domingo, 15 de abril de 2012

Independiente 4 X 1 Racing:

AVELLANEDA VERMELHA DE ORGULHO E DE VERGONHA
Estava prevendo algo com essa mão, Parra?
Independiente e Racing se encontraram ao meio-dia deste Sábado no Libertadores de América. Dois eternos rivais e, nesta temporada, o maior clássico da Argentina. O que eles tem em comum? Duas equipes que não se encontraram nessa temporada. O Racing só sorriu nas 5ª e 6ª rodadas as quais meteu dois 3 a 0 sobre os fracos All Boys e Olimpo. E o Independiente chegou ao clássico em uma crescente. Nos últimos 5 jogos, três vitórias (incluindo um 5 a 4 no Boca) um empate e uma derrota.

O jogo começou quente, nervoso e bem equilibrado. Logo aos 12 minutos de jogo, Cristián Díaz debutando em um clássico profissional acabou expulso. Mesmo assim, ele seria um dos mais importantes do jogo. Foi ele quem acreditou na linha de três meias garotos criados na mesma base comandado por ele. São eles: Villafañez (20), Monserrat (19) e Patito Rodríguez (21). Aos 26, Milito foi isolar uma bola perto do escanteio e a acabou entregando para Haúche. El Demonio fez grande jogada e cruzou para Teo Gutiérrez tocar para dentro. O Independiente acordou. Aos 35, após um bate-rebate danado, Parra bateu, de primeira, no ângulo de Saja.

A declaração pós-jogo de Basile parece ter sido ouvida no Intervalo. "Se eu perder para o Independiente, saio por conta própria". A ironia fez mal. Os garotos, também torcedores do clube, entraram no jogo no segundo tempo. Em um dos primeiros lances, Pelletieri, melhor jogador do Racing, salvou em cima da linha. Depois, Saja operou milagres em chute de Monserrat. Aos 10 minutos, grande jogada de Villafañez pela direita e cruzamento rasteiro. Bruno Zuculini toca em Patito Rodríguez que despenca. Zuculini expulso e pênalti, muito duvidoso, para o Rojo. Parra bateu no meio do gol e deixou seu dublete. O Racing ficava nervoso e, como demonstração disso, Teófilo Gutiérrez desferiu palavras, no mínimo, de baixo calão ao Sérgio Pezzota, árbitro do confronto. Outro expulso. Saja virou o líder do time e chegou a atravessar o campo para animar seus companheiros. O destino quis que Pelletieri tivesse a bola do jogo em seus pés. Com dois a menos, após bola na área, o ex-jogador do Lanús perdeu quase embaixo da goleira. O Racing tentava a todo custo o empate, porém abriu espaço e um contra-ataque Rojo matou a partida. Parra finalizou, Saja deu rebote nos pés de Patrício Vidal, outro garoto da base. Para fechar a conta, Patrício Rodríguez, a principal revelação do Rojo, ao contrário de Gio Moreno, recebeu bola na ponta esquerda. Meia-lua em Aveldaño, drible em Martínez e Cáceres e chute forte no ângulo de Saja.
O último com a camisa celeste?

Avellaneda pintada de vermelho. Uma parte com as camisas do Rojo, outra parte, com certeza, vermelhas de vergonha. Além da goleada, confusão no vestiário. Segundo jornalistas do Diário Olé, Saja foi tirara satisfações com Teo e acabou agredido pelo companheiro. Gio foi separar e também acabou agredido. Depois de ter sido contido, Teo teria ameaçado Saja com uma arma de brinquedo/ar comprimido segundo fontes. O colombiano foi expulso do ônibus do Racing pelos seus próprios companheiros e teve que ir para a sua casa de táxi. Seu contrato deve ser rescindido nos próximos dias. O se Basile já foi. O que não faz um clássico, hein?

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