo, vitória histórica sobre o Boca na Bombonera por 5 a 4 em um jogo atípico de Tecla Farías com a camisa do Independiente. Depois de vitórias sobre Banfield, Atlético de Rafaela e Belgrano, além do 4 a 1 sobre o rival Racing, Christian Díaz foi efetivado. Enquanto esteve no comando do Independiente, apostou em vários garotos os quais conhecia da Reserva. Villafañez, Monserrat, Patrício Vidal e Pizzini foram os mais acionados. Porém, com os garotos chegou a irregularidade. E após 11 jogos sem vitórias, Christian Díaz foi injustamente demitido por Cantero, que não trouxe reforço nenhum ao DT inexperiente.
Trajetória do Independiente nas últimas 4 temporadas
(Gráfico: Trivela)

Com Américo Gallego, um DT experiente, no comando, Cantero teve de abrir os cofres do Rojo e ir buscar jogadores no mercado. E foi esta janela de transferências o estopim de tudo que o Independiente vive hoje. Tolo buscou Caicedo, promessa colombiana que pouco mostrou, e Rolfi Montenegro, jogador experiente e identificado que deu pouco resultado. Na outra janela já haviam chegado Tula, Morel Rodríguez, Fabián Vargas, Víctor Zapata, Paulo Rosales, Jonathan Santana e Luciano Leguizamón. Todos com, pelo menos, 29 anos. Vários lesões surgiram, os promissores jogadores da base perderam espaço, e nenhum destes veteranos convenceu. Gallego se foi, os jogadores ficaram e a paixão da torcida também. Miguel Ángel Brindisi assumiu faltando 9 rodadas em um calendário complicado, conquistando 3 vitórias, 3 empates e 3 derrotas. Agora, após a ressaca, o Rojo pensa na B Nacional. Brindisi deve seguir. Farías e Vargas, por exemplo, jogadores de renome, praticamente se negam a jogar este torneio. Ah, e que os Diablos Rojos não se acostumem com o inferno da B Nacional.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Os primeiros minutos após o título do Newell`s

O conjunto prevaleceu na conquista do Final 2013. (Site oficial do Newell`s Old Boys)
20 de Junho, "Dia da Bandeira" na Argentina. Feriado nacional. Às 14 horas da quarta-feira, 45 minutos de um Lanús 0 X 2 Estudiantes interrompido por conta do falecimento de Javier Jérez, líder da barra-brava do Lanús atingido por bala de borracha. Torcedores do Newell`s se reuniram em bares de Rosário, como este do vídeo a seguir, para "secar" o Granate. Para conquistar o título, os grenás deveriam reverter esta vantagem do Estudiantes, vencer o San Lorenzo fora na última rodada e torcer para a Lepra perder para o Argentinos Juniors em casa. Isso explica a comemoração fervorosa dos jogadores leprosos em Rafaela após o 3 a 0 com show de Maxi Rodríguez.

A questão é que, mesmo com o título encaminhado, torcedores do Newell`s fizeram a festa após o apito final. O Lanús não conseguiu reverter o placar, mesmo com a equipe embalada por um 5 a 1 sobre o River em casa na última rodada. A conquista ficou com o Newell`s, que acabou levantou um título importante 9 anos depois do Apertura 2004 do Ñuls de Américo Gallego. Horas depois do título, um Newell`s misto, e claramente desconcentrado, foi eliminado pelo tradicional Talleres na Copa Argentina. Agora, o foco é total na Copa Libertadores, competição que todo torcedor do Newell`s sonha em perder a virgindade.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

O Olimpo não cai, simplesmente toma impulso


O presidente chegou à reunião com ganas de se livrar do problema. Este era o terceiro defensor central da lista que havia recebido do treinador, e a histeria de seu representante parecia mais suportável que a de outros. Tinha-se fé. Mas tudo veio abaixo com uma frase do jogador, um medíocre mais que começava a fechar a porta na sua cara:
- Te agradeço a oferta, mas minha esposa está grávida e não quer ir porque em Bahía não há hospitais.
Bahía é Bahía Blanca. Uma cidade que ronda os 300 mil habitantes, com escola e hospitais igual a tantas outras, que termina de traçar a barriga desenhada pela Província de Buenos Aires. A fivela do cinto da Argentina, e uma primeira porta para a Patagônia. Por essa associação com o frio e despovoado sul argentino, os portenhos se surpreendem quando se inteiram que Bahía Blanca está distante uma hora de avião ou oito de ônibus. E antes de vestir a camiseta do Olimpo se perguntam, entre outras coisas, se há hospitais.
A cidade, distante no imaginário portenho ainda que geograficamente esteja mais perto que Córdoba, se fez um nome na cultura popular argentina desde que nos últimos anos um time de futebol se instalou entre os melhores do país. Por mais que os jogadores de Buenos Aires precisem ser trazidos pelas orelhas para que saibam que há vida longe do ruído da Capital, o caminho do Olimpo desde 2001 até a atualidade foi o seguinte: B-A-A-A-A-B-A-B-B-A-A-B-A. Quase como um código binário, no início do milênio o clube deambulou entre a Primeira Divisão e a B Nacional. Sua última conquista foi o regresso à máxima categoria. O quarto acesso em doze anos. O quarto acesso em cinco participações na B.
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olimpo2013cFundado em 1910, definiu as cores de sua camiseta oferecendo uma homenagem ao Peñarol de Montevidéu, o clube preferido de seu primeiro presidente. Assim ficou o negro e amarelo que rapidamente coloriu de futebol e se fortaleceu na cidade. Mas seus fundadores jamais pensaram o quanto se ampliariam esses limites geográficos em um país tão centralizado.
Na década de 80, em meio a uma série de 13 títulos consecutivos da liga bahiense, o Olimpo se fez forte em nível regional. Em 1984 teve sua primeira experiência em um Torneio Nacional, em 1986 se deu o luxo de perder de pouco para o Boca Juniors em uma Liguilla Pré-Libertadores e em 1989 teve uma passagem fugaz pelo Nacional B. Mas foi apenas em 1996, ao superar o Villa Mitre no clássico da cidade e recuperar o lugar na segunda categoria, que o Olimpo não parou de crescer. O que mudou entre uma década e outra? O motivo principal se chama Jorge Ledo. Personalista, líder forte, amigo de Grondona, contraditório, polêmico; salvou o Olimpo de um incêndio econômico sem precedentes. A partir dele, o Olimpo e o esporte de Bahía nunca voltaram a ser os mesmos.
Em 1994 assumiu a presidência de um Olimpo que apenas podia lutar na liga bahiense e encabeçou a formação de uma cooperativa que impedisse que o clube mais importante da cidade fechasse as portas. Sete anos depois, já na B Nacional, no afã de fazer uma boa campanha para reforçar o promedio e salvar-se do descenso, o Olimpo subiu à Primeira Divisão pela primeira vez na história. Foi antes do Atlético de Rafaela, San Martín de San Juan ou do Huracán de Tres Arroyos, para ficarmos em outras equipes de cidades pequenas que puderam conquistar um lugar no futebol grande.
Ano a ano, Ledo convenceu centenas de jogadores das bondades de uma cidade afastada do ruído da capital e pôs tempo e dinheiro para que o sonho persistisse. O problema é que Ledo recuperava seu dinheiro algum tempo depois, e ele era seu próprio órgão de controle. Ao mesmo tempo esses plantéis novos desnudavam as categorias de base paralisadas. E outras disciplinas esportivas do clube apagavam suas luzes porque não havia peso que não se destinasse a salvar o Olimpo do descenso.
Entre subidas e descidas, dentro do clube tudo se desmoronava. O Olimpo perdia seu encanto frente à cidade. Mais além dos torcedores de sempre, os que não faltam em nenhum clube do mundo, o poder do símbolo bahiense vinha abaixo. A decadência institucional marchou a par da saúde de Ledo e seus cigarros. Em abril de 2011, horas depois de o Olimpo vencer o Boca na Bombonera pela única vez na história, faleceu aos 68 anos.
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Em 16 anos de presidência, Ledo havia sido a única pessoa capaz de demonstrar que era possível convencer um jogador de que em Bahía se podia jogar futebol com tranquilidade. E que também havia obra social e escolas para os filhos. E que os salários que prometia, ao contrário do que acontece em vários clubes da capital, no Olimpo se pagam. Ao mesmo tempo, era o principal responsável pela situação de que somente ele fosse capaz de gerir o clube. Tantos anos sem eleições não haviam permitido preparar uma sucessão confiável desde o primeiro minuto. O que acontece depois do grande líder? A bolha havia arrebentado e o futuro era incerto, ainda que dois meses depois da morte de Ledo o Olimpo fosse ganhar do Quilmes na última rodada, assegurando assim não só um ano mais na Primeira, mas também condenando o River a jogar uma repescagem que finalmente perdeu e o condenou à B pela primeira vez em sua história.
Assumiu a condução do clube uma direção formada pelos homens mais próximos de Ledo. Dirigentes testemunhais, que viam como Ledo fazia e desfazia. A assembleia de sócios os elegeu por unanimidade, ainda que ninguém os conhecesse. E a primeira prova de fogo foi reprovada: a montagem do plantel para a temporada 2011-12. Com 29 pontos em 38 rodadas, o Olimpo caiu pela terceira vez em sete anos.
Mas, encabeçada por Alfredo Dagna, a comissão diretiva entendeu que gerir o clube não era simplesmente jogar a loteria do mercado de passes. Um dos primeiros projetos postergados foi incluir as equipes juvenis nos torneios da AFA para, a médio prazo, moldar jogadores próprios. Isto é, os garotos que jogam no Olimpo deixaram de competir entre os discretíssimos times bahienses e começaram a se confrentar, como os profissionais, contra os melhores do país. Além disso, em paralelo a esse descenso doloroso, a massa societária cresceu: a remodelação da piscina de natação mais importante da cidade, equipe de patinação vice-campeã do mundo na Nova Zelândia, convênio para ocupar um lugar na Liga Argentina de Voleibol, projeto integral para o basquete juvenil.
olimpo2013eFaltava uma virada brusca no futebol que fizesse esquecer o fantasma de Ledo. E quanto a nove rodadas do final da temporada passada a queda parecia inevitável, os dirigentes contrataram Walter Perazzo para começar a pensar no retorno. Por força da péssima campanha, ficaram apenas quatro jogadores e se contrataram 22 reforços (!). Nem Ledo havia chegado a assinar tantos contratos em um recesso entre temporadas.
Mas desta vez era distinto. Este novo grupo se criou em outro clima institucional que aos poucos, ajudado pelos resultados na cancha, contagiou a cidade. De repente, a equação virou: 22 jogadores novos não só comprovaram que em Bahía Blanca há hospitais, mas também se enamoraram da comodidade e tranquilidade do lugar. E acima de tudo jogaram bem. “Antes sair de Buenos Aires significava um problema, hoje sair de Buenos Aires começa a ser uma solução”, sintetizou o técnico Perazzo, que encaminhou o Olimpo ao acesso à Primeira, concretizado há duas semanas.
O objetivo se confirmou após um empate de um rival direto, enquanto o plantel voava a Buenos Aires para visitar o Almirante Brown. Naquele domingo os jogadores se inteiraram no avião e festejaram no aeroporto. Apenas na terça-feira puderam regressar a Bahía, e a cidade os recebeu com mais de 20 mil pessoas na rua, quase o dobro da capacidade do estádio, o Carminatti. Acostumados a subir e descer, a euforia do quarto acesso foi superior à primeira vez. Mesclaram-se a alegria do retorno à A com a satisfação de saber que sem Ledo também se podia. Em um ônibus aberto, o plantel percorreu Bahía e precisou pegar um atalho para chegar a tempo à sede do clube, onde ia se concentrar a massa que acompanhou o cortejo a pé durante três horas.
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Ali, a 700 quilômetros de Buenos Aires, no ponto mais austral do futebol argentino, onde a barra brava não sai nas páginas policiais, está sendo gestado um sonho. Sem violência e sem as histerias que costuma ver o futebol argentino. E reconciliado com uma comunidade bahiense que voltou a crer que o êxito é possível sem brigar com a ética.
Como disse o atual presidente: “Ter uma equipe na Primeira é um fato anedótico e fantástico”. Porque o mais importante é que o Olimpo, outra vez, é o time da cidade.
Postado originalmente no Impedimento (http://impedimento.org/o-olimpo-nao-cai-simplesmente-toma-impulso/) pelo jornalista argentino Tom Wichter.

domingo, 9 de junho de 2013

Qual é o placar?

Christian Gómez e o Torito estão em um relacionamento sério
(Foto: Clarín)
Após um ascenso histórico lembrado por qualquer torcedor do Nueva Chicago, no qual o arqueiro Monllor saiu como ídolo, com direito a caricatura em muro e tudo mais (aqui), a direção voltou a errar e o clube amargou o descenso para a B Metro. Mario Franceschini, profundo conhecedor da equipe, foi demitido precocemente na 12ª rodada, quando o clube tinha 10 pontos, mas já havia enfrentado os futuros ascendidos Rosário Central, Gimnasia La Plata e Olimpo, além dos bons Banfield e Huracán, por exemplo. Outro erro foi a não reposição de Leonardo Carboni, artilheiro da B Metro ano passado e vendido ao Danubio-URU. Francheschini fez requisições e recebeu o irregular Raúl Becerra, que só faria 8 gols em 27 jogos.

Sem um camisa 9 regular, 4 DTs diferentes em 38 rodadas, aposta em vários garotos na defesa e o velhinho Christián Gómez como figura principal. O resultado não poderia ser outro se não o rebaixamento. E ele foi humilhante. Em 37 jogos até então, 7 vitórias, 10 empates e 20 derrotas. 33 gols pró e 51 gols contra, com defesa melhor somente que a do Deportivo Merlo, que foi goleado pelo Torito, ainda de Franceschini, por 5 a 1 na 6ª rodada.

Sabendo da responsabilidade da direção no rebaixamento e isentando muitos jogadores, como os ídolos Christian Gómez e Leandro Testa, "El Beckenbauer de Mataderos", e os garotos Federico Lanzillota, Barreña, Tuma, Caballero, Franco Benítez, Martín Peyran e Diego Aguirre, utilizados prematuramente por conta da situação financeira do clube, a torcida resolveu apoiar. Perdendo para o Gimnasia La Plata na 23ª rodada por 3 a 0, fora de casa, os Verdinegros mostraram fidelidade ao clube e, ao que parece, previam o pior: o Nueva Chicago seria rebaixado na 34ª rodada e permaneceria na lanterna do campeonato até a última rodada. Na temporada 13/14 estarão, novamente em Mataderos, os fiéis torcedores apoiando o Torito na B Metro, a terceirona da Argentina, como no vídeo.